O arquiteto Rafael Pina Lupiáñez a partir do Coletivo ARKRIT, reflete acerca da residência unifamiliar entendida como um manifesto experimental por parte do arquiteto moderno, na qual se materializam suas teorias, tendências e inquietudes, tudo isto baseado em uma estreita e cúmplice relação com o cliente. Junto à comparação de duas casas realizadas em Quito, Equador, por parte dos arquitetos Daniel Moreno e Sebastián Calero, este artigo pretende exemplificar como a residência pode ser o cenário perfeito para unificar a experiência projetual, a participação do cliente, a preocupação com o meio, a reutilização de materiais de descarte e outros planejamentos éticos contemporâneos.
crítica de arquitectura: O mais recente de arquitetura e notícia
A residência unifamiliar como manifesto experimental do arquiteto moderno
Uma cidade coletiva é uma cidade feminista
A Fundación Arquia, junto à arquiteta Ana Asensio, nos convida a pensar em como foram desenhadas -até agora- as cidades; espaços de fricção que foram concebidos sem igualdade de participação na tomada de decisões e que, portanto, nos levam a falar de feminismo.
Crítica de arquitetura?
Há alguns dias terminei de ler o livro Mi Vida do crítico alemão de origem polonesa e judia, Marcel Reich-Ranicki, um homem notório na Alemanha, onde vive aos noventa e dois anos. Destaquei sua origem judia porque o autor sofreu muito em consequência disso durante o período do nazismo. Esta condição também marcou seu desenvolvimento pessoal e intelectual até convertê-lo em uma espécie de vigilante zeloso, um participante qualificado da controversa presença dos judeus no universo cultural alemão.
O autor disse ter decidido muito jovem se tornar crítico literário, posição na qual coloca a crítica como especialidade, uma profissão, um ofício que abraça como qualquer outro e cuja finalidade é estabelecer juízos de valor em relação à literatura, destacar os méritos ou as falhas, elevar aquilo que considera de valor cultural, contestar prestígios e afirmar outros, e o mesmo com o estilo, destacando algo para o que Reich-Ranicki não poupa palavras: a importância da arte literária, a glória, poderíamos dizer, da literatura.