Unindo-se às muitas páginas que já oferecem escalas humanas para renders, o website PimpMyDrawing está ampliando sua base de dados de escalas vetorizadas. O site foi lançado por três arquitetos recém-formados que, ao se darem conta da quantidade de desenhos vetorizados que produziram ao longo de seus anos na faculdade, decidiram compartilhá-los gratuitamente.
Desenhos: O mais recente de arquitetura e notícia
PimpMyDrawing oferece escalas humanas para desenhos vetorizados
Chamada de trabalhos: Drawing Futures
Drawing Futures, uma conferência internacional sobre desenhos especulativos para arte e arquitetura, lançou uma chamada de trabalhos
A conferência, que acontecerá em dois dias, reunirá profissionais para debates e palestras sobre o uso do desenho como ferramenta crítica para a arte e arquitetura. O evento discutirá seu papel atual e também futuros direcionamentos.
O croqui como método essencial de representação
O croqui (sketch) é uma ferramenta análoga de representação onde o desenho transcende à perfeição para dar lugar a elaborações gráficas mais ágeis e a imperfeição tende a ser o atributo do desenhista, a evidência de sua forma de ver o mundo. O âmbito acadêmico, especialmente em arquitetura, pede rapidez de elaboração para demonstrar as ideias que com palavras não podem ser idealizadas e a constante prática em elementos cotidianos como guardanapos, contra-capas de cadernos ou folhas soltas, são os espaços que abrigam os esboços para abrir caminho ao uso de cadernos; como memórias de processos de projeto ou viagens para aprendizado... o qual apresentarei ao final do artigo com o intuito de estimular o leitor na prática desse método.
Expressar uma ideia é uma condição possível em qualquer ser humano, servindo-se de croquis, palavras ou a elaboração de figuras para fazer entender-se o que se deseja comunicar com as mãos como instrumento mediador entre o pensar e o capturar: "na condição do croqui é onde o pensamento tem uma relação direta com o fazer, com sua mão, com a experiência do corpo."
Papel quadriculado: a origem de Super Mario Bros
Até o o momento, já foram criadas mais de 6 milhões de fases para o jogo Super Mario Maker, onde os usuários podem criar seus próprios ambientes e nível de dificuldade de jogo com todas as ferramentas disponíveis no universo criativo do Mario. O encanador que já divertiu milhões de pessoas com suas aventuras completou 30 anos em setembro do ano passado; data que marca o lançamento do primeiro Super Mario Bros.
Há alguns meses, marcando a estreia de Super Mario Maker na última E3, Shigeru Miyamoto e Takashi Tezuka, criadores do Super Mario Bros, explicaram como desenharam em 1985 as fases do clássico jogo da Nintendo: com folhas de papel quadriculado.
Sim, com folhas quadriculadas e papel manteiga os artistas japoneses desenharam com detalhes cada cenário, editando a posição dos inimigos, as armadilhas e também a imagem do início do jogo.
Desenhos de Stefan Bleekrode recriam paisagens a partir da memória
Ao longo dos últimos anos, o artista holandês Stefan Bleekrode vem criando uma série de desenhos de cidades a partir de sua memória. Baseando seu trabalho em impressões adquiridas em viagens pela Europa e América do Norte, Bleekrode utiliza caneta, tinta e aquarela para dar vida a paisagens urbanas.
Vardehaugen cria instalação com desenhos técnicos em escala real
O escritório norueguês Vardehaugen criou uma série de desenhos arquitetônicos em escala real em seu próprio estúdio. Inspirados pela ideia de que "a sensação corporal da escala, ou a simples noção de caminhar através de um ambiente, não pode ser experienciada através das tradicionais visualizações 3D ou modelos em escala". Os modelos 1:1 permitem uma melhor compreensão das dimensões e sequências espaciais, mesmo antes dos projetos serem construídos.
Arquiteturas fantásticas: as ilustrações de Bruna Canepa
A arquiteta, ilustradora e fundadora - juntamente com Ciro Miguel - do projeto Miniatura, Bruna Canepa compartilhou conosco uma belíssima seleção de alguns de seus trabalhos de ilustração e colagem que oferecem um olhar renovado a uma ferramenta trivial da arquitetura: o desenho. Mais que representações de arquiteturas fantásticas, seus trabalhos apresentam uma arquitetura que troca firmitas, utilitas e venustas por complexidade, surpresa e sátira.
De extrusões e explosões de tipologias conhecidas a atmosferas surreais e estéreis do vazio, sugerimos a divisão das ilustrações de Bruna em três sub-séries que mostraremos a seguir: Casas, Cúbicos e Deslocamentos.
Coleção Peter Jenny - Livros que convidam a desenhar de forma criativa + SketchBook
Um box com quatro volumes imprescindíveis para melhorar as habilidades em design, desenho e pensamento visual e um sketchbook. Com quatro livros (Um olhar criativo, Desenho anatômico. Técnicas de desenho, Como desenhar de forma errada), Peter Jenny propõe uma série de exercícios para explorar a criatividade do leitor e, ao mesmo tempo, estimular e melhorar suas habilidades com o desenho, o design e o pensamento visual.
Chamada de propostas para o concurso "Drawing of the Year 2015"
A Aarhus School of Architecture, o escritório schmidt hammer lassen architects, o website VOLA e a Danish Arts Foundation anunciaram um concurso colaborativo intitulado Drawing of the Year 2015, que convida estudantes a enviarem desenhos imaginativos num esforço de "celebrar a ferramenta mais antiga dos arquitetos".
O que Germán Samper vê quando desenha?
Esquivando-se da suave chuva de Bogotá, um gato de olhos turquesa, banhado em branco em preto, se esconde embaixo da marquise de um escritório em meio a uma frondosa vegetação. Uma generosa abertura de madeira filtra a luz e ilumina um espaço, centenas de livros, pastas amarelas e quadros pendurados. Dentro, cômodo em sua cadeira, Germán Samper pega um lápis, o apoia sobre a superfície do papel e começa a explicar tudo o que diz da maneira mais simples e clara possível.
Seja dando instruções para pegar um táxi em Bogotá ou explicando as recentes modificações na histórica cidadela Colsubsidio, Samper - mestre da arquitetura colombiana - pode expressar suas ideias sobre o papel com uma facilidade que nos faz acreditar que desenhar pode ser muito simples, mas este é o truque. É apenas questão de registro e Samper sabe por experiência própria.
"Não entendo como os arquitetos não desenham mais se é um verdadeiro prazer", se questiona.
A seguir, uma conversa com Germán Samper e uma série de desenhos inéditos do arquiteto colombiano.
Vídeo: Timelapse faz ilustrações de Nova Iorque ganharem vida
Em 2012 publicamos o vídeo Empire State of Pen, uma impressionante produção do artista londrino Patrick Vale mostrando seus desenhos de Manhattan a partir da perspectiva de cima do Empire State Building. Agora, Vale escolheu outro ponto de observação, indo um pouco mais longe, próximo à região onde se localiza o Rockefeller Center. As novas ilustrações de Vale se voltam para sul, com o Empire State Building no centro e a Freedom Tower ao fundo. A leste podemos ver o Chrysler Building, enquanto que a oeste está a Bank of America Tower na Times Square.
Vale começou os desenhos em dezembro de 2014, quando passou uma fria tarde fotografando e fazendo alguns rápidos croquis, que foram então levados ao seu estúdio para dar início às ilustrações finais. O processo levou um mês para ser concluído. Assista aos desenhos de Vales ganhando vida no vídeo em timelapse mostrado acima, e veja, a seguir, algumas de suas ilustrações.
Desenho à mão vs. ferramentas digitais: a opinião de nossos leitores
Muitos debates fazem parte do mundo da arquitetura e eventualmente ocupam lugar de destaque nos meios de comunicação, como por exemplo o papel das mulheres na profissão ou as longas jornadas de projeto nas universidades. Entretanto, uma das discussões mais persistentes entre arquitetos - principalmente dentre das academias - é a batalha entre desenho à mão e o uso de softwares digitais.
Há algumas semanas publicamos uma matéria que lançava luz sobre essa discussão e convidava nossos leitores a deixarem suas opiniões sobre o tema numa tentativa de abordar o tópico a partir de diferentes pontos de vista.
Qual o papel do desenho à mão na arquitetura de hoje?
Historicamente, a habilidade de desenhar à mão - seja para produzir desenhos técnicos precisos ou perspectivas expressivas - é um ponto central na profissão da arquitetura. Mas, com o lançamento e subsequente popularização de programas CAD desde o início dos anos 1980, o prestígio de desenhar à mão foi ameaçado. Hoje, com softwares de projeto e apresentação cada vez mais sofisticados - do Revit ao Rhinoceros - ganhando popularidade, a importância de desenhar à mão se tornou tema de uma discussão acalorada.
Astropad: Use seu iPad como um tablet de desenho profissional
Astropad, um aplicativo para iOS e Mac, transforma seu iPad em um tablet de desenho profissional sem a necessidade de hardwares adicionais. Desenvolvido por Matt Ronge e Giovanni Donelli - ambos engenheiros que já trabalharam na Apple - o aplicativo permite que o iPad funcione como um trackpad, aceitando a maioria das canetas de outros fabricantes.
Beba como um arquiteto: combine seu drink com um grande edifício
Parafraseando o antigo provérbio: "por trás de todo há um grande arquiteto". Segundo o escritório suíço Kosmos Architects, uma versão menos familiar desse ditado poderia ser: "além de cada grande edifício, há um drink perfeito". O escritório revelou uma relação cientificamente (não) comprovada entre o álcool e a arquitetura: rampas, por exemplo, são geralmente construídas numa inclinação de 5 a 7 graus, um número próximo à porcentagem de álcool de uma cerveja. Além disso, um telhado com 45 graus de inclinação, projetado para escolar a água e a neve, revela a porcentagem de álcool da vodca usada em climas rigorosos para aquecer as pessoas no inverno.
Kosmos Architects publicou uma série de doze cartões postais ilustrados, relacionando edifícios icônicos os seus drinks adequados. Um Manhattan para Mies, um Blue Blazer para Zumthor, e um Smoky Martini para Herzog & de Meuron, todos fazem parte da série Good Drinks & Good Buildings, uma comparação entre arquitetura e drinks bem a tempo para a virada do ano.
O que há no martíni do SOM? descubra a seguir.
Designer português registra sua viagem pelo mundo através de desenhos
Sacar uma câmera fotográfica ou, hoje em dia, o celular, fazer a foto, passa para o próximo monumento ou atração. É desse modo, mecânico e automático, que muitos turistas se comportam quando viajam para novos lugares. Talvez, quem sabe, um dia esses registros sejam revistos - lembranças de momentos que nunca foram vividos, dada a velocidade com que se observa o mundo por trás da pequena tela de LCD.
Parece cada vez mais raro contemplar, deter-se por um tempo e simplesmente observar, sentir o lugar. O português Luís Simões vem fazendo basicamente isso há dois anos. Sempre que chega a alguma nova cidade, presta-lhe a merecida atenção e, então, registra com lápis e papel aquilo que vê e sente.
Le Corbusier, Antoine de Saint-Exupéry, e seus voos de fantasia
Este artigo, escrito por Avinash Rajagopal, que foi originalmente publicado na revista Metropolis Magazine como 'The Little Prince' and Le Corbusier investiga a ligação entre Le Corbusier e Antoine de Saint-Exupéry, escritor do célebre "O Pequeno Príncipe".
Em 22 de outubro de 1929, um arquiteto francês embarcou no voo inaugural da companhia Aeroposta Argentina, um serviço aéreo pioneiro que voava de Buenos Aires para Assunção, guiado por um copiloto francês. O ato de voar iria influenciar profundamente a produção criativa de ambos, o passageiro e o piloto.
O primeiro era, evidentemente, Le Corbusier. O segundo era Antoine de Saint-Exupéry, posteriormente famoso por ter sido o criador O Pequeno Príncipe (1943), a conhecida história da criança viajante interplanetária, amante de raposas e rosas do espaço.
Leia a seguir para saber mais sobre o par.
"Desenhando Sombras" por Gautam Bhatia
Gautam Bhatia é um arquiteto de Nova Deli e um dos mais famosos escritores de arquitetura da Índia, tendo escrito para o The New York Times, Outlook Magazine e Indian Express.
Hoje em dia, vivemos do jeito que vivemos porque não conhecemos outro modo. Nossas vidas se enquadram nos padrões definidos de casas, ruas, bairros, cidades. Como um arquiteto, tento entender e explorar - através do desenho - diferentes possibilidades de construção e paisagem. Cada vez mais os desenhos têm me afastado das convenções da arquitetura, indo em direção a planos mais abstratos. Desenhar tem ajudado a definir espaços inexistentes, talvez como eles deveriam existir. Não de uma maneira utópica, mas de modo a tentar meramente descrever um jeito diferente de viver.