Quando nos lameiros do Tâmega o gado ruminava nos prados, não se imaginaria que aí se pudesse erguer esta poesia branca, uma rigorosa geometria em betão pousada sobre uma sequência de finas paredes-lâmina que a levantam do chão e a defendem das águas se a enchente do rio galgar as margens. À volta, os muros toscos e as ruínas de casas de gados e gente ecoam o mundo que houve e que aí fica como memória de tempos e de outros trabalhos e dias; as nogueiras, as macieiras ou as figueiras completam essa atmosfera-paisagem a que um certo artista dizia estar preso por hereditariedade transmontana.
Fundação Nadir Afonso: O mais recente de arquitetura e notícia
Do Siza para Nadir: a arquitectura é uma arte / Álvaro Domingues
https://www.archdaily.com.br/br/762742/fundacao-nadir-afonso-nil-chaves-de-aproximacao-alvaro-dominguesÁlvaro Domingues