Concebidos com o objetivo de aproveitar ao máximo o espaço, os móveis embutidos se tornaram cada vez mais populares como uma forma prática de atender às necessidades domésticas. A capacidade de adaptação ao espaço arquitetônico lhes permite, através de diferentes configurações ou materialidades, satisfazer diversos usos e funções e ser integrados à arquitetura. Entretanto, pode ser interessante nos fazermos a pergunta: este tipo de mobiliário é o que se adapta aos espaços residuais de nossas casas ou pode se tornar o protagonista e gerador dos espaços que projetamos?
Uma das paixões nacionais e unânime ícone de brasilidade, as redes fazem parte do dia a dia do brasileiro e representam um importante mobiliário da casa. Morar em apartamentos ou casas pequenas, porém, muitas vezes pode tornar mais difícil a inclusão delas no ambiente doméstico. Neste artigo apresentamos exemplos de como incluir as redes nos projetos, inspirando seu uso em apartamentos.
É um equívoco comum que os beliches sejam usados exclusivamente para quartos de crianças e adolescentes. Embora os beliches sejam uma ótima solução para crianças, o aspecto prático dos beliches, que oferece amplo espaço para dormir e economiza espaço no chão, os torna excelentes para uma variedade de finalidades e aplicações. Com o aumento da densidade e a parcela da população vivendo em grandes centros urbanos fazendo uso de espaços cada vez menores, observou-se um impulso para a modularidade na arquitetura de interiores. Por esse motivo, beliches e áreas de dormir suspensas têm se tornado uma ótima solução para maximizar a metragem quadrada.
Ao longo dos últimos anos, muitos arquitetos e arquitetas têm expressado seu compromisso para com o desenvolvimento de uma arquitetura mais ética e sustentável, apropriando-se amplamente de materiais locais e técnicas tradicionais de construção. Neste âmbito, muitos deles foram buscar inspiração em sistemas construtivos vernáculos e na própria cultura e identidade local, ressignificando antigas soluções em contextos contemporâneos.
Em nossa constante busca por materiais locais e ecológicos, onde quer que estivermos, sempre vamos nos deparar com um dos materiais mais conhecidos, sustentáveis e recorrentemente utilizados por diferentes povos e culturas ao redor do mundo: o ratã. Atualmente estima-se que quase setecentas milhões de pessoas fazem uso constante do ratã em suas atividades diárias, sendo que em muitos países do sudoeste asiático este material é até considerado um importante elemento da própria cultura e identidade local. Neste artigo, procuramos analisar as formas como arquitetos e arquitetas têm explorado este versátil material em seus projetos de arquitetura contemporânea.
A marcenaria, como são comumente chamados os mobiliários de madeira executados por um marceneiro, tem ganhado atenção especial nos projetos de arquitetura. Por serem projetados para se adequarem a espaços e fins objetivos, esses objetos são importantes elementos de organização do espaço, sendo introduzidos em qualquer ambiente, tanto em salas, quartos e escritórios, quanto em cozinhas e banheiros. Além de resolver questões funcionais, a marcenaria introduz outras materialidades, texturas e cores para os ambientes. Neste artigo iremos explorar alguns exemplos de como a marcenaria colorida pode tornar os projetos de arquitetura mais vibrantes.
A síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, tem estado cada vez mais presente entre os profissionais de hoje. Como resultado do acúmulo intenso de estresse e tensão emocional, sua origem está diretamente relacionada ao cotidiano laboral de cada indivíduo, e não somente aos quesitos logísticos e organizacionais das empresas, mas também é motivada pelo ambiente físico de trabalho.
Passamos em média 1/3 do nosso dia nos espaços de trabalho, portanto, não é à toa que eles assumem um importante papel na nossa saúde mental. Passada a onda dos home offices que vivemos no decorrer de 2020, temos assistido, hoje em dia, o crescente retorno aos espaços colaborativos de trabalho. Eles têm voltado à pauta como uma alternativa híbrida que permite um distanciamento do âmbito doméstico, consolidando a separação entre as funções, algo mais do que necessário após um ano de isolamento.
Muitas vezes, em projetos de interiores, podemos encontrar determinadas peças de mobiliário que são facilmente reconhecidas por representarem um marco para determinada época, local, cultura ou trajetória do profissional que a projetou.
A iconicidade de uma peça ou objeto, seja no contexto do design mobiliário ou não, não é obtida por um conjunto específico de regras. Pôr em questão o que confere a um design a condição de “ícone” pode levar a questionamentos sobre a sua capacidade de ser reconhecido, romper cânones, ser durável no tempo, ou ainda sobre quais são os atores responsáveis por definir esta iconicidade.
O sofá é um elemento presente nos mais distintos programas. Marcado pelo conforto e aconchego que proporciona, sua cor, forma e textura ajudam a imprimir a personalidade de um ambiente, além de ajudar na estruturação do espaço. Buscamos em nosso arquivo vinte exemplos de como este componente pode agregar ainda mais valor a um projeto a partir de distintas soluções.
https://www.archdaily.com.br/br/963555/o-sofa-como-elemento-compositivo-na-arquitetura-em-20-exemplosEquipe ArchDaily Brasil
Charles (17 de junho de 1097) e Ray Eames (15 de dezembro de 1912) são conhecidos por sua colaboração pessoal e artística e por seus projetos de mobiliário inovadores que ajudaram a definir o modernismo. Seu estúdio desenvolveu uma grande variedade de trabalhos, de projetos expográficos ao desenho de móveis, casas, monumentos e até mesmo brinquedos. Juntos, desenvolveram novos processos de produção para tirar proveito dos materiais e tecnologias da época, buscando produzir objetos cotidianos de alta qualidade a um custo acessível. Muitos de seus projetos de mobiliário são considerados clássicos contemporâneos, particularmente a Eames Lounge e as Shell Chairs, ao passo que a Casa Eames é tida como uma obra seminal da arquitetura moderna.
https://www.archdaily.com.br/br/768737/em-foco-charles-e-ray-eamesArchDaily Team
Para trazer uma escala mais aconchegante em grandes espaços abertos ou abrigar usos diversos sob um mesmo teto, a solução de delimitar áreas através do desenho de mobiliário se tornou bastante eficaz. Funcional, ao servir como lugar de armazenamento ou, até mesmo, expositivo, as estantes que também exercem o papel de divisórias podem gerar novas perspectivas, ditar circulações e uma maior permeabilidade entre distintos ambientes.
https://www.archdaily.com.br/br/962078/estantes-divisorias-funcionalidade-e-estetica-na-arquitetura-de-interioresEquipe ArchDaily Brasil
Embora o uso de arcos na arquitetura remonte ao segundo milênio a.C., foram os romanos que os solidificaram como um elemento de engenharia e um símbolo de vitórias militares, que agora vemos excessivamente como arcos memoriais. Pouco depois, diferentes civilizações e culturas adotaram o arco para seus próprios fins, unindo a necessidade estrutural e estética. Neste artigo, veremos como os arcos evoluíram de elementos estruturais significativos para detalhes decorativos cativantes.
Combinar unidades e padrões a fim de apresentar distintas possibilidades de compor o espaço é o principal motivo para buscar por um mobiliário modular. Este agrega valor ao espaço através da versatilidade espacial que proporciona, além de criar um ritmo que pode ditar diferentes formas de ocupação e intervenções num mesmo ambiente.
https://www.archdaily.com.br/br/961248/mobiliario-modular-versatilidade-e-inovacao-nos-interioresEquipe ArchDaily Brasil
Muitos enquadram o trabalho de Alvar Aalto no conceito de Gesamtkunstwerk (uma obra de arte total), onde arquitetura, design e arte se fundem em um só. A obra do arquiteto finlandês é pioneira na chamada vertente orgânica da arquitetura moderna do início do século XX, influenciando fortemente o que conhecemos hoje como arquitetura escandinava. Segundo sua descrição no site do MoMA: “seu trabalho refletiu um desejo profundo de humanizar a arquitetura por meio de um manuseio não ortodoxo de formas e materiais que fosse racional e intuitivo”. Suas soluções para trazer luz natural aos edifícios são exaltadas e estudadas repetidamente até hoje. Mas em toda a sua carreira, um material que sempre esteve presente e de diversas formas foi a madeira. De estruturas, forros a banquetas, Alvar Aalto trouxe protagonismo a este material natural.
Dissociar a arquitetura dos mobiliários é algo quase impossível. Como Le Corbusier estacionava carros contemporâneos à obra para fotografar seus projetos, os mobiliários evidenciam a época e o estilo de vida do usuário que habita o espaço. De fato, a partir do momento que a humanidade deixa de ser nômade, há registros de mobiliários rudimentares. Em um sítio escavado, que data entre 3.100 e 2.500 aC, descobriu-se uma variedade de móveis de pedra, de armários e camas a prateleiras e assentos de pedra. Com o tempo, os móveis foram ganhando protagonismo. Além das funções desempenhadas, mobiliários também sempre foram utilizados para exprimir ideias. Sejam os móveis exclusivos e luxuosos do Egito Antigo, para exercer o poder e a riqueza do império, até o design funcional e simplificado da Bauhaus, em um momento de reconstrução e racionalidade no mundo, estudar a evolução do design de móveis é importante para se entender os estilos de arquitetura.
Atualmente, o avanço da tecnologia e a internet faz com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas, até difíceis de assimilar e acompanhar. Os mobiliários acompanham essa tendência, seja na maneira de desenhá-los, fabricá-los ou mesmo vendê-los. Abaixo, selecionamos algumas formas que a tecnologia vem impactando neste campo:
2020 foi sem dúvidas um ano marcado por transformações e novos paradigmas. Pela primeira vez na história após mais de 100 anos desde a Gripe Espanhola, enfrentamos uma pandemia que nos levou ao completo isolamento dentro de nossas casas. No que se refere ao campo do Design de Interiores, a quarentena fez com que milhares de pessoas em todo o mundo repensassem sua relação pessoal com o lar e diferentes espaços. No Brasil, apesar da alta em reformas e a aquisição de produtos da indústria moveleira, o segmento enfretou uma baixa, mas o Produto Interno Bruto (PIB) do setor da construção deve crescer 3,8% em 2021, de acordo com dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP) em parceira com a Fundação Getulio Vargas (FGV) publicados no site da Revista Época Negócios.
Debruçados sobre os projetos de interiores brasileiros publicados nos últimos meses, somado a nossa experiência diária em curadoria, mapeamos 22 tendências que apontam o caminho para o futuro do Design de Interiores no terrítório brasileiro em 2021 e nos próximos anos. Baseado na integridade da seleção realizada, dividimos em cinco grandes grupos conceituais: Cores; Acabamentos e Superfícies; Integração Espacial; Economia e Ganho de Espaço; e Materiais Construtivos ressignificados nos Interiores. Confira a seguir:
Uma nova tendência de design, inserida entre os domínios da arquitetura e do design de interiores, está transformando a relação entre estas duas disciplinas ao estabelecer objetos capazes de definir e moldar nossos espaços interiores, criando ambientes dinâmicos e altamente flexíveis. Fugindo à qualquer tipo de categorização, tal prática está aproximando duas disciplinas historicamente não muito distantes: a arquitetura e o design. Com cada vez mais frequência nos deparamos com projetos que transitam entre a arquitetura em pequena escala e o design em grande escala, ou melhor, com objetos que não são nenhuma coisa nem outra, ou talvez, que sejam as duas coisas ao mesmo tempo. Quer seja uma consequência da crescente necessidade por espaços cada vez mais flexíveis e compactos ou de uma resposta arquitetônica aos novos desafios de uma sociedade cada dia mais digitalizada, estes projetos estão abrindo caminho para uma extrema versatilidade do espaço habitado.
Na última década, casas pequenas e micro-apartamentos ganharam imensa popularidade como opções acessíveis e sustentáveis para a vida moderna. Com essa arquitetura compacta, o design de móveis com consciência espacial também se torna cada vez mais relevante. Uma das áreas mais críticas para economizar espaço é a cozinha, onde a multiplicidade de funções e a necessidade de armazenamento podem dificultar o uso eficiente do espaço. Abaixo, descrevemos vários exemplos de projetos de móveis que economizam espaço para fazer o melhor uso de uma pequena cozinha.