Pier Luigi Nervi é um caso curioso na história da arquitetura. Apresenta grandes edifícios de concreto armado – sendo inclusive responsável por desenvolvimentos técnicos ligados a esse material –, que se definem por seus ousados, expressivos e heroicos partidos estruturais. Projetava de forma semelhante a Corbusier na sua chamada ‘fase brutalista’, que “(...) abordava o programa de arquitetura partindo de princípios de ordem geral, adaptando-os em seguida à situação real. O projeto era definido pelo partido que se organizava do geral para o partícular” (Acayaba, 1985); observar-se isto nos edifícios do italiano que, em grande parte, são obras pavilhonares, nos quais uma grande cobertura estrutural recobre o programa em suas particularidades.
filosofia: O mais recente de arquitetura e notícia
A poética concreta de Pier Luigi Nervi, pioneiro do brutalismo
"Precisamos mudar nossa maneira de viver em larga escala": entrevista com Mark Kingwell
No início de setembro de 2019 o curso de pós-graduação da Escola da Cidade, Geografia, Cidade e Arquitetura recebeu o filósofo canadense Mark Kingwell para uma série de aulas. Numa quarta-feira, dia 4, os estudantes Pedro Perez Barroso, Lua Victor Vieira Lima e Igor Augusto, convidados pelo Conselho Científico da Escola da Cidade, entrevistaram Kingwell sobre temas que envolvem sociedade, política, emergência climática, arquitetura e cidades.
Frank Lloyd Wright confirma reputação de egocêntrico em entrevista aos 83 anos de idade
No começo da minha carreira, tive que escolher entre a honesta arrogância e a humildade hipócrita. Eu escolhi a arrogância, e até hoje não encontrei nenhuma razão para mudar.
Frank Lloyd Wright é o maior nome da arquitetura nos Estados Unidos. As histórias à respeito de seu ego são tão difusas quanto o seu prolífico trabalho. Ver Frank Lloyd Wright aos 83 anos de idade não é uma aula de história comum. A entrevista foi transmitida pela NBC Chicago em 1958 e mostra Frank Lloyd Wright contando histórias para Hugh Downs sobre a sua educação, o início de sua carreira com Louis Sullivan, as inspirações para os projetos Taliesin e Taliesin West e as suas contribuições para a arquitetura (digamos que esta questão não precisa necessariamente de uma resposta tão humilde).
Sobre como as elipses torcidas de Richard Serra me lembraram que sou um corpo
Para mim, e creio que para a maioria das pessoas que dia após dia exigem de seus corpos apenas o mais cotidiano, é fácil eu me entender como um corpo que pensa, ao invés de uma mente com um corpo. Como se meu corpo me contivesse sem eu realmente ser eu mesma. Somos um corpo ou temos um corpo? a pergunta foi confrontada por distintos filósofos desde os tempos de Platão e, para ser realista, não vou dar esta resposta. E, francamente, não estou buscando por ela, nem sequer havia pensado nela se não fosse pelo dia que visitei o Dia:Beacon e conheci, por fim, as Elipses Torcidas de Richard Serra.
Uma boa fotografia ou um bom projeto?
Ao falar do ser humano, falamos simultaneamente de um objeto e um sujeito. Em outras palavras, um corpo (que permite a existência dos sentidos) e uma alma (que os interpreta).
Em Os Olhos da Pele, Juhani Pallasmaa reflete -- a partir do ponto de vista da arquitetura -- sobre alguns destes conceitos. Nos dias de hoje, tem-se dado maior importância à visão que aos demais sentidos, suprimindo-os e, assim, ocasionando o desaparecimento de algumas qualidades sensoriais e sensuais presentes na arquitetura do passado.
Arquitetura e a Poética da Representação / Dalibor Vesely
«Nós estamos realmente, meu querido amigo,
engajados numa bem difícil investigação;
para o tema de aparecer e parecer, mas não ser,
e de dizer coisas, mas não coisas verdadeiras –
tudo isso é agora e sempre foi causa de muita perplexidade.
Veja, Theaetetus,
é extremamente difícil entender
como um homem deve falar ou pensar
que a falsidade realmente existe
e ao dizer isso não estar envolvido em contradição.»
—Platão, O Sofista 237 A
Centro Universitário Maria Antonia promove série de encontros sobre literatura, arquitetura, filosofia e música
Em maio e junho o Centro Universitário Maria Antonia da USP promove uma série de encontros nas áreas de literatura, arquitetura, filosofia e música. A programação, que tem início no dia 5 de maio e se estende até 11 de junho, conta com cinco cursos ministrados por Adriane Duarte, Guilherme Wisnik, José Carlos Estêvão, Carlos Rennó, Andrea Piccini e Lygia Rocco.
Veja a seguir os assuntos abordados em cada um dos cursos: