Como parte do festival MEXTROPOLI, realizado na Cidade do México no início do mês passado, o escritório WOHA, de Singapura, inaugurou sua primeira exposição na América Latina, intitulada GARDEN CITY MEGA CITY. A arquitetura do WOHA introduz a biodiversidade nos espaços públicos, transformando os pátios e corredores entre edifícios em espaços abertos à comunidade. Nesta exposição, os arquitetos mostram como o seu trabalho abordou as alterações climáticas e os desafios sociais que ocorrem como resultado do rápido crescimento urbano.
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Branco e reluzente, o caixão adornado de flores, balões e recordações é carregado por quatro jovens escoltados por uma lenta procissão de familiares que percorre os corredores do cemitério público de Navotas (Filipinas), esquivando-se do lixo, das crianças e dos galos que cruzam livremente a caravana fúnebre. Há alguns dias, um jazigo ocupado há cinco anos foi limpo para receber o ocupante do caixão branco. Terminado o funeral, uma camada de tijolos garantirá a estadia do finado ao menos pelos próximos cinco anos.
Evento de rotina, a procissão é seguida pelos olhares de dezenas de crianças que têm nessa necrópole seu bairro. Aqui vivem seus pais e avós há mais de trinta anos, literalmente sobre as covas ou jazigos do cemitério banhado pela baía de Manila.
"Os visitantes e moradores têm uma boa relação. Eles só querem que as tumbas sejam respeitadas e que ninguém as use como banheiro", conta um dos coveiros de Bagong Silang, assembléia do bairro que ocupa o cemitério.
Saiba mais sobre a história do cemitério público de Navotas, a seguir.