Se faz cada vez mais possível resolver os problemas locais que podem enfrentar os habitantes de grandes e pequenas cidades, graças aos projetos baseados na tecnologia de participação coletiva (Crowdsourcing). A participação coletiva fomenta grupos de pessoas a se envolverem no debate e na busca por solução de todo tipo de problemas cotidianos nas cidades, que variam desde combater incêndios até monitoramento das eleições.
Ao longo dos anos, já não nos impressiona saber que a frota tem crescido de uma forma assustadora. Isso se reflete em uma recente medição do Instituto Nacional de Estatística (INE), que mostra que, nos últimos cinco anos, este setor teve um aumento de 30%.
Em junho deste ano, o coletivo espanhol Luz Interruptus criou a intervenção urbana “Literature versus Traffic”, que consistia em instalar mais de 10.000 livros iluminados com luzes de LED nas ruas de Melbourne. O setor escolhido foi Federation Square, um centro cívico e cultural da cidade australiana que cedeu algumas de suas escadas e uma pista de rolagem da Flinders Street, uma das ruas mais movimentadas do lugar.
Nos dias 13, 14 e 15 de novembro ocorreu o maior encontro sobre Cidades Inteligentes no qual tive a honra de participar para conhecer as diferentes visões sobre o futuro das cidades.
Três dias de conferências, exposições e outras atividades geram muito material para refletir. É por isso que tentarei fazer um resumo da minha experiência e deixar para vocês algumas reflexões nas quais estou trabalhando para tornar claro o trabalho que se deve fazer desde todas as partes envolvidas.
Recentemente, o empresário norteamericano Mark Suster – ligado à construção de grandes projetos de engenharia como o metrô de Londres e o manejo de águas na mesma cidade – publicou 12 recomendações para criar comunidades cidadãs bem sucedidas e fortalecer seus espaços públicos como grandes destinos. A partir disso, a organização americana Project for Public Spaces (PPS) adaptou suas recomendações para que estas possam ser aplicadas em organizações de qualquer parte do mundo. A ideia consiste em transformar os espaços públicos em destinos que possam ser reconhecidos como parte de uma comunidade, partindo deste a projeção de elementos identitários únicos e que contem com um forte sentido local.
Chamada para estudantes e jovens arquitetos: ajude a formalizar uma iniciativa dos residentes e desenvolver espaços públicos na Alvorada, no Complexo do Alemão!
Nesta semana, apresentamos uma publicação que é uma compilação de projetos urbanos de diferentes partes do mundo que têm sido parte de processos de reconversão de áreas que estavam abandonadas e que graças à gestão das autoridades, se posicionaram como lugares de encontro e entretenimento. Por exemplo, no espaço residual entre as linhas do trem que une Queens a Manhattan, em Nova York, se criou uma praça pública com jardins e áreas de descanso. Outro caso exposto é o que se desenvolveu no parque Cantinho do Céu em São Paulo, Brasil, onde se construiu uma rede de esgotos que evitou que as vias de circulação para ciclistas e pedestres fossem inundadas. Isto é só um resumo dos 82 casos presentes no livro, cada um classificado em um processo “RE” particular – seja de regeneração de territórios, reutilização de edifícios ou reciclagem de materiais – que altera a análise e discurso linear tradicional dos projetos de arquitetura urbana.