O escritório TYIN tegnestue é conhecido por seus projetos de pequena escala em áreas menos favorecidas de todo o mundo, mas talvez você ainda não soubesse o quão aberto ele são em relação a compartilhar seus trabalhos. Navegando pelo website do escritório, vemos que muitos de seus projetos antigos estão disponíveis para download na forma de fotografias, croquis, desenhos e modelos. Os arquitetos acreditam que compartilhando seus conhecimentos, estão incentivando estudantes e jovens arquitetos a aprender através da construção. O grupo criou, inclusive, a "TYIN Architect's Toolbox", um guia disponível para download que serve de auxílio para projetar e construir em áreas carentes.
Desenho Social: O mais recente de arquitetura e notícia
TYIN tegnestue disponibiliza gratuitamente um guia para projetar e construir em áreas menos favorecidas
5 Razões pelas quais os arquitetos deveriam ser voluntários
Patrick McLoughlin é um dos fundadores do Build Abroad, uma organização voluntária que oferece serviços de arquitetura e construção em nações em desenvolvimento. Neste artigo, originalmente publicado em Archi-Ninja, McLoughlin compartilha cinco razões por que arquitetos devem se envolver em organizações deste tipo.
Muitos escritórios de arquitetura colaboram com organizações não governamentais no auxílio a países em desenvolvimento. A A.gor.a Architects , por exemplo, está atualmente projetando e construindo uma nova clínica médica que proporcionará atendimento médico a refugiados e imigrantes na Birmânia. O Auburn University Rural Studio, por sua vez, trabalha com arquitetos e estudantes para construir residências em comunidades rurais e, ao mesmo tempo, instiga a ação comunitária, a colaboração e a sustentabilidade.
Diversas organizações também facilitem a construção voluntária. A Architecture for Humanity oferece serviços de arquitetura, planejamento e projeto voltados para a reconstrução após desastres naturais. A Architects without Borders é uma operação global que oferece uma assistência de projeto ecologicamente sensível e culturalmente apropriada para comunidades carentes.
Ao longo da última década, o voluntariado em outros países se tornou muito popular e uma parte importante da indústria da arquitetura e da construção. O voluntariado oferece oportunidades de curto e longo prazo para experienciar uma nova cultura e, ao mesmo tempo, dar um retorno à comunidade. A construção voluntariada oferece o potencial de um impacto mais duradouro nas comunidades em questão. Patrick McLoughlin, cofundador do Build Abroad descreve os seguintes benefícios e como podemos fazer a diferença.
Construção de presépios em Burkina Faso: uma tradição natalina que ensina arquitetura às crianças
Em Burkina Faso, a fabricação de presépios natalinos é uma importante tradição que tem como protagonistas as crianças. Todos os anos elas formam equipes para construir estes modelos em grande escala, alcançando quase a própria altura, em uma espécie de competição sadia que estimula a criatividade através do desenho e construção colaborativa.
Como resposta a esta iniciativa, o espanhol Albert Faus liderou um grupo de arquitetos para criar o Kamba Zaka, um projeto que pretende levar este interesse arquitetônico um passo adiante. Em seus ateliês, os arquitetos não apenas ensinam conceitos relacionados à disciplina, mas também apresentam às crianças materiais e técnicas construtivas vernaculares para que elas possam valorizá-las e praticá-las em construções reais no futuro.
Saiba mais sobre esta incrível experiência, a seguir.
Arquitetos e mulheres "Khmer" constroem um centro comunitário utilizando tecido e concreto
Utilizando um inovador método de esvaziamento de concreto em moldes leves de tecido, os arquitetos do Orkidstudio - junto a StructureMode - se associaram com um grupo de mulheres Khmer em Sihanoukville, Camboja, para reconstruir um centro comunitário no coração urbano da cidade.
A técnica foi desenvolvida e provada meses antes pelos engenheiros do StructureMode, combinando provas físicas e a análise computacional através do software Oasys GSA Suite, com o qual foram capazes de predizer o estiramento requerido do tecido para logo derramar o concreto em seu interior. Para completar o processo em conjunto, as mulheres alfaiates e os construtores puderam compreender a sequência da construção da cofragem através de croquis tridimensionais, assim o projeto foi concluído em apenas oito semanas.
Contra a glorificação da arquitetura de caridade
Há alguns meses, o suplemento Babelia do jornal El País, publicou na capa um retrato da arquiteta hindu Anupama Kundoo. No artigo falava-se sobre seu trabalho, entretanto, o que estava destacado na capa não era um dos seus projetos ou as repercussões sociais deles, mas sim a imagem da personagem. Com um "star-system" em baixa devido às repercussões da crise econômica de 2008, o sistema se reproduz com novos personagens: heróis desinteressados que vão salvar o mundo.
Kundoo - que se incomoda com o rótulo de "arquiteta socialmente responsável" - explicou que é apenas "uma arquiteta", que por sua condição e origem trabalha em certos lugares mas que seu trabalho é como o de qualquer outro profissional. O problema está no fato de que o sistema de difusão - e de educação também - precisa promover e consumir personagens para que a roda continue girando e, por tanto, parece pertinente alertar sobre o perigo da distorção das mensagens, especialmente aos estudantes e jovens arquitetos.
Andaimes e revestimentos vernaculares: o desenvolvimento de um centro comunitário na Malásia
Situado junto ao rio Krau, o povoado indígena de Kampung Pian é constituído por mais de 50 famílias da tribo Jahut. A atividade principal do povoado está relacionada com o cultivo de arroz, milho e hortaliças. Alguns trabalham em campos de óleo de palma e seringueiras, enquanto outros são pescadores e coletores de produtos da selva, como o rattan e o petai. A maioria dos seus habitantes vivem em casas de madeira com acabamentos de bambu e coberturas de palha.
Em agosto de 2013, Kampung Pian foi selecionado para receber o Festival do Dia Mundial Indígena. Para facilitar a celebração e a visita de 200 pessoas a localidade, foi necessário construir um novo equipamento com duchas e banheiros. A ideia era que logo após as celebrações, o espaço pudesse se tornar um salão comunitário para as famílias locais.
Voluntários constroem centro comunitário com barro e junco em Guadalajara, México
Desenvolvido pelos arquitetos do Coletivo bma ,em Barranca de Huentitán, Guadalajara, este projeto consiste em um novo edifício de alojamentos e encontros do Instituto Mexicano para o Desenvolvimento Comunitário (IMDEC).
As novas instalações - erguidas em apenas duas jornadas de trabalho através dos esforços de mais de 100 voluntários - foram construídas a partir de uma estrutura base de concreto, muros de adobe e uma vedação de junco, que percorre grande parte do seu perímetro.
Mais detalhes do processo construtivo, a seguir.
A Praça dos Nossos Sonhos / Lukas Fúster
Reconstrução de moradias sobre suas próprias ruínas: "Reclaiming Heritage" no Haiti
Reclaiming Heritage é um grupo de arquitetos e estudantes de arquitetura de todo o mundo cujo objetivo é realizar uma reconstrução sensível pós-desastres naturais. Sua enfase está na reutilização de materiais, buscando preservar o patrimônio arquitetônico e cultural destes.
A história começa no ano 2012, quando o grupo conquistou o primeiro lugar na categoria de moradia do concurso "Haiti: Ideas Challenge" (desenvolvido pela ACSA), com o objetivo de criar soluções permanentes após o terremoto que afetou o Haiti no dia 12 de janeiro de 2010. O projeto propõe reconstruir as moradias sobre suas ruínas, a fim de permitir a permanência das suas famílias nas suas comunidades e conservar o máximo possível suas moradias originais.
Espelhos gigantes refletem o sol de inverno em Rjukan, Noruega
Os habitantes da pequena cidade norueguesa de Rjukan finalmente viram os raios de sol durante os meses de inverno. Localizada em meio a montanhas escarpadas, a cidade permanece nas sombras durante seis meses por ano; por este motivo seus habitantes têm que subir no topo das montanhas, através de um teleférico, para que seus organismos não fiquem com níveis muito baixos de vitamina D.
Recentemente, entretanto, os fracos raios de sol do inverno atingiram pela primeira vez a praça do mercado da cidade, graças a três enormes espelhos - helióstatos - instalados na montanha. O projeto foi liderado pela comunidade.
Mais informações a seguir.