O Dia Mundial das Wetlands (ou áreas úmidas/alagáveis) é celebrado todos os anos em 2 de fevereiro com o intuito de aumentar a consciencialização sobre esses ambientes. Esse dia também marca o aniversário da convenção sobre áreas úmidas, adotada como um tratado internacional em 1971. Sua promulgação se deve ao fato de que quase 90% das áreas úmidas do mundo foram degradadas desde 1700, sendo dizimadas três vezes mais rápido do que as florestas. No entanto, são ecossistemas extremamente importantes que contribuem para a biodiversidade, mitigação e adaptação climática, disponibilidade de água doce, economias mundiais e muito mais.
Ecologia: O mais recente de arquitetura e notícia
O que são e como funcionam as "wetlands" artificiais?
O que são corredores ecológicos?
Os corredores ecológicos, ou corredores de biodiversidade, são grandes porções de terra que recebem ações coordenadas, cujo objetivo é a proteção da diversidade biológica. Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), eles envolvem o fortalecimento e a conexão de áreas protegidas dentro do corredor, incentivando usos de baixo impacto ao implementar uma alternativa mais abrangente, decentralizada e participativa de conservação.
Como florestas beneficiam as pessoas que vivem nas cidades
Uma moradora de Vitória pode não pensar nas florestas da Bacia do Jucu ao servir um copo de água. Os uruguaios provavelmente não pensam na Floresta Amazônica quando veem a chuva cair sobre os parques da cidade. E os habitantes de Adis Abeba possivelmente não estão pensando na Bacia do Congo quando comem injera, um alimento típico na Etiópia feito a partir do grão de teff.
Ainda assim, as florestas próximas e distantes afetam o dia a dia dessas pessoas mais do que elas estão cientes.
MVRDV vence concurso para plano diretor hidroviário em Taiwan
O escritório MVRDV foi selecionado pelo Ministério de Assuntos Econômicos de Taiwan para projetar a Hoowave Water Factory, uma reconstrução em grande escala das hidrovias Beigang e Anqingzhen, em Huwei. O projeto combina um plano diretor estratégico com uma proposta paisagística que vai além da abordagem monofuncional de controle e distribuição de água. Além de armazenar e captar água, a proposta também abre acesso ao rio e ao ecossistema natural ao integrar ciclovias, equipamentos culturais e sistemas ecológicos. O plano diretor também inclui uma estratégia abrangente de resiliência contra inundações, melhorando a quantidade e a qualidade da água disponível. O projeto tem conclusão prevista para 2026.
Aeroporto abandonado em Atenas será transformado no maior parque costeiro da Europa
O Aeroporto Internacional de Atenas foi desativado em 2001 e levou duas décadas para o governo local reunir fundos e estabelecer diretrizes para transformar os 242 hectares (600 acres) não utilizados no maior parque costeiro da Europa. O escritório de arquitetura Sasaki está liderando o projeto de transformação para criar o Parque Metropolitano Ellinikon, que contará com diversos equipamentos de uso público e um centro cultural para a cidade de Atenas.
Piscinas naturais: pequenos ecossistemas para o lazer
Em um momento no qual muito se valoriza a biofilia na arquitetura, as piscinas naturais se tornam mais um elemento capaz de aumentar a conexão com a natureza, possibilitando a criação de um espaço recreativo e contemplativo ao mesmo tempo. Também conhecidas como piscinas ecológicas ou biológicas, elas reproduzem um ecossistema composto por plantas, pedras e até mesmo algumas espécies de peixes.
Ecocapitalismo e arquitetura: materiais e tecnologias a favor do meio ambiente
Houve um tempo em que os edifícios queriam ser montanhas, os telhados queriam ser florestas, os pilares queriam ser árvores. Enquanto o mundo começava a entrar em estado de alerta com os derretimentos das geleiras e o consequente aumento da temperatura terrestre, a arquitetura – desde uma perspectiva geral – estava preocupada em imitar a forma da natureza. Uma aproximação de “ecossistemas” feitos pelo homem vista por muitos como figurativa e decorativa, estando a serviço de imagens comercializáveis de um “desenvolvimento sustentável”.
Exposição sobre Roberto Burle Marx aborda ecologia urbana e traz projetos em São Paulo
O Centro Cultural Fiesp (CCF) recebe até fevereiro de 2023 a exposição Paisagem construída: São Paulo e Burle Marx, com curadoria de Guilherme Wisnik, Helena Severo e Isabela Ono. Dividida em três eixos principais, a mostra conta com acervo do Instituto Burle Marx, e traz ênfase para projetos de ecologia urbana pensados por Roberto Burle Marx (1909-1994) e seus colaboradores na cidade de São Paulo, um diálogo entre seus projetos e arquitetos renomados, como Rino Levi e Paulo Mendes da Rocha, além de propostas inéditas, não executadas, para espaços públicos da cidade, como o Parque Trianon, o Parque Ibirapuera, o Vale do Anhangabaú e a Praça da Sé. A mostra ressalta o ativismo ambiental e pioneirismo na defesa da preservação dos biomas sul-americanos com o pensamento de projetos sobre cidades verdes.
O futuro da arquitetura: edifícios construídos a partir de materiais vivos
Você consegue imaginar um mundo em que o ambiente construído ao nosso redor seja impresso em 3D a partir de materiais vivos? Que os edifícios irão germinar, florescer, murchar, produzir novos tipos de materiais, e eventualmente retornar ao solo? To Grow a Building é um laboratório performativo que imprime em 3D - em tempo real - uma estrutura ao vivo. O projeto apresenta uma nova abordagem para integrar a flora no processo de arquitetura, desenvolvendo um novo material para impressão 3D, através do qual a semeadura é parte inseparável do processo de fabricação. Crescer um edifício é uma porta para um mundo futuro onde algumas pessoas constroem e outras cultivam os edifícios.
Os principais problemas em projetos paisagísticos — e como evitá-los
Muito além de suas características decorativas, o paisagismo traz consigo questões biológicas e culturais que precisam ser trabalhadas nos projetos. O que se vê em grande parte dos jardins públicos, residenciais, condominiais, comerciais e empresariais, porém, é uma série de abordagens que distanciam o paisagismo de todos seus atributos, reduzindo-o a uma camada decorativa na construção. A seguir, reunimos estratégias para se esquivar dos principais problemas do projeto paisagístico, juntando a estética com suas possibilidades ambientais e culturais.
O que são biomateriais na arquitetura?
Como parte do esforço para tornar o setor da construção civil mais sustentável no enfrentamento da crise climática, a bioeconomia tem ganhado destaque. Embora o caminho para uma arquitetura neutra em carbono ainda seja muito complexo, é evidente a mudança emergente na cultura e no pensamento geral, e a inovação parece estar impulsionando tal transformação.
Roma passará por transição ecológica até 2050 com iniciativa liderada por Stefano Boeri
Alinhada com a agenda de neutralidade climática até 2050 das Nações Unidas, a Câmara Municipal de Roma anunciou a criação de um laboratório intitulado “Laboratorio Roma050 – il Futuro della Metropoli Mondo”, um projeto proposto e liderado pelo arquiteto italiano Stefano Boeri, que visa desenvolver uma visão ecológica para Roma até 2050. O projeto de regeneração urbana é composto por 12 jovens arquitetos e urbanistas com menos de 35 anos, juntos de 4 arquitetos renomados, como mentores, que têm experiência com estudos e pesquisas sobre a capital italiana.
Regeneração de espaços urbanos: o trabalho de Jan Kattein Architects
O premiado escritório londrino Jan Kattein Architects usa seus projetos arquitetônicos para concretizar oportunidades cívicas e espaciais. Desta forma, busca estabelecer um legado social e físico, alcançado ao adotar um processo de design aberto e interativo que responde positivamente às necessidades e aspirações dos clientes.
Ao permitir que o processo conduza cada projeto individualmente, seu método estimula uma arquitetura inovadora, buscando agregar benefícios através da educação, do crescimento econômico, das atividades culturais e uma maior coerência comunitária.
O que é urbanismo ecológico?
Segundo a arquiteta e pesquisadora Patrícia Akinaga, o urbanismo ecológico surgiu no final do século XX como estratégia para criar uma mudança de paradigma no que diz respeito ao desenho das cidades. Com isso, os projetos urbanos deveriam ser pensados a partir das potencialidades e limitações dos recursos naturais existentes. Ao contrário de outros movimentos anteriores, no urbanismo ecológico a arquitetura não é o elemento estruturador da cidade — a própria paisagem o é. Ou seja, as áreas verdes não devem existir apenas para servir ao embelezamento dos espaços, mas como verdadeiros artefatos de engenharia com potencial de amortecimento, retenção e tratamento das águas pluviais, por exemplo. Com o urbanismo ecológico, o desenho urbano passa a ser definido pelos elementos naturais intrínsecos ao seu tecido.
Equipe brasileira projeta fazenda vertical com estrutura de madeira para concurso na China
O Cora Coletivo, um grupo brasileiro transdisciplinar, desenvolveu um projeto na cidade de Dongguan/China, para o concurso Urban Greenhouse Challenge II (UGC2). A proposta de uma fazenda vertical icônica em madeira abriga cultura, lazer e toda a cadeia de produção e distribuição alimentar. Além disso, a área também conta com projeto paisagístico nos espaços livres, e Sistema Agroflorestal (SAF) de produção alimentar.
Francis Kéré recebe a Medalha de Arquitetura da Fundação Thomas Jefferson 2021
O arquiteto e fundador do escritório com sede em Berlim Kéré Architecture, Francis Kéré, acaba de ser galardoado com a Medalha de Arquitetura da Fundação Thomas Jefferson de 2021. Organizado em parceria pela Universidade da Virginia e pela Fundação Thomas Jefferson em Monticello, a Medalha de Arquitetura da Fundação Thomas Jefferson é uma das quatro honrarias concedidas pela Fundação anualmente. Levando o nome do terceiro presidente dos Estados Unidos, as quatro medalhas buscam reconhecer importantes contribuições no campo da arquitetura, cidadania, inovação e direito.
Jan Gehl propõe plano diretor estratégico ecológico no Chile
A Gehl acaba de publicar o seu ‘Masterplan Framework with ecology at its heart’, um interessante estudo de caso desenvolvido em Huechuraba, região central do Chile. A equipe composta por David Sim, Esben Neander Kristensen, Alexander Spitzer e Tamara Kalantajevska chama a atenção para a vocação ecológica do plano diretor estratégico desenvolvido em parceira com a empreiteira chilena Tanica.