Bjarke Ingels Group divulgou imagens de um novo plano diretor de 60.703 hectares que seria construído do zero em um deserto no oeste dos Estados Unidos. Sob o nome de Telosa, o projeto visa "criar uma nova cidade na América que defina um padrão global para a vida urbana, expanda o potencial humano e se torne um modelo para as gerações futuras". O projeto deve receber mais de 5 milhões de residentes nos próximos 40 anos, com a visão de se tornar a cidade mais sustentável do mundo.
"O que é mais difícil em arquitetura é construir um edifício no deserto. É terrível, não há referências", comentou uma vez Álvaro Siza. Embora pareça contraditório, a existência de condicionantes complexas em um contexto de projeto costuma ser o ponto de partida para o raciocínio de desenho em arquitetura. Pensar em como lidar com a presença de declividades intensas, preexistências significativas ou massas vegetais endêmicas pode parecer, a princípio, um impedimento para o livre fluxo criativo, mas em muitos casos é justamente esse confrontamento que torna os projetos únicos e estabelece o vínculo deles com os lugares onde estão implantados.
O House Challenge divulgou os resultados do concurso de 2019, que reuniu inscrições de todo o mundo. Com um tema focado na Casa do Deserto, os candidatos projetaram propostas novas e originais para abrigos temporários neste ambiente hostil.
A Foster + Partners divulgou seu projeto para o novo aeroporto do Mar Vermelho, que deve receber um milhão de visitantes até 2030. Inspirado pelas formas do deserto, o oásis verdejante e o mar, o terminal visa proporcionar um novo tipo de experiência, divergindo das inconveniências comuns dos aeroportos.
O festival Burning Man, que acontece anualmente no deserto de Nevada, começou. O tema deste ano gira em torno da noção de "Metamorfose", desencadeando a criatividade dos artistas e colocando em prática instalações e pavilhões muito diversos.
Sesame, projeto de Christophe Benichou Architecture, é solitário e monolítico. Localizado em um deserto, suas fachadas são abertas e fragmentadas, deixando partes entreabertas; em cada uma dessas reentrâncias estão alguns ícones da domesticidade, incluindo uma cama, mesa, banheira, pia e vaso sanitário.
https://www.archdaily.com.br/br/921746/christophe-benichou-architecture-projeta-casa-minimalista-no-desertoLilly Cao
Ainda que a arquitetura esteja sempre em constante estado de transformação, ela nunca estará desassociada de seu passado. A herança construída pelo trabalho coletivo ao longo dos séculos, estará sempre acessível no presente para inspirar e proporcionar maior profundidade à temporalidade da arquitetura. A integração entre a paisagem natural e aquela construída pelo homem também não é nenhuma novidade na história da arquitetura.
Pensando nisso, Amey Kandalgaonkar, arquiteto e fotógrafo de arquitetura baseado em Xangai, foi buscar inspiração no túmulo de Madain Saleh na Arábia Saudita - uma estrutura escavada na rocha em uma montanha no meio do deserto. Apropriando-se desta histórica obra de arquitetura e patrimônio da humanidade, ele resolveu revistar o passado e projetar duas casas contemporâneas com uma abordagem bastante parecida.
A imagem é um frame do vídeo que será exibido como parte da exposição
No próximo dia 12/04 sexta-feira as 19h no Museu da Cidade – MUCI – Fundição Lidgerwood, inaugura a exposição O Peso da Terra, primeira exposição individual do arquiteto e artista visual Alexandre Silveira. A exposição reúne uma seleção de obras, nas mais diferentes linguagens, dos últimos dez anos de produção dentro das artes visuais incluindo alguns trabalhos inéditos entre eles o vídeo O peso da Terra, filmado durante a residência artística realizada no Chão SLZ em 2015 em São Luís do Maranhão. Os trabalhos do artista, convergem na busca de uma saída frente ao ciclo de construções e ruínas da
Todos os anos, em agosto, uma metrópole temporária é erguida em Black Rock City, Nevada. Este é o Burning Man, um evento anual de arte e arquitetura que atrai cerca de 70.000 participantes. As pessoas que vêm para o Burning Man vêm de todos os cantos. O que é incrível é que eles se juntam para construir uma cidade efêmera que dura 7 dias. Essas pessoas assumem o papel de arquitetos e trabalhadores da construção civil e usam o deserto para construir todos os tipos de abrigos de forma rápida e sustentável. O deserto é tão remoto, e tudo construído em Black Rock City é embalado e levado para casa no final do evento, e parte da arte é queimada no local. Isso representa um desafio arquitetônico único. As pessoas que vêm para construir essas estruturas têm que planejá-las com antecedência para acomodar todos os desafios de trabalhar no deserto. O resultado é uma cidade impressionante e única, construída democraticamente, contra uma paisagem desértica, e por apenas uma semana.
Tivemos a chance de entrevistar Kim Cook no World Architecture Festival, em Berlim. Kim Cook é Diretora de Arte e Engajamento Cívico da Burning Man. Kim Cook e sua equipe têm a tarefa de aumentar o impacto das artes do Burning Man e iniciativas cívicas. Como parte de seu papel, Kim se envolve com artistas e líderes comunitários para aumentar as oportunidades de financiamento, colaboração e aprendizado.
O projeto para um pavilhão de madeira no deserto da região de Antofagasta, do Colectivo Arrabal, aborda as características do material na construção de estruturas versáteis, resistentes e mutantes.
O projeto foi desenvolvido por estudantes no XXV Encuentro Latinoamericano de Estudiantes de Arquitectura e se materializa como uma 'flor de madeira', lã e conexões de aço, que permite diferentes situações ao abrir-se (um observatório do céu noturno) e fechar-se (um refúgio para o sol).
"Situada na paisagem desértica que define a aparência de Nevada, Ascaya parece ter sido moldada pelos elementos. [...] Onde as pedras sobem ao encontro do céu, existe um local chamado Ascaya." - Site Promocional de Ascaya
Não é bem assim, de acordo com o livro Lake Las Vegas/Black Mountain de Michael Light, que será lançado em breve. Tratando do avanço da suburbana Nevada para o deserto, esse livro de duas partes analisa Lake Las Vegas, uma então abandonada vítima da crise imobiliária em 2008 que, desde então, emergiu do outro lado da falência, e para as redondezas de Ascaya, uma área residencial de alto padrão que ainda está em processo de estabelecimento em Black Mountain. As fotografias de Light não questionam muito diretamente os empreendedores, mas sim a destruição, a interferência e o aterramento da encosta e a construção de um grande empreendimento imobiliário na paisagem restante. Apresentando belas composições de fotos aéreas das áreas em construção e de campos de golfe cobrindo o deserto, o livro é uma clara crítica ao desenvolvimento destrutivo e insustentável em Nevada. Muito mais do que isso, Light está chamando atenção para a filosofia por trás de empreendimentos como Ascaya e Lake Las Vegas, que falham completamente em conectar a sociedade norte-americana à paisagem norte-americana de forma não destrutiva.
Uma das regiões mais áridas do planeta e com problemas que afetam a vida de milhares de famílias locais, o deserto do Saara foi o local escolhido para o projeto do jovem arquiteto sueco Magnus Larsson. Dune consiste em usar a própria areia para criar abrigos para as pessoas e protegê-las das intempéries.