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Ecologia: O mais recente de arquitetura e notícia

8 Opiniões sobre arquitetura em 2023 (por uma maior ecoeficiência na construção)

Se os últimos anos foram uma ocasião perfeita para refletir e debater sobre bem-estar, digitalização e democratização no projeto arquitetônico, este ano de 2023 foi uma tremenda oportunidade para aprofundar e comentar outras das questões mais urgentes: a crise climática e o ambiente natural entraram definitivamente na agenda global de arquitetura e construção, juntamente com a circularidade, a eficiência energética e a descarbonização. É hora de falar sobre isso para construir de forma consciente.

Analisando o futuro da madeira, da água e da iluminação, em cada um dos tópicos relacionados que o ArchDaily desenvolveu mês a mês, fizemos uma pergunta aberta para que vocês - nossos queridos leitores - pudessem participar ativamente com a contribuição de suas experiências e conhecimentos. Depois de ler e compilar um grande número de mensagens recebidas, tanto de profissionais da construção civil quanto de estudantes e entusiastas da arquitetura, chegou a hora de apresentar um resumo das principais posições. Muito obrigado por suas opiniões e aguardamos seus comentários para 2024!

O que é "rewilding" na arquitetura? Conceitos, aplicações e exemplos

Em uma época em que o impacto negativo da humanidade sobre o meio ambiente tem se tornado cada vez mais evidente, o conceito de rewilding (renaturalização) está surgindo como uma abordagem poderosa para a conservação e a restauração ecológica. Em consonância com a crescente atenção dada à arquitetura paisagística nos últimos anos, a ideia de remover a intervenção humana de nossos ambientes naturais para restaurar um equilíbrio estável parece oferecer uma maneira relativamente simples de corrigir erros climáticos fundamentais. Mas será que a ausência de interferência na natureza é realmente tudo o que prega o rewilding? Como ele se relaciona com a arquitetura e o design? Neste artigo, analisamos seus principais conceitos, aplicações e exemplos.

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Construindo com árvores vivas: a história por trás da Casa Jardín

Hoje estreia o primeiro episódio de uma série documental sobre projetos do escritório Al Borde. Este primeiro filme tem como título Construindo com árvores vivas e narra as histórias por trás da Casa Jardín, uma residência unifamiliar localizada nos arredores de Quito, Equador.

Projetada para um ecologista chamado José, a residência é desenvolvida em três pequenos pavilhões independentes com estruturas híbridas que combinam árvores vivas com diferentes sistemas construtivos, utilizando uma técnica vernacular de cercas vivas usada nos Andes desde a antiguidade. Uma busca pela convivência simbiótica entre arquitetura e natureza.

O que é um jardim filtrante?

Um estudo recente da Nature alerta que a poluição das águas poderá causar uma crise de abastecimento hídrico até o final do século XXI. A qualidade da água será, especialmente, pior em parte da América do Sul, da África subsaariana e do sudeste da Ásia – regiões já vulneráveis. Reverter esse cenário exigirá que autoridades governamentais priorizem o desenvolvimento sustentável. Neste sentido, soluções baseadas na natureza, como é o caso dos jardins filtrantes, podem tornar-se cada vez mais comuns.

O que é um jardim filtrante? - Image 1 of 4O que é um jardim filtrante? - Image 2 of 4O que é um jardim filtrante? - Image 3 of 4O que é um jardim filtrante? - Image 4 of 4O que é um jardim filtrante? - Mais Imagens

Por que o paisagismo é mais importante hoje do que nunca

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Philadelphia Navy Yards / James Corner Field Operations. Imagem © Halkin Mason Photography

A arquitetura paisagística está vivendo um momento especial. Recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos decidiu credenciar o campo de atuação com a prestigiosa designação STEM. Como parte das disciplinas educacionais de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) que se enquadram nessa categoria, os estudantes de arquitetura paisagística agora podem passar 24 meses procurando emprego em um período de treinamento, além dos 12 meses garantidos a qualquer recém-graduado de qualquer curso. O título também promete mais prestígio para os formandos, salários iniciais mais altos e maior flexibilidade de carreira. Torey Carter-Conneen, CEO da American Society of Landscape Architects (ASLA), entende a iniciativa como um avanço significativo para a "educação e prática da arquitetura paisagística, e isso é ótimo para a América e para a comunidade global".

A notícia corresponde a uma ênfase crescente na arquitetura paisagística como disciplina fundamental em todo o mundo nos últimos anos - uma prática intimamente ligada às noções de saúde pública, paisagismo, biofilia, sustentabilidade e rewilding ou restauração ecológica. Ela também destaca a relação íntima entre tecnologia e paisagismo. As propostas paisagísticas cada vez mais dependem da ciência e tecnologia avançadas para prever como as intervenções ecológicas podem alterar um terreno existente e determinar quais medidas produzirão o maior benefício tanto para os seres humanos quanto para a natureza em geral. O ideal contemporâneo de prados selvagens e florestas biodiversas pode existir livre de influências externas, mas o caminho para chegar lá a partir de um ponto de partida urbano requer assistência.

Por que o paisagismo é mais importante hoje do que nunca - Imagem de DestaquePor que o paisagismo é mais importante hoje do que nunca - Image 1 of 4Por que o paisagismo é mais importante hoje do que nunca - Image 2 of 4Por que o paisagismo é mais importante hoje do que nunca - Image 3 of 4Por que o paisagismo é mais importante hoje do que nunca - Mais Imagens+ 10

Cidades e cosmofobia

O que é a cidade? E o contrário de mata. O contrário de natureza. A cidade é um território artificializado, humanizado. A cidade é um território arquitetado exclusivamente para os humanos. Os humanos excluíram todas as possibilidades de outras vidas na cidade. Qualquer outra vida que tenta existir na cidade é destruída. Se existe, é graças à força do orgânico, não porque os humanos queiram.

Fui criado numa casa de chão batido, onde andava descalço. As galinhas e os outros animais conviviam conosco dentro de casa. Quando uma galinha estercava na casa de chão batido, a parte úmida do esterco, das fezes da galinha, era absorvida pela terra. Tirávamos a parte sólida e jogávamos no quintal para servir de adubo. Para o povo da cidade, isso é um horror. Pisar as fezes da galinha? Impossível! Tem que ter uma cerâmica bem lisinha para poder enxergar qualquer outra vida, qualquer outro vivente que estiver ali, para poder desinfetar e matar qualquer microrganismo. Matar até o que não se vê. Para andar descalço, é preciso desinfetar o chão: a cerâmica foi criada porque os humanos não podem pisar a terra. Os calçados foram criados porque os humanos não podem pisar a terra. Porque a terra é o anseio original.

Construir sem água: um debate sobre a pegada hídrica (e a água da chuva como novo material)

É possível construir edifícios usando menos água? O ArchDaily abriu o debate sobre o tema dos recursos hídricos na arquitetura durante todo o mês de junho, convidando os nossos leitores a participarem da discussão.

Os dados do uso global da água não são encorajadores e o mercado da construção tem uma grande participação no seu consumo. Está na hora de pensar em formas de reduzir esse impacto. A necessidade de projetar edifícios a partir dessa perspectiva nos proporciona uma oportunidade única para explorar alternativas inovadoras e sustentáveis que minimizem ou até mesmo eliminem completamente o uso de água na construção.

Pavilhão da Eslovênia explora a eficiência energética na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023

Na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da La Biennale di Venezia, o Pavilhão da Eslovênia explorou o tema da ecologia e as formas paradoxais pelas quais a arquitetura se relaciona com ela. Em vez de entendê-la estritamente por meio de adaptações energeticamente eficientes, como bombas de calor ou ventilação de recuperação, a exposição intitulada +/- 1 °C: Em busca de uma arquitetura bem temperada tem como objetivo abordar o tema holisticamente. Os curadores do Pavilhão, Jure Grohar, Eva Gusel, Maša Mertelj, Jure Grohar, Eva Gusel, Maša Mertelj, juntamente com cinquenta arquitetos e criadores, pesquisaram e analisaram edifícios vernaculares da Europa buscando exemplos vivos de adaptações intuitivas.

Pavilhão da Eslovênia explora a eficiência energética na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 - Image 1 of 4Pavilhão da Eslovênia explora a eficiência energética na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 - Image 2 of 4Pavilhão da Eslovênia explora a eficiência energética na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 - Image 3 of 4Pavilhão da Eslovênia explora a eficiência energética na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 - Image 4 of 4Pavilhão da Eslovênia explora a eficiência energética na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 - Mais Imagens+ 6

Ecologias em movimento: o futuro não será apenas construído, será semeado e plantado

A 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, inaugurada em 20 de maio, está sendo uma verdadeira materialização do tema O laboratório do futuro, definido por Lesley Lokko. A curadora convidou "arquitetos e profissionais de um campo ampliado de disciplinas criativas a buscarem exemplos nas práticas contemporâneas que apresentem um caminho para que o público avance, imaginando eles mesmos o que o futuro pode trazer".

O Pavilhão do Chile, com a curadoria de Gonzalo Carrasco, Alejandro Beals e Loreto Lyon (Beals Lyon Arquitectos), explorou o tema Ecologias em Movimento. A exposição apresenta os desafios atuais acerca da reparação e restauração ecológica com o estudo dos processos de recuperação do solo com sementes endêmicas.

Pavilhão Serpentine 2023 propõe espaços que inspiram diálogo

À medida que percorremos a partitura de pilares de madeira, paredes verdejantes e a cobertura plissada, seguindo os veios do piso e as vigas do teto que convergem numa entrada de luz, parece que o espaço sempre pertenceu a este local. Parte do parque, o pavilhão complementa a natureza ao seu redor, refletindo seus padrões, e propõe um espaço central composto por um conjunto concêntrico de mesas e bancos que inspiram as pessoas a se sentarem, dialogarem e se conectarem umas com as outras. Essa é a narrativa do Pavilhão Serpentine deste ano, projetado pela arquiteta franco-libanesa Lina Ghotmeh.

Intitulado “À table”, ele se inspira na conexão da arquiteta com a natureza e lembra do apelo francês para que todos sentem juntos à mesa, compartilhando uma refeição e conversando. Ele destaca a mesa como um laboratório de ideias, preocupações, alegrias, conexões e, essencialmente, reúne pessoas. Reflete ainda sobre os ideais arquitetônicos que podem provocar e acolher momentos de conversas coletivas.

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Pavilhão do Bahrein explora infraestruturas de resfriamento na Bienal de Veneza 2023

O Reino do Bahrain anunciou sua participação na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia com uma exposição intitulada Sweating Assets. Com curadoria das arquitetas Latifa Alkhayat e Maryam Aljomairi, a exposição destaca a relação entre o calor extremo e a umidade que caracteriza o Bahrain e a necessidade inerente de conforto térmico. As curadoras pretendem mostrar como a infraestrutura necessária de resfriamento pode ser maximizada através de meios adaptativos e gerenciamento de recursos, reduzindo seu impacto negativo no meio ambiente.

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MAD Architects divulga primeiro projeto na América do Sul, um edifício de uso misto no Equador

O escritório MAD Architects com sede em Pequim, China, apresenta o projeto de seu primeiro projeto na América do Sul: a torre de uso misto "Qondesa" em Quito, Equador, que em breve se tornará o edifício mais alto da cidade.

Arquitetura como ativismo: o trabalho ecofeminista de Yasmeen Lari

O Chulah paquistanês de Yasmeen Lari — um fogão ao ar livre usado por mulheres no sul da Ásia — é uma intervenção poderosa que destaca o compromisso da arquiteta com o ativismo feminista e ambiental. O projeto aborda simultaneamente questões de desmatamento, poluição e riscos à saúde enfrentados por mulheres em áreas rurais. Seu design é sistêmico, localmente específico e consciente das necessidades dos mais vulneráveis na sociedade: mulheres e natureza. Seu vasto corpo de trabalho humanitário elaborado em Yasmeen Lari: Architecture for the Future, abre diálogo para ver a arquitetura através da lente ecofeminista.

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Arranha-céu bioclimático: as estratégias de ecodesign de Kenneth Yeang

Erguendo-se sobre as cidades globais, o arranha-céu moderno há muito tempo é um símbolo de crescimento econômico e declínio ambiental. Durante anos, eles foram criticados pelos ambientalistas por serem consumidores descontrolados de energia. O arquiteto malaio Kenneth Yeang reconheceu o arranha-céu como uma necessidade nas cidades modernas e adotou uma abordagem pragmática para tornar mais verde a tipologia de construção que, de outra forma, seria insustentável. Os arranha-céus bioclimáticos de Yeang buscam combinar a economia de espaço com a sustentabilidade e a melhoria dos padrões de vida.

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