I O Corpo e sua dupla distância
A experiência do nosso corpo tem a particularidade de que nos aparece simultaneamente cercana e longínqua. Efetivamente, o corpo apresenta-se a nós, em primeiro lugar, em nossa experiência de vinculação com o mundo, sem que sua própria contextura física apareça demasiado evidentemente. Fazendo um símil arquitetônico, podemos pensar na realidade de uma janela que não aparece em primeira instância referida a si mesma senão mais bem à paisagem sobre a qual se abre. Nesse contexto, podemos falar de um primeiro corpo quase invisível; de uma presença transparente.