O steel frame é um sistema composto por perfis de aço galvanizado, de espessura entre 0,80 mm e 3 mm, dobrados a frio, e montados como quadros estruturais, com montantes verticais e horizontais. Para envolver os perfis estruturais, são utilizadas chapas de OSB, cimentícias ou de gesso acartonado, que podem receber acabamentos e pinturas interna e externamente. No interior das paredes pode-se incluir materiais isolantes, como lã mineral, de vidro, ou outros, para aumentar o isolamento termo acústico. No sistema steel frame, toda a parte elétrica e hidráulica é instalada antes do fechamento dos painéis, tornando o processo mais eficiente e sem quebras e desperdícios de materiais. Limpeza da obra, eficiência e rapidez são pontos chave neste sistema construtivo altamente disseminado pelo mundo.
Estrutura: O mais recente de arquitetura e notícia
Steel framing: vantagens de um sistema modular de construção seca
O papelão como estrutura: da indústria às obras de Shigeru Ban
Tubos de papelão são tão comuns que já nem reparamos em sua existência - mas eles estão por todos os lados: no rolo de papel higiênico, na embalagem do diploma da faculdade, nos fogos de artifício e nas grandes indústrias de tecidos e papel. E agora, cada vez mais, podem ser encontrados em um lugar inusitado: nas paredes de casas e construções. O material faz parte da vida moderna - sendo produzido para uma infinidade de aplicações industriais e produtos de consumo. A grande maioria é utilizada como núcleos estruturais em operações de enrolamento: imediatamente após a fabricação, o papel, o filme ou o fio têxtil é enrolado diretamente em tubos de papelão - resultando em um rolo estável que é facilmente estocado e transportado.
Materializando ideias: a relação entre engenharia estrutural e arquitetura
Nos últimos anos, assistimos a um maior reconhecimento do esforço coletivo que é a arquitetura e a crescente valorização das diferentes profissões que participam no processo de projeto. Dentro de cada edifício extraordinário, a engenharia estrutural desempenha um papel essencial na materialização da ideia arquitetônica. O artigo destaca as contribuições passadas e presentes da engenharia para o ambiente construído, personalidades que ficaram à sombra dos arquitetos apresentando suas intenções de projeto e a colaboração entre engenheiros e arquitetos hoje.
Joaquim Cardozo, o engenheiro-poeta que ergueu as maiores obras de Oscar Niemeyer
Conhecido no mundo todo por ter levado ao limite as exprimentações formais com concreto armado, Oscar Niemeyer contou em muitas de suas obras com a imprescindível colaboração de um engenheiro civil tão inventivo e ousado quando o próprio arquiteto: o recifense Joaquim Moreira Cardozo, formado em engenharia civil em 1930 pela Escola de Engenharia de Pernambuco, hoje integrada à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Responsável pelo projeto da Escola Rural Alberto Torres, de 1936 – uma obra que, à época, já mostrava sinergia com a arquitetura moderna – Cardozo conheceu Niemeyer quando trabalhava no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), no Rio de Janeiro. À época, desenvolveu o projeto estrutural do Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, inaugurado em 1943, colaboração inicial de uma parceria que duraria 30 anos e que teve nas obras de Brasília seu momento mais prolífico.
Casas brasileiras: 13 residências com pilares escultóricos
A relação entre arquitetura e estrutura já foi amplamente discutida e é repetidamente revisitada por arquitetos a cada novo projeto iniciado. Assim como os sistemas hidráulico e elétrico, o sistema estrutural é uma das disciplinas que compõem uma construção. É ele, porém, um dos mais impactantes no resultado arquitetônico, pois tem relação direta com os espaços criados e a materialidade escolhida. Ter o domínio do projeto de estruturas e entender como melhor incorporá-lo ao projeto de arquitetura traz mais autonomia ao arquiteto e maiores possibilidades de soluções de projeto.
A escolha do sistema estrutural, e de que forma ele irá ser incorporado ao projeto de arquitetura é um dos fatores mais impactantes nos projetos. Por um lado, pode-se optar por absorver os elementos estruturais, deixando-os camuflados na arquitetura e tornando-os imperceptíveis no projeto. Por outro, é possível que o sistema estrutural seja posto em evidência, tornando-se um elemento de destaque no projeto, seja por sua lógica estrutural, seja por sua materialidade, ou ainda sendo elevado a um elemento quase que escultórico.
Estruturas geodésicas: como funcionam e onde podem ser aplicadas
Dificilmente você passou por seu curso de Arquitetura sem ver ou mesmo ajudar a construir uma geodésica. Tratam-se de estruturas definidas a partir de uma malha composta por uma rede de polígonos – geralmente triângulos em aço, madeira ou bambu – que, tridimensionalizados, conformam espaços. Pela amarração das arestas (barras) e tridmensionalização da peça, este modelo apresenta resistência e leveza estrutural pela distribuição uniforme do peso próprio ao solo. Do ponto de vista técnico-estrutural, esta cúpula é uma estrutura composta por uma série de barras similares, que a partir de triângulos, criam uma superfície semi-esférica. Na complexa composição, a resistência e a leveza são atingidas a partir da distribuição uniforme dos esforços.
12 Interiores brasileiros com estrutura aparente
No campo da arquitetura, é comum notar em muitos projetos uma certa predileção dos arquitetos pelo emprego de materiais e elementos arquitetônicos em seu estado aparente ou bruto, como alguns preferem chamar. Com o intuito de expor a materialidade da estrutura de um edifício, é frequente, sobretudo em projetos de reformas, um processo de retirada de forros e revestimentos. Essa busca pela retomada de um estado anterior da construção — ainda sem o acréscimo de elementos para cobrir a estrutura, tubulações, canos e eletrodutos — transforma esses espaços em lugares onde não há nada a esconder.
Apenas estrutura: 20 casas que evidenciam seu sistema estrutural
Por mais que algumas obras a ocultem, a estrutura é sempre uma preocupação em projetos de arquitetura. A definição do sistema estrutural está entre as primeiras decisões importantes a serem tomadas e, possivelmente, definirá uma série de outros aspectos da edificação. Há, no entanto, casos extremos em que a arquitetura se faz ver e ler, simplesmente, como a estrutura; projetos que têm seu caráter e imagem definidos em grande medida pela solução estrutural adotada.
Pesquisa investiga o potencial da pedra como elemento estrutural na arquitetura contemporânea
O escritório britânico de arquitetura, Groupwork, está desenvolvendo um projeto de pesquisa que pretende resgatar um dos mais tradicionais sistemas construtivos conhecidos pelo homem: a construção em pedra. Trabalhando em colaboração com a Jackson Coles, Eight Associates, Webb Yates, The Stonemasonry Company e a Polycor, os arquitetos da Groupwork estão investigando novas possibilidades para a construção de edifícios em altura em estrutura de pedra.
Casas brasileiras: 9 residências com viga invertida
As vigas invertidas, como o próprio nome sugere, se diferem das usuais por um deslocamento de posição, invertendo a ordem geral da estrutura convencional que tem a viga abaixo da laje, passando, então, a ter aquela acima desta. Dito de outro modo, sua base, que usualmente fica abaixo do nível da laje, fica neste caso alinhada à sua face inferior. Formalmente, a estratégia cria a ilusão de um vão contínuo sem vigas quando visto dos ambientes internos do edifício.
Casas brasileiras: 14 residências com grandes vãos
No âmbito da arquitetura e da engenharia, a palavra "vão" designa a distância entre dois apoios em uma estrutura, em geral em referência ao espaço ininterrupto entre pilares da trama de sustentação dos edifícios. Alguns vãos notáveis ficaram famosos por suas grandes e impressionantes dimensões, sobretudo em programas públicos, como é o caso do MASP de Lina Bo Bardi e do MuBE de Paulo Mendes da Rocha, ambos em São Paulo. No entanto, os grandes vãos podem representar generosidade espacial e liberdade visual em qualquer tipo de projeto, inclusive de menor escala.
O bambu na arquitetura: design de conexões estruturais
O Laboratório de Experimentação com Bambu da UNESP - Bauru compartilhou conosco o trabalho desenvolvido pelo arquiteto Roberval Bráz Padovan que pesquisou sobre as conexões construtivas em bambu. Além da análise de diversas possibilidade de conexões construtivas, Roberval apresenta no final a proposta de um componente para treliça espacial. A dissertação foi apresentada em 2010 na Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP - Bauru, com orientação do Prof. Dr. Marco Antônio dos Reis Pereira e co-orientada por Prof.ª Dr.ª Paula da Cruz Landim. Veja abaixo o resumo do auto.
Casas brasileiras: 15 residências com balanços estruturais
A arquitetura enquanto construção dispõe de muitos meios para se expressar. É possível transmitir ideias através da organização do programa e dos materiais empregados; podemos comunicar pelo ritmo das fachadas e aberturas; conseguimos passar uma mensagem pela transparência ou opacidade dos volumes e superfícies que desenhamos. Podemos ainda nos expressar pela estrutura e seu arranjo - e esta talvez seja a faceta da arquitetura que mais ansiosamente buscamos explorar.
O uso de estruturas pré-fabricadas em escolas públicas brasileiras
Bons projetos de escolas representam muito mais que uma boa obra de arquitetura. Sobretudo em áreas vulneráveis e com infraestrutura pública carente, simbolizam o papel do Estado e da educação como agente transformador de melhoria social. Podem, também, tornarem-se áreas de convívio comunitário, locais para a prática esportiva, espaço para cursos, entre outros usos.. Infelizmente, a realidade mostra que nem sempre esses projetos recebem a atenção necessária.
Mas desenvolver um projeto educacional é um dos grandes desafios para arquitetos, já que demandam a adequação de programas e fluxos diversos e complexos. Por conta da economia, racionalização e rapidez de obra, no Brasil a maior parcela dos projetos escolares são concebidos a partir de elementos estruturas pré-fabricados em concreto com modulações rígidas e em raros casos, em aço. Mas o que pode parecer limitante em um primeiro momento, pode se tornar um exercício de criatividade estrutural
Na tentativa de elucidar os sistemas utilizados à materialização destes projetos, selecionamos a seguir um compilado de plantas e cortes de sete obras notáveis que tiram partido das estruturas pré-moldadas para conformar espaços incríveis para o aprendizado. Veja a seguir:
Como funcionam as vigas vagão, que permitem grandes vãos e peças elegantes
Vigas vagão são aquelas constituídas por barras e tirantes de aço, onde a aplicação destes últimos atuam na redução dos esforços de flexão e deformações da peça, permitindo a diminuição na altura da viga. Em outras palavras, são a união de vigas contínuas de alma cheia (aço ou madeira) junto a cabos de aço que são posicionados na região inferior e apoiados por montantes tracionados. Desse modo, conseguem vencer maiores vãos, mantendo a menor seção possível e a esbelteza da peça. Segundo o engenheiro Yopanan Rebello, “o termo ‘vagonada’ deriva diretamente de sua aplicação como apoio em vagões de trem” [2].