Pense na via de uma grande metrópole. É provável que você encontre algumas vielas estreitas, com menos de dez metros de largura, principalmente nas partes mais antigas da cidade. Também encontrará grandes avenidas que ultrapassam os cem metros de largura. Olhando para outras cidades, vemos que essa variedade se repete ao redor do mundo.
Desenho Urbano: O mais recente de arquitetura e notícia
Conquistando espaços públicos: a história dos parquinhos e playgrounds
Os parquinhos infantis, conhecidos também como playgrounds, são espaços com equipamentos dedicados ao lazer das crianças, onde elas podem desenvolver diferentes habilidades motoras e sociais. Esses espaços, porém, são novos em nossas culturas e cidades e surgem a partir do reconhecimento da infância enquanto etapa fundamental do desenvolvimento humano.
Caminhando na sombra: como escolher a vegetação da calçada
Da diminuição da temperatura local à melhoria da qualidade do ar, são inúmeros os benefícios da arborização nos centros urbanos. Somando vantagens sociais, ambientais e até econômicas, a arborização urbana, em especial do passeio público, é fundamental para qualidade de vida dos cidadãos, mas precisa ser definida e projetada com cuidado, combinando as demandas urbanas com as necessidades biológicas.
Como a inclusão de gênero está influenciando o desenho urbano
Na década de 1970, em Berkeley, Califórnia, um grupo ativista dos direitos das pessoas com deficiência, chamado Rolling Quads, começou a desmontar os meios-fios e instalar rampas improvisadas nas calçadas, exigindo acesso para os cadeirantes. Mas, o que as pessoas não esperavam era que os usuários de cadeiras de rodas não seriam os únicos a se beneficiar da intervenção. Logo, pedestres com carrinhos de bebê, compras pesadas, malas ou simplesmente com mobilidade reduzida passaram a usar regularmente as rampas. Da mesma forma, uma cidade com inclusão de gênero funciona melhor para todos. Uma cidade onde todas as minorias de gênero, com idades e habilidades diferentes, podem se locomover com facilidade e segurança, participar plenamente da força de trabalho e da vida pública, levar uma vida saudável, sociável e ativa é uma cidade que melhora a vida de todos.
Por que devemos criar cidades para crianças
No livro Design of Childhood, a arquiteta e pesquisadora Alexandra Lange afirma que crianças foram consideradas não-pessoas durante quase toda a história da arquitetura da Arquitetura antiga e moderna, sendo excluídas dos processo de criação dos espaços urbanos e interiores. Esse processo acarretou e ainda vem acarretando diversos problemas quando as crianças atingem a idade adulta, já que essas crianças cresceram constantemente vigiadas pelo medo do movimento e dos olhos dos adultos.
Como desenhar uma calçada? O papel fundamental do mobiliário urbano
Se o piso de uma calçada é elemento fundamental para a organização de fluxo, o mobiliário urbano escolhido para compor o espaço público é responsável pela qualificação daquele lugar, podendo criar lugares mais amigáveis. Lixeiras, canteiros, placas de sinalização, bancos, iluminação, bicicletários e tantos outros auxiliam a transformar um espaço que, apesar de ser de passagem, é também o único espaço público em boa parte das cidades.
Skate, arquitetura e urbanismo
No final do século XIX surgia o skate nos Estados Unidos, patenteado oficialmente em 1936, o esporte já enfrentou diversos preconceitos, mas assim como as dinâmicas social e urbana, das quais faz parte, perdurou para demonstrar que sua vivência vai muito além das visões conservadoras e trouxe uma nova forma de vivenciar a cidade ao experimentar movimentos do próprio corpo diante do desenho urbano ou arquitetônico.
Desenhando cidades melhores: como escolher o piso das calçadas?
De maneira geral, para garantir a circulação universal das pessoas, as calçadas devem apresentar superfície regular, contínua, firme, antiderrapante e sem mudanças de níveis ou inclinações. Na prática, sabemos que é raro encontrar calçadas que atendam a esses parâmetros de qualidade. De todos os elementos que compõem uma calçada, a exploração dos recursos de pisos e o enfrentamento da topografia são fundamentais para garantir qualidade no desenho urbano.
Guia apresenta estratégias para tornar cidades caminháveis para idosos
A caminhada pode ajudar a prevenir e amenizar sintomas de doenças. É uma atividade física de graça e que pode ser feita em qualquer local. Para alguns, é um meio de transporte para se deslocar ao longo do dia. Para outros, um passatempo para explorar um bairro desconhecido no fim de semana. Mas, para que seja uma atividade prazerosa, é preciso estímulo dos governantes: é o que busca a “Cartilha orientativa de desenho urbano para melhoria da caminhabilidade da população idosa”, nova publicação da USP.
Guia gratuito ensina a planejar ruas para crianças
A Global Designing Cities Initiative (GDCI) lançou um Guia Global de Desenhos de Ruas para ajudar urbanistas na difícil tarefa de incluir em seus projetos todos os atores dos cenários urbanos. A publicação se tornou uma referência e ganhou agora um guia especial, destinado às crianças. O guia Desenhando Ruas para Crianças, tradução para o português do original em inglês Designing Streets for Kids, já está disponível em diferentes idiomas, inclusive o português.
Faixas de pedestre para pessoas com autismo são pintadas em Valência
A cidade espanhola de Valência está usando pictogramas para ajudar seus moradores autistas a atravessarem a rua com segurança. A medida teve início no bairro La Torre, onde estão sendo pintadas 44 faixas de pedestres.
8 Abordagens e tendências para promover trânsito seguro e espaços públicos de qualidade
É preciso desacelerar o trânsito nas cidades brasileiras – e rápido. Esta é uma questão de saúde pública, já que sinistros de trânsito estão entre as principais causas de morte em todo o mundo. E uma questão de qualidade de vida e equidade, já que cidades que reduzem efetivamente as velocidades dos veículos tornam-se mais seguras, acolhedoras e vibrantes para todas as pessoas.
Como desenvolver bairros amigáveis à primeira infância?
Para quem você projeta uma cidade? Dificilmente sua resposta terá em mente um bebê ou uma criança de até seis anos de idade, período que define a primeira infância. No entanto, são diversas as diretrizes e ações que podem ser tomadas para incluir esse público no planejamento urbano. Afinal, é nesse momento que começam as primeiras relações de um cidadão com a urbanidade e é fundamental que haja o melhor acolhimento possível.
Antítese da arquitetura hostil: projetos que contribuem para a hospitalidade urbana
Em 2014, quando o repórter do jornal britânico The Guardian – Ben Quinn – abriu os olhos de cidadãos de todo o mundo para práticas hostis de desenho urbano, cunhando o que viria a ser conhecido como fenômeno da “arquitetura hostil”, não se esperava uma repercussão tão grande. Vieram à tona inúmeras estratégias de desenho urbano que coíbem a participação do cidadão e segregam sua apropriação da cidade, elementos que restringem certos comportamentos e dificultam o acesso e a presença de determinadas camadas da sociedade. Códigos de conduta ditados pelo desenho urbano que vão contra tudo o que se estuda sobre urbanismo de cidades democráticas e hospitaleiras, tal qual Jan Gehl e Jane Jacobs.
Ruas completas na universidade ajudam a pensar e projetar a cidade na escala humana
Ruas são espaços públicos estruturantes das cidades e locais de convergência por excelência. Do encontro das ruas temos os largos, as praças, os parques. Pelas ruas, tudo passa, e da qualidade das ruas dependem as pessoas para acessar oportunidades de emprego, educação, saúde e lazer. Mas basta olhar para as grandes cidades brasileiras para perceber a priorização que se dá aos veículos motorizados em detrimento dos outros modos. Em São Paulo, por exemplo, 41% das calçadas não têm a largura mínima exigida por lei.
É proibido construir ruas bonitas no Brasil
Tem algo muito errado quando as ruas mais bonitas do Brasil seriam proibidas de serem construídas hoje em dia. Isso mesmo, a quase totalidade dos Planos Diretores brasileiros proíbe qualquer um de nós de construir casas e prédios com as características que fizeram essas ruas serem eleitas as mais bonitas do Brasil.
Renaturalizar a cidade: ampliando o conceito de sustentabilidade
O conceito de sustentabilidade aplicado à cidade está a em vias de se tornar obsoleto. Nós usamos este termo para quase tudo o que queremos fazer, e assim dar-lhe um ar aparente de respeito pelo que chamamos de natureza, mas, o impacto real é alcançado quando transcendemos esta ideia e aproveitamos todas as oportunidades de intervenção urbana para implementar iniciativas de re-naturalização e, portanto, dotar a cidade de atributos que a levem a ser mais resiliente.