A natureza tem sido continuamente considerada uma musa inspiradora para os arquitetos. Cores e formas do mundo natural encontram-se embutidas em construções artificiais. Os edifícios também são moldados por padrões de vento e sol, topografia e vegetação. Enquanto a arquitetura é alimentada pelos efeitos da natureza, os edifícios têm sido propostos como objetos inertes que permanecem estáticos num mundo em evolução biológica. As “selvas” de concreto antropocêntricas são desprovidas de vida, separando os humanos dos ambientes naturais e causando desequilíbrios que se manifestaram em forma de pandemias. Mas, como seriam as cidades se não houvesse fronteiras entre humanos e ecossistemas?
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A cidade como organismo
Centre Pompidou recebe exposição que investiga novas formas de vida na era digital
O Centre Pompidou de Paris está inaugurando uma novíssima exposição que contará com duas esculturas dinâmicas desenvolvidas através de novas tecnologias de inteligência artificial. A primeira delas, intitulada “La Fabrique du vivant”, apresentará “H.O.R.T.U.S. XL Astaxanthin.g”, uma criação desenvolvida pelo ecoLogicStudio em colaboração com o Synthetic Landscape Las da Universidade de Innsbruck e o Grupo CREATE / WASP Hub da Universidade do Sul da Dinamarca. A segunda estrutura vida, denominada "XenoDerma", foi concebida pelo Urban Morphogenesis Lab, coordenado por Claudia Pasquero no "The Bartlett" da University College London.
Entre os dias 20 de fevereiro e 15 de abril, ambas estruturas estarão abertas ao público, questionando os significados de “vida” na era digital, e nos convidado a refletir sobre as novas interações entre a ciência, a neurociência e a biologia sintética nos dias de hoje.