Ao desenvolver o plano mestre de iluminação urbana para Medellín, a empresa estatal colombiana EPM (Empresas Públicas de Medellín) sobrepôs em uma análise as camadas de infraestrutura e iluminação noturna sobre a cartografia da cidade, revelando verdadeiras ilhas de escuridão em meio ao tecido urbano.
Para surpresa da organização, estas ilhas de escuridão correspondiam a 144 reservatórios de água que haviam sido construídos nas periferias da cidade. No entanto, a progressiva expansão urbana de Medellín acabou rodeando-os, incorporando-os totalmente nos povoamentos informais do Vale de Aburrá. Pior, tornaram-se focos de violência e insegurança em bairros totalmente desprovidos de espaços públicos e equipamentos básicos.