Há quase uma década, uma notícia inundou os meios de comunicação colombianos: o anúncio do projeto vencedor para o Tropicário do Jardim Botânico de Bogotá. Hoje, trazemos todas as informações que coletamos desde aquele momento, tanto sobre o concurso vencido pelo DARP e o processo de construção — até a inauguração em 2021 e sua evolução nos últimos tempos.
Esperamos que este caminho arquitetônico ajude você a conhecer cada passo, cada decisão e cada detalhe que contribuiu para essa realização, entendendo que seu verdadeiro legado está na forma como transforma vidas, inspira comunidades e perdura no tempo.
Poucas estruturas são tão elegantes e engenhosas quanto as estufas. Construídas em grande parte com projetos simples e diretos, esses abrigos minimalistas criam espaços protegidos e iluminados que definem o clima interno. Dedicados ao cultivo de plantas, são projetos diversos que combinam programas e sistemas para enfatizar a sustentabilidade, educação e conservação. No fundo, as estufas dizem respeito à experiência e descoberta.
Quem gosta de plantar e cultivar alimentos ou outros tipos de planta, sabe que uma estufa pode ser muito importante em diversas situações. Seja para proteger as plantas do frio, para abrigar espécies específicas que são mais sensíveis ao vento ou ainda para o desenvolvimento de brotos e mudas que depois serão replantados em outros lugares.
Ter a sua própria estufa requer espaço. Existem muitas opções de estufas “prontas” e também é possível contratar profissionais especializados para a construção do seu espaço de cultivo. Mas também é possível usar a criatividade e um pouco de tempo e disposição para construir a sua própria estufa.
Com objetivo de conhecer os arquitetos, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa de referência, Sara Nunes, da produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, lançou o podcastNo País dos Arquitectos, em que conversa com importantes nomes da arquitetura portuesa contemporânea.
Em seu primeiro episódio, Sara conversou com o arquiteto João Luís Carrilho da Graça sobre seu Terminal de Cruzeiros em Lisboa. Agora, para a segunda entrevista, recebe João Mendes Ribeiro para uma conversa acerca de temas como patrimônio, reuso de antigas estruturas e arquitetura da paisagem, a partir do projeto de reabilitação da estufa do Jardim Botânico de Coimbra, cidade onde o arquiteto mantém seu escritório. Leia a entrevista na íntegra ou ouça o podcast, a seguir.
Pesquisadores apontam que "proto-estufas" surgiram por conta da vontade do Imperador romano Tibério (42 a.C. a 37 dC) de comer pepinos todos os dias do ano. Como no inverno era impossível cultivar o vegetal na Ilha de Capri, seus jardineiros desenvolveram camas montadas sobre rodas que se moviam para o sol e nos dias de inverno eram postas sob uma cobertura translúcida feita de Selenita (uma variedade de gipsita bem cristalizada e com aparência vítrea). Mas a produção de estufas em grande escala tornou-se mesmo possível após a Revolução Industrial e com a disponibilidade de folhas de vidro produzidas em massa. Desde então, elas têm sido utilizadas para cultivar alimentos e flores, conformando um microclima adequado às espécies vegetais mesmo em locais com climas severos. Mas em alguns casos, essas condições internas também podem ser interessantes para os espaços de vida. A recente premiação de Lacaton & Vassal reacendeu esse assunto. Como é possível criar estufas que possam ser boas para humanos e plantas?
Desde, pelo menos, a época da Roma Antiga, os seres humanos reconhecem o valor do que agora é conhecido como "agricultura em ambiente controlado", permitindo aos agricultores cultivar plantas durante todo o ano, e não somente em determinadas estações. Embora tenham sido inventadas há centenas de anos, as estufas continuam a ser o meio mais popular de agricultura em ambientes controlados atualmente, com inovações em tecnologia e design que melhoraram a beleza e a eficiência dessa tipologia. Abaixo, exploraremos em detalhes a história e a estrutura das estufas, bem como vários exemplos de projetos de estufas inovadores e experimentais.
https://www.archdaily.com.br/br/945951/estrutura-e-revestimentos-translucidos-como-projetar-uma-estufaLilly Cao
As construções e estruturas destinadas ao cultivo de plantas - como as estufas e orquidários - são fundamentalmente espaços arquitetônicos que articulam o controle e a manipulação dos fatores ambientais como temperatura e umidade, permitindo adaptar esses parâmetros a demandas específicas das espécies mantidas - seja para seu cultivo, sua preservação ou sua exposição. Os projetos costumam variar segundo o uso e a localização geográfica da estrutura, sob influência de questões como o clima local, a altura das espécies a alojar, as demandas de ventilação, ou considerações como se a construção será temporária ou permanente, podendo por vezes se configurar a partir de sistemas de partes montáveis e desmontáveis. No entanto, existem alguns parâmetros comuns que atravessam esse tipo de construção. De forma geral, tendem a seguir uma linha similar em termos de materialidade e organização: para aproveitar os efeitos da radiação solar, as estufas apresentam com coberturas e fechamentos translúcidos, como vidro ou plástico, e se estruturam através de sistemas leves de peças que permitam grandes vãos, podendo ser de ferro, madeira, bambu, etc.
Pavilhão com Estufa para Parque Botânico é o tema que deve ser trabalhado pelos participantes da 11º edição do Concurso para Estudantes de Arquitetura, projeto promovido pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) no Brasil. O tema é inspirado na Agenda 2030 Para Um Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que tem como objetivo proteger as florestas e lutar contra a desertificação. As equipes interessadas devem se inscrever até o dia 25 de julho, tendo no mínimo dois e no máximo quatro alunos. O grupo deve ser orientado por um professor da mesma escola ou faculdade, podendo contar ainda com um coorientador.
O projeto de Natura Futura Arquitectura para uma estufa no clima quente subtropical de Nayón, Equador, é uma proposta que aborda o uso de recursos materiais locais na construção de estruturas produtivas de baixo orçamento para o desenvolvimento do coletivo.
O projeto, materializado com bambu, madeira e plástico de estufa, baseia-se na figura geométrica básica do triângulo, propondo setores com níveis distintos de iluminação para diferentes tipos de culturas.