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Arquitetos: Marc Mimram
- Área: 295 m²
- Ano: 2024
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Espaços públicos desempenham um papel significativo na organização de cada comunidade, mas definir o que os diferencia de outros espaços da cidade não é uma tarefa fácil. Uma vez que esses espaços começam a se instalar na memória coletiva das comunidades locais, tornam-se elementos-chave que concentram a imagem mental de uma cidade. Enquanto esse processo geralmente acontece com espaços urbanos, monumentos e elementos arquitetônicos isolados também podem se tornar marcos para a vida urbana de uma determinada região. Então, o que acontece quando eventos catastróficos como incêndios, guerras ou mesmo a pandemia alteram essa imagem?
A fotografia é frequentemente considerada uma linguagem visual. A "mais literária das artes gráficas" é, no fim das contas, um sistema formal com uma estrutura comumente aceita e motivos reconhecíveis.
Se “natureza” e “arquitetura” são comumente concebidas como entidades opostas, representantes da invasão humana no cenário primordialmente físico do mundo, em que condições esses dois fatores fundamentais formam uma forte ligação e qual é o subproduto resultante? Esse vínculo, muitas vezes ignorado, entre cultura e natureza pode ser desenterrado e esclarecido pelo uso da fotografia?
O grau em que um edifício se envolve com a cultura ou a paisagem de um lugar é controlado principalmente pela intenção do projeto, ou seja, o conceito arquitetônico e o sucesso de sua implementação. A fotografia revela relações, mas não as constrói em primeiro lugar. Mesmo no caso extremo em que uma estrutura é conscientemente projetada para se diferenciar e se separar de qualquer tipo de ambiente, cultural ou natural, ela ainda é inevitavelmente situada em um contexto e percebida como parte dele.
Desde minha primeira tentativa de fotografar arquitetura, em dezembro de 1995, percebi querer que tanto a construção quanto a paisagem narrassem uma história comum, e formassem um todo inseparável. Existem dois processos-chave quando fotografo a arquitetura como um componente da paisagem circundante: um direcionado para o interior, e outro direcionado para o exterior, e eles ocorrem simultaneamente.
Seja figurativamente ou em um contexto urbano, as pontes são um símbolo forte e muitas vezes se tornam projetos icônicos nas cidades. Construir pontes pode significar criar conexões, novas oportunidades. Mas elas também representam infraestruturas fundamentais para resolver problemas específicos em um contexto urbano. Por se tratarem de equipamentos altamente técnicos, com construções complexas e superando exigências estruturais ousadas, exigem projetos que não requeiram uma integração total entre arquitetura e engenharia e, em muitos contextos, trata-se de um programa no qual os arquitetos acabam não se envolvendo tanto. Marc Mimram Architecture & Engineering é um escritório com sede em Paris, composto por uma agência de arquitetura e um escritório de design estrutural. No seu portfólio de projetos, existem várias pontes, bem como várias outras tipologias de projetos. Conversamos com Marc Mimram sobre seu último projeto na Áustria, a ponte de Linz, com ensaio fotográfico de Erieta Attali.
"Todos nós temos que mudar nossa maneira de pensar agora. Quero mudar minha arquitetura para que ela seja ainda mais gentil com a natureza", disse Kengo Kuma em entrevista ao Louisiana Channel, onde ele compartilha suas ideias sobre o impacto da pandemia na arquitetura e no meio ambiente. O arquiteto discute a responsabilidade coletiva em relação à natureza e a importância de projetar edifícios e cidades que possibilitem e incentivem atividades ao ar livre.
Kengo Kuma utiliza os materiais para se conectar com o contexto local e os usuários de seus projetos. As texturas e formas elementares dos materiais, sistemas construtivos e produtos são expostas e utilizadas em favor do conceito arquitetônico, valorizando as funções que serão executadas em cada edifício.
De vitrines feitas com telhas cerâmicas a painéis que filtram a luz com à luz peneirada criada por chapas metálicas expandidas, passando por um revestimento de poliéster etéreo, Kuma entende o material como um componente essencial que pode fazer a diferença na arquitetura, desde os estágios do projeto. Apresentamos, em seguida, 21 projetos nos quais Kengo Kuma usa e reúsa materiais de construção com maestria.
A torre da catedral de Notre Dame, destruída durante os incêndios de 2019, será restaurada de acordo com o desenho original do século XIX, conforme informado pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Construída em 1860 para substituir a estrutura original que fora removida em 1792, a torre foi projetada por Eugène Viollet-le-Duc, que encontrou inspiração no estilo gótico da catedral.
Na tentativa de conter o avanço dos contágios de COVID-19 no país, e a consequente superlotação dos hospitais – o que tem se mostrado uma combinação fatal –, uma série de medidas foram tomadas pelo governo francês recentemente. Neste contexto, várias obras em andamento foram paralizadas na França, incluindo os trabalhos de restauro da Catedral de Notre Dame em Paris. Enquanto as obras de consolidação da estrutura da igreja estavam muito perto de serem concluídas, os trabalhos de reconstrução do pináculo e da estrutura do telhado, assim bem como a remoção dos andaimes derretidos durante o incendio do ano passado, foram interrompidas sem data prevista de retorno.
Estados de quarentena e distanciamento social em todo o mundo, em resposta ao coronavírus, criaram curiosos cenários: os canais turvos de Veneza agora estão cristalinos e imagens de satélite da China mostram uma diminuição significativa da poluição. A fotógrafa Erieta Attali, com seu smartphone em punho, caminhou pelas ruas vazias de Paris e retratou a capital francesa completamente deserta.
A arquitetura é conhecida principalmente por meio de representações. Ainda hoje, quando as viagens não são mais tão raras ou apenas para os ricos, os prédios e lugares são amplamente divulgados e apreciados por meio de imagens. Nesse sentido, a fotografia foi - e ainda é - fundamental para a arquitetura. A entrevista a seguir investiga o trabalho de Erieta Attali e o relacionamento com a arquitetura e a paisagem através das lentes de sua câmera. Com mais de duas décadas de experiência, fotografando e ensinando em todo o mundo, a fotógrafa israelense reflete sobre as origens e a evolução de sua renomada prática.