A publicação recente dos 74 projetos enviados para o concurso da Ponte em Nine Elms teve, sem dúvida, a intenção de causar um circo da mídia, na esperança de emular o furor que envolveu o concurso para o Guggenheim de Helsinki em que foram publicados na internet os 1.715 projetos recebidos em outubro do ano passado. O concurso, que propunha o desenho de "um dos marcos mais expressivos e visíveis em Londres," é o mais recente de uma série de mudanças dramáticas neste trecho da margem sul do Tâmisa. Esta nova comunidade, um dos novos bairros mais prestigiados de Londres, inclui a nova Embaixada dos Estados Unidos de Keiran Timberlake e uma série de empreendimentos residenciais, que culminou na renovação altamente elogiada da Battersea Power Station, acompanhada de edifícios desenhados por Foster + Partners e Frank Gehry, e um espaço público projetado pelo BIG.
As reações iniciais dos projetos enviados para o concurso foram mistas, na melhor das hipóteses. O crítico de arquitetura do The Guardian, Oliver Wainwright aproveitou a oportunidade para zombar de uma série de desenhos, usando seus poderes consideráveis no jogo de palavras para dublar títulos como The Greenhouse Funhouse (O Parque de Diversões Estufa), The Spaffy Tangle (O Emaranhado), Razorwire Party Bridge (Ponte Fio de Navalha), e The Flaming Mouth of Hades (A Boca Ardente do Inferno). Da mesma forma, City Metric espalhou a notícia em um artigo intitulado “Os 12 projetos mais ridículos para a Nova Ponte Battersea", o que provocou um debate no Reddit" em que os usuários marcavam os projetos como "diferentes graus de loucura" e "doodles ridículos." Mas além de todos estes joviais xingamentos, estes projetos são sintomáticos de uma abordagem que Londres parece incapaz (ou talvez não) de resolver.