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Croquis: O mais recente de arquitetura e notícia

Aquarela para urban sketchers - Como desenhar, pintar e contar histórias coloridas / Felix Scheinberger

Graças ao surgimento do urban sketching, a técnica da aquarela vem vivendo um segundo auge em sua história. Apesar de requerer uma habilidade considerável, a pintura com aquarela possibilita que nos entreguemos ao acaso e a surpresas. Trata-se, portanto, de um verdadeiro desafio técnico e expressivo.   

Os melhores desenhos arquitetônicos de 2015

Os melhores desenhos arquitetônicos de 2015 - Imagem de Destaque
Croqui

A representação arquitetônica, tal como a conhecemos hoje, decorre de representação esquemática greco-romana, que foi baseada na observação cuidadosa das formas naturais. O tamanho aparente da composição é determinado pela sua proximidade em relação à cena representada, organizada num contexto de paisagem. Desde então, muitos tipos diferentes de representação têm surgido, a fim de destacar elementos importantes em seu contexto através de técnicas do desenho feito a mão.

Acreditamos que grandes projetos deveriam se expressar por si mesmos. A representação arquitetônica tem um papel fundamental em como um projeto é visto pelo público.

Hoje, o ArchDaily Brasil reconhece os mais incríveis, originais e auto-explicativos desenhos de  2015 com o uso de diferentes técnicas, dos croquis à detalhes axonométricos perfeitamente desenhados e gifs animados.

Saiba mais, a seguir.

Croquis de São Paulo para colorir, por Terra Urbanismo

Continuando sua série de ilustrações para colorir, o escritório Terra Urbanismo disponibilizou recentemente em seu blog outros croquis da cidade de São Paulo. Somam-se à série desenhos da Estação da Luz, do Viaduto Santa Ifigênia, da Ponte Estaiada, do Museu da Ipiranga e outros edifícios emblemáticos da cidade.

Além disso, o escritório também disponibiliza ilustrações para colorir da cidade de Paraty, Rio de Janeiro. Desenhos de pequenas casas coloniais nas principais ruas da antiga cidade mostram uma atmosfera radicalmente diferente daquela das ilustrações paulistanas.

Croquis de São Paulo para colorir, por Terra Urbanismo - Image 1 of 4Croquis de São Paulo para colorir, por Terra Urbanismo - Image 2 of 4Croquis de São Paulo para colorir, por Terra Urbanismo - Image 3 of 4Croquis de São Paulo para colorir, por Terra Urbanismo - Image 4 of 4Croquis de São Paulo para colorir, por Terra Urbanismo - Mais Imagens+ 7

Exposição de croquis de Oscar Niemeyer na ETEL, São Paulo

A partir do dia 3 de abril, a ETEL será palco de uma exposição dedicada a um dos mestres da arquitetura moderna: Oscar Niemeyer. A mostra reunirá croquis para a Mesquita da Universidade de Constantine, projeto que seria construído na Argélia em 1977.

“Depois de Paris, foi em Argel onde mais me demorei. (...) Mas foi em Constantine que deixei um dos meus melhores trabalhos: a Universidade de Constantine”, disse Oscar Niemeyer. O projeto da Mesquita em exibição faria parte do conjunto arquitetônico dessa Universidade. Os croquis foram doados à Fundação Oscar Niemeyer por Luiz Marçal, colaborador do escritório de Niemeyer na Argélia, entre os anos 1960 e 1970 – período em que o arquiteto ficou exilado na Europa.

Cino Zucchi / Moleskine

Do editor: Este livro - uma coletânea de croquis, maquetes, desenhos de projetos e grandes referências que vão da arquitetura à ciência e música entremeadas em narrativas gráficas - compõe um manifesto altamente autobiográfico, uma sobreposição de diversas camadas. Ideias teóricas e a prática arquitetônica coexistem sistematicamente, delineando o perfil científico e pessoal de Cino Zucchi.

Cino Zucchi é professor titular de Arquitetura e Desenho Urbano na Politecnico di Milano e professor visitante na Universidade de Harvard. Zucchi é bastante conhecido por seus projetos de edifícios residenciais em Veneza e Nuovo Portello em Milão, e também pela extensão do Museu Nacional do Automóvel em Turin. Seus diversos prêmios internacionais incluem uma Menção Especial na 13ª Bienal de Arquitetura (2012), o Prêmio Internacional Arquitetura em Pedra (2009) e o Prêmio Piranesi (2001).

Wiel Arets / Moleskine

Do Editor. Este livro reúne projetos e reflexões teóricas imortalizados através de grandes perspectivas, sequências fotográficas e ideogramas arquitetônicos em caneta de feltro. Isto é como o arquiteto e teórico Wiel Arets "congela" seus pensamentos, fixando ideias nascentes no papel. O livro se inicia com um ensaio de Kenneth Frampton, enquanto desenhos feitos à mão inéditos e perspectivas a lápis de cor preenchem as páginas.

Wiel Arets, ex-diretor do Instituto Berlage e atualmente reitor do Instituto de Tecnologia da Universidade de Arquitetura de Illinois, é conhecido por sua progressiva pesquisa acadêmica e soluções de design híbrido. Lecionou em várias universidades e projetou inúmeros edifícios importantes, incluindo a Academia de Arte e Arquitetura em Maastricht e a biblioteca da universidade de Utrecht.

Dominique Perrault / Moleskine

Do Editor. Uma seleção de materiais produzidos por DPA Studio, para dois concursos internacionais para museus, mostrando como trabalhos inconcluídos também podem se tornar experiências memoráveis. Croquis, maquetes, notas e diagramas narram estes esforços.

Dominique Perrault, autor da Bibliothèque Nationale de France em Paris e da Ewha Womans University em Seul, recebeu muitos prêmios de prestígio, dentre eles: "Grande Médaille d'or d'Architecture" em 2010, "Seoul Metropolitan Architecture Award" pelo projeto do EWHA Womans University na Coréia do Sul, "Mies van der Rohe prize" em 1997, "French National Grand Prize for Architecture" em 1993.

Studio Mumbai / Moleskine

Este livro mostra o desenvolvimento do processo pessoal de um dos principais arquitetos da Índia, Bijoy Jain, assim como o diálogo coletivo através do qual cada projeto evolui. Diálogos desdobrados através de croquis feitos pelo arquiteto e os carpinteiros, assim como as fotografias tiradas durante as viagens utilizadas como estudo e inspiração, mostrando uma parte crítica de seu processo de projeto. Estúdio Mumbai consiste em um grupo de arquitetos indianos e artesãos, comandados por Jain.

O Studio Mombai já recebeu importantes prêmios, como: Global Award for Sustainable Architecture do Institute Français d'Architecture (2008), Menção Honrosa na 12th Architecture Biennale (2010) e o BSI Swiss Architectural Award (2012).

Arte e Arquitetura: Croquis por Fabricio Contreras Ansbergs

O argentino Fabricio Contreras Ansbergs, é arquiteto e docente no Taller 4 na UBA. Uma de suas grandes paixões são os croquis. Em suas palavras, é através deste meio que é possível se conectar e se apropriar da arquitetura, entender as distintas tarefas da profissão e, sobretudo, expressar ideias ou situações que evoca um edifício e seu entorno.

Arte e Arquitetura: The Happiness Machine / Mark Lascelles Thornton

Mark Lascelles Thornton é um artista Inglês que é especialista no uso da caneta nanquim em um suporte tão simples como pode ser um papel em branco. The Hapinness Machine, como chamou seu mais recente projeto, consiste em oito painéis desenhados em cinza e vermelho, cada um representando alguma cidade ícone da arquitetura deste século; no século XX, Nova York, Chicago, Londres e algumas cidades asiáticas, como Taipei e Kuala Lumpur.

Em cada um desses painéis, Mark destaca sua técnica para desenhar todos os detalhes e destacar, de uma forma muito elegante, distintos aspectos de cada edifício. A peça final -os oito painéis- medem 2,4 x 1,5 metros.

Mais imagens a seguir.

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Aplicativos para arquitetos: Morpholio Trace

Sobre a observação / Fabio Cruz

Quando fui convidado a participar nesse seminário com o tema «O mundo do croquis; Observação e croquis na UCV», me pareceu algo relativamente simples, já que nisso havia estado envolvido durante muitos anos através da docência no Atelier Arquitetônico, e de obras arquitetônicas particularmente na Cidade Aberta.
No entanto, na medida em que comecei a pensar que e como expor, reparei em que o assunto não era nada simples nem inocente. Se eu queria dizer algo relativamente verdadeiro e consistente, não podia eludir adentrar, ou ao menos roçar, o mundo criativo e artístico, com a complexidade que lhe é inerente.
Buscando que a exposição não se (me) tornasse excessivamente teórica e «acadêmica», e que ao final não calasse a verdade no essencial, optei finalmente por me firmar em algumas experiências e situações em que me tocou participar e fazer algumas reflexões em torno a elas.
Espero deste modo, poder iluminar em alguma medida o fundo do assunto, que é o que interessa, ainda que o conjunto não resulte talvez muito estruturado.

Queria destacar antes de tudo que os conceitos de «croquis» e «observação» não os vamos tomar como dois assuntos separados e de peso equivalente; senão que o Croquis o consideraremos contido na Observação, como uma parte dela.
Falaremos então, fundamentalmente, de Observação, e mais precisamente, de Observação Arquitetônica.

A primeira afirmação que queria fazer é que a Observação, tal como a entendemos aqui e em seu sentido mais radical, é possível porque «a condição humana é poética, e por ela o homem vive livremente na vigília de fazer um mundo»1.
O homem está irremediavelmente chamado e obrigado a fazer e refazer o mundo. Vale dizer a re-inventá-lo uma e outra vez (note-se que etimologicamente a palavra invento tem a ver com «ventura», e consequentemente com «aventura»).
E esta urgência e obrigação, pode cumpri-la porque tem a possibilidade de ver o mundo, seu mundo, sempre de novo, de vê-lo como por primeira vez («ver», está tomado em sentido amplo; talvez se poderia falar de «perceber»).
Temos então que este meio que nos envolve, e onde transcorre nossa vida, aparentemente tão concreto e objetivo, não é tal. Depende de nossa «mirada» e nosso «ponto de vista», para se mostrar e se revelar segundo rasgos e conotações profundamente diferentes.

«Observar», seria então essa atividade do espírito (e do corpo) que nos permite aceder, uma e outra vez, a uma nova, inédita, visão da realidade.
Observar, no sentido que o estamos considerando, se converte numa verdadeira abertura. Trata-se de algo profundamente artístico e portanto poético.

A propósito de «ver de novo», vou lhes contar o que ocorreu numa Phalène há muito tempo, na França, cujo relato conheci (eu não estava lá). A Phalène é uma sorte de Ato ou Jogo Poético, que se realiza entre vários, em algum lugar da cidade ou do campo. Podem participar nela a gente do lugar ou transeuntes. No grupo deve estar presente, isso sim, um poeta que em certe medida faz de cabeça. O resultado da Phalène é algum gênero de poema, ou um feito plástico.
Conto sucintamente a Phalène que lhes dizia:
Indo pelo campo francês, não longe de Paris, em dois carros, vai o grupo de umas 8 pessoas que haviam programado realizá-la.
Num dado momento, ante uma peculiar luminosidade que se produz numa colina, um dos participante pede para se deter (regra da Phalène), para realizar o ato poético. Descem dos carros e avançam pela colina; depois da vertente, em meio ao campo arado, aparece uma árvore solitária.
Vão a ele, e o rodeiam formando um círculo. Ali os poetas que participam recitam, de memoria, alguns poemas. Diz o relato que «elogiam» assim à árvore. Logo o Poeta que faz de cabeça, pede aos três artistas plásticos que participem, que façam eles também, desde seu ofício, algum signo (este será seu modo de Elogiar). Não tendo nenhum meio entre suas mãos, e na urgência do ato poético e em meio de seu silêncio, tomam uma pedra relativamente grande que está perto, a trasladam, a levantam e a colocam aprisionada entre os ganchos que se abrem do tronco.
Então, diz o relato, os que estavam aí ficaram perplexos, desconcertados, atônicos, porque «vimos a árvore como por primeira vez».
Bem, disso se trata a Observação: de «ver como por primeira vez».
Ainda que resulte aparentemente desproporcionado, quase escandaloso, através da Observação nós esperamos ter uma sorte de «vidência» (como diria Rimbaud) de algum ou alguns aspectos da realidade.
Se trata evidentemente de algo que não se pode garantir, de um presente ou dom; não é um procedimento, um método, que conduza necessariamente ao êxito.

Arte e Arquitetura: Desenhos ao Jantar / Álvaro Siza

Arte e Arquitetura: Yona Friedman

Habitação Bioclimática em Tenerife / Ruiz Larrea y Asociados

Exposição: Alturas de Macchu Picchu: Martín Chambi – Álvaro Siza at work.