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Espaço público: O mais recente de arquitetura e notícia

Os princípios de Gehl Architects para que as cidades sejam mais habitáveis

Se um lugar proporciona o contato visual entre os cidadãos e tem uma infraestrutura adequada para evitar uma experiência sensorial desagradável, está cumprindo dois dos 12 princípios criados pelo arquiteto e urbanista Jan Gehl, juntamente a Lars Gemzøe e Sia Karnaes, para determinar se um espaço público é bom ou não.

Esses dois princípios foram retomados por Gehl em uma recente entrevista com o jornal The Guardian, na qual, junto à arquiteta Helle Søholt, divulgou novos tópicos para que as cidades sejam mais habitáveis.

Veja a seguir os 12 princípios de Gehl Architects:

Um sonho atravessado por um rio: Parque Linear Rio Cali, Colômbia

Após quarenta anos de convulsão social, Cali (Colômbia) está voltando sua atenção novamente para o planejamento urbano e revitalização. Uma economia sustentavelmente estável levou as autoridades a intervirem na renovação do espaço público e sistema de transporte. Trabalhando na promoção do patrimônio natural de Cali, o escritório de urbanismo e paisagismo West 8 se associou à Prefeitura de Cali para projetar o Parque Linear Rio Cali como parte de uma iniciativa chamada “Um sonho atravessado por um rio”. O projeto visa criar um espaço público seguro e bem conectado com o centro urbano.

Ciclistas de Roma decidem solucionar por sua própria conta a falta de ciclovias

Em Roma, os ciclistas se cansaram da falta de ciclovias, sobretudo nos locais mais inseguros.

Um desses lugares é o túnel de Santa Bibiana que conecta os bairros de Esquilino e San Lorenzo, próximo à estação de trem Roma Termini. Há alguns anos os ciclistas pediram às autoridades de ambos os bairros uma ciclovia para o túnel, porém, sem resultados positivos. Assim, decidiram solucionar o problema por sua própria conta e em apenas 45 minutos.

Mais informações a seguir.

3 espaços públicos iluminados a partir dos passos das pessoas

Uma pessoa durante toda a sua vida dá, em média, 150 milhões de passos. Se o movimento dos passos das centenas ou milhares de pedestres fosse aproveitado para produzir energia, conseguem imaginar os lugares que poderiam ser iluminados?

A empresa britânica Pavegen já imaginou, e em 2009 desenvolveu uma espécie de ladrilho que, ao ser pisado, gera energia elétrica e ilumina os espaços públicos. Com essa invenção, eles transformaram um campo de futebol de uma favela no Rio de Janeiro no primeiro do mundo a produzir eletricidade a partir do movimento dos seus jogadores.

Além disso, também aplicaram esses ladrilhos em lugares muito utilizados, como o terminal 3 do aeroporto de Londres – o mais transitado do mundo – e uma estação de trens na França, por onde passam, diariamente, mais de 5 mil pessoas, a fim de demostrar que esta tecnologia é uma alternativa que pode ser aproveitada nas cidades como uma fonte de produção de energia limpa e pouco invasiva.

Confira os vídeos dos 3 projetos da Pavegen, a seguir.

3 espaços públicos iluminados a partir dos passos das pessoas - Image 1 of 43 espaços públicos iluminados a partir dos passos das pessoas - Image 2 of 43 espaços públicos iluminados a partir dos passos das pessoas - Image 3 of 43 espaços públicos iluminados a partir dos passos das pessoas - Image 4 of 43 espaços públicos iluminados a partir dos passos das pessoas - Mais Imagens+ 15

5 iniciativas nos EUA que tornaram os espaços públicos mais dinâmicos

As intervenções realizadas em parques urbanos, como por exemplo, a instalação de cadeiras no Parque Bryant de Nova Iorque, ou as obras de arte que são frequentemente instaladas em espaços públicos, fazem com que as cidades sejam lugares mais agradáveis, dinâmicos e atrativos para viver.

Nesse sentido, a organização estadunidense Project for Public Spaces (PPS), acredita que “mais do que nunca, as obras de arte pública são estimulantes e convidam a um diálogo ativo ao invés da observação passiva, fomentando, assim, a interação social que pode inclusive conduzir a um sentido de coesão social entre os próprios espectadores”.

Tomando essa definição, o especialista em Geografia Humana da Universidade de Auckland, Thejas Jagannath, identificou cinco ações desse tipo que acontecem em cidades estadunidenses e que permitem que os cidadãos mudem sua percepção de um lugar, podendo identificar-se com este, considerando-o divertido e dinâmico.

Veja, a seguir, estes cinco projetos.

“A arrogância do espaço”: A distribuição desigual do espaço público em relação aos pedestres, ciclistas e automóveis

A distribuição desigual do espaço público, em relação aos pedestres, ciclistas e condutores de automóveis, é um assunto que o especialista em mobilidade urbana, Mikael Colville-Andersen, qualifica como “a arrogância do espaço”.

Do ponto de vista desse planejador urbano e fundador do Copenhagenize, este termo pode ser aplicado às ruas que são dominadas pela engenharia de trânsito do século passado, isto é, aquelas que estão planejadas prioritariamente para os automóveis.

Para exemplificar seu posicionamento, Mikael analisou a quantidade de espaço que possui cada um desses grupos, além do espaço “morto” e dos edifícios, em algumas ruas de Calgary, Paris e Tóquio através da comparação de cada setor com diferentes cores.

Confira as imagens a seguir.

4 organizações cidadãs dos EUA que transformam lugares abandonados em espaços públicos

Há algum tempo publicamos as 7 ideias que a urbanista Helen Leung desenvolveu para que os cidadãos possam recuperar de maneira rápida e econômica lugares abandonados das cidades antes que as autoridades decidam o que fazer com eles.

Mostramos agora como trabalham quatro organizações cidadãs dos Estados Unidos que se dedicam a difundir onde estão esses lugares e quais são suas características, visando recuperá-los através das ações e ideias das comunidades locais. Dessa forma, buscam fazer uma ponte entre quem vive próximo a esses espaços e aqueles que têm propostas para transformá-los em novos espaços públicos.

Conheça, a seguir, essas organizações e o modo como trabalham.

Arquitetura brasileira e o espaço público

Um dos principais aspectos do projeto moderno brasileiro foi a preocupação de como o objeto construído se comporta frente ao espaço público. Alguns clássicos deste período mostram, tendo o projeto como um ato político, que arquitetura deve fazer parte do ambiente urbano em relações francas com ruas, praças, parques e pessoas. Por esta perspectiva é possível imaginar o quanto o chão é importante para estes projetos, o ponto de contato com esta vida pública.

Artistas urbanos de Nova Iorque contam com mais espaços públicos para intervenções

O Departamento de Transporte (DOT) de Nova Iorque conta com o DOT ART, um programa de arte através do qual o departamento se associa com artistas e organizações dedicadas à arte urbana, oferecendo-lhes oportunidade de transformar as ruas, praças, pontes e calçadas da cidade por meio de instalações esculturas, pinturas de muros e estêncis.

Assim, a cidade confere cada vez mais valor às mostras de arte e oferece mais espaços para que os próprios cidadãos intervenham nos lugares, tornando-se muito mais atraentes e representativos.

A seguir, mostramos 7 projetos realizados através desse programa que vão desde muros e viadutos pintados até esculturas feitas a partir de bicicletas, que promovem a conscientização da necessidade de um transporte limpo.

Artistas urbanos de Nova Iorque contam com mais espaços públicos para intervenções - Image 1 of 4Artistas urbanos de Nova Iorque contam com mais espaços públicos para intervenções - Image 2 of 4Artistas urbanos de Nova Iorque contam com mais espaços públicos para intervenções - Image 3 of 4Artistas urbanos de Nova Iorque contam com mais espaços públicos para intervenções - Image 4 of 4Artistas urbanos de Nova Iorque contam com mais espaços públicos para intervenções - Mais Imagens+ 30

Ruas solares: podem se tornar uma realidade?

Trazer conceitos de eficiência energética aos nossos espaços públicos é uma ideia que já vem sendo estudada há década. Neste contexto, alguns projetos interessantes têm surgido, como a ciclovia Solarpath no parque Christ’s Pieces em Cambridge, na Inglaterra.

Nos Estados Unidos, dois pesquisadores estão desenvolvendo o Solar Roadways, um sistema que, se implementado, substituirá o asfalto das ruas e ciclovias por painéis solares e luzes LED cobertos por vidro reforçado e, segundo eles, reduziria em até 70% os acidentes de trânsito à noite. Além disso, a proposta conta com um sistema de aquecimento que ajudaria a derreter a neve.

Embora o vídeo do projeto tenha sido avisto por sete milhões de pessoas, algumas pessoas acham que seu alto custo pode ser uma barreira. De acordo com um dos desenvolvedores, 1,5 quilômetros destas ruas poderiam produzir energia para 428 lares nos EUA

“Vivid Sydney 2014”: projeções sobre os principais ícones da cidade

Durante os meses de maio e junho, cerca de 800 mil pessoas participaram dos mais de 200 eventos de arte, inovação e música organizados pela Prefeitura de Sydney como parte de um dos festivais mais importantes do país: “Vivid Sydney”.

Durante 18 dias as pessoas prestigiaram diversos ícones da cidade – como a Ópera, o Museu de Arte Contemporânea, a ponte e os barcos da baía - sendo transformados através de projeções de luzes que contavam a história e o presente de Sydney.

Mais detalhes e imagens a seguir.

“Vivid Sydney 2014”: projeções sobre os principais ícones da cidade - Image 1 of 4“Vivid Sydney 2014”: projeções sobre os principais ícones da cidade - Image 2 of 4“Vivid Sydney 2014”: projeções sobre os principais ícones da cidade - Image 3 of 4“Vivid Sydney 2014”: projeções sobre os principais ícones da cidade - Image 4 of 4“Vivid Sydney 2014”: projeções sobre os principais ícones da cidade - Mais Imagens+ 18

As 17 intervenções urbanas mais belas do mundo realizadas em escadarias

Apresentamos a seguir uma lista que traz as 17 escadarias urbanas mais belas do mundo. A lista, é claro, não analisou todas as escadarias do mundo, mas se deteve àquelas que receberam algum tipo de intervenção artística, seja através de mosaicos, grafites, vegetação ou mesmo origamis. Entre elas estão duas escadas brasileiras, ambas no Rio de Janeiro.

Confira a galeria de fotos das escadas, a seguir.

4 sistemas que podem aumentar a segurança no trânsito

Sensores nas calçadas que reconhecem a presença de pedestres e informam os semáforos; sistemas que identificam a presença e o movimento das pessoas e enviam um alerta aos motoristas; e dispositivos que permitem que os automóveis “se comuniquem” entre si, alertando sobre os pedestres que estão nas redondezas. Estes são alguns dos sistemas que começaram a ser desenvolvidos para melhorar a segurança nas ruas.

Saiba mais sobre eles a seguir.

NY lança competição de aplicativos que melhorem a segurança no trânsito

Em Nova Iorque, somente no ano de 2013, ocorreram 14.845 acidentes entre motoristas e pedestres. Buscando reduzir este número, o NYC Media Lab, a Escola Politécnica de Engenharia da NYU e a empresa de comunicações AT&T lançaram a competição Connected Intersections que convida projetistas e engenheiros a desenvolver aplicativos que alertem os pedestres, ciclistas e motoristas quanto a situações perigosas relacionadas ao trânsito.

Um dos requisitos essenciais é que o aplicativo não distraia os usuários, mas apenas os informem sobre potenciais perigos.

Mais detalhes a seguir.

Fotografias da Segunda Guerra Mundial no Google Street View

Mostramos recentemente os lugares onde foram feitas as fotografias de algumas das capas de discos mais famosas da história. Ao contrastá-las com as imagens do Google Street View percebemos como certos pontos das cidades mudaram e como outros continuam praticamente iguais.

Apresentamos desta vez uma galeria de fotos da Segunda Guerra Mundial, registradas em Berlim, Londres, Nova Iorque, Varsóvia, entre outras, onde é possível ver como algumas avenidas e praças continuam desempenhando um importante papel como espaços de encontro e de manifestação social.

Veja as montagens a seguir.

Arte e Arquitetura: Mundos Isolados, segregação urbana e desigualdade em Santa Fé

Santa Fé é um exemplo de desigualdade social no México. Enquanto num setor da cidade a população conta com edifícios altos e modernos, bairros luxuosos construídos nas últimas décadas, em outro setor, é uma realidade completamente diferente: zonas humildes e casas de baixos recursos, como se fossem dois mundos isolados e divididos por uma parede.

Uma distribuição desigual de riqueza, que é ilustrada em uma série de imagens aéreas capturadas pelo fotógrafo Oscar Ruíz. Produzido pela agência de publicidade mexicana Publicis, a campanha busca, através de fotografias reais, ressaltar a enorme desigualdade e segregação urbana e social que existem em alguns bairros da cidade de Santa Fé, com o objetivo e sob o lema de "apagar a diferença".

Mais detalhes a seguir.

Arte e Arquitetura: Mundos Isolados, segregação urbana e desigualdade em Santa Fé  - Image 1 of 4Arte e Arquitetura: Mundos Isolados, segregação urbana e desigualdade em Santa Fé  - Image 2 of 4Arte e Arquitetura: Mundos Isolados, segregação urbana e desigualdade em Santa Fé  - Image 3 of 4Arte e Arquitetura: Mundos Isolados, segregação urbana e desigualdade em Santa Fé  - Imagem de DestaqueArte e Arquitetura: Mundos Isolados, segregação urbana e desigualdade em Santa Fé  - Mais Imagens

Projeto Rés do Chão propõe a reocupação dos térreos vazios em Lisboa

Inquietas com o número cada vez maior de espaços vazios nos térreos de edifícios em Lisboa, quatro arquitetas criaram o projeto Rés do Chão, uma iniciativa que pretende, através da reocupação e reabilitação dos pisos térreos desocupados, revitalizar as ruas e dinamizar a cidade.

A iniciativa identifica um problema que se tem agravado na cidade de Lisboa: a crescente desocupação dos pisos térreos comerciais urbanos. A União das Associações de Comércio e Serviços (UACS) informa que, em 2012, a média de estabelecimentos comerciais a encerrar por dia, no distrito de Lisboa, foi de 13 e que se estima que em 2013 esse número tenha aumentado para 16.

Cinema e Arquitetura: “Elevado 3.5″

O primeiro Cinema e Arquitetura do ano, apresenta o filme brasileiro "Elevado 3.5" de Maíra Santi Bühler, Paulo Pastorelo e João Sodré, que mostra o mundo das pessoas que vivem ao redor do Elevado Presidente Costa e Silva, mais conhecido como Minhocão, construído na zona central de São Paulo durante a ditadura militar.

Desde o nível da rua aos pavimentos superiores, o espectador é levado por diferentes pontos de vista. Por cima e por baixo do viaduto, sob sua sombra ou à luz da cidade, o documentário se desenvolve através das histórias das personagens que convivem cotidianamente com esta grande estrutura de concreto.

Mais detalhes e trailer do documentário, a seguir.