Construída ao longo de três milênios e conhecida como a cidade eterna, Roma abriga um dos mais ricos patrimônios construídos do mundo todo, obras que influenciaram e inspiram arquitetos ainda hoje. Talvez, sua maior peculiaridade esteja nas incontáveis camadas de história que foram sendo sobrepostas ao longo do tempo.
A lista que apresentaremos à seguir tem como principal objetivo mostrar toda a diversidade de sua história. Dispensamos os monumentos mais óbvios e os lugares que todos nós conhecemos para construir uma paisagem mais representativa e profunda de sua pluralidade arquitetônica. Locais onde ainda é possível encontrar a autenticidade na arquitetura, mesmo que em um cenário tão atemporal como a cidade eterna. Roma é, por excelência, a cidade palimpsesto.
Amsterdã é uma das cidades mais belas da Europa. Suas origens estão no século XII, quando pescadores que moravam às margens do rio Amstel construíram uma ponte sobre a hidrovia perto do IJ criando uma grande enseada de água salgada. A maior parte do território da cidade está abaixo do nível do mar e, portanto, em uma porção de terra onde antes era água.
A capital holandesa tem uma forte relação com planejamento urbano, infra-estrutura de ciclismo e pontes, que cruzam os canais junto às antigas casas comerciais que se inclinam em ângulos impossíveis. Conheça, a seguir, 25 lugares em Amsterdã que merecem uma vista.
https://www.archdaily.com.br/br/933364/guia-de-arquitetura-de-amsterda-25-lugares-para-conhecer-na-capital-holandesaVirginia Duran
Fundada por Walter Gropius em 1919, a Bauhaus passou rapidamente da gloria à angustia. Perseguida durante boa parte dos anos vinte pelo recém fundado partido nazista, a escola foi finalmente fechada em 1933 e seus membros perseguidos e exilados. Muitos dos seus mais talentosos e visionários integrantes migraram para outros países da Europa e América. Tel Aviv foi uma das cidades à receber um considerável contingente de professores da extinta Bauhaus. Fundada em 1909, a recém criada cidade de Tel Aviv estava começando a se desenvolver e atrair interesse da comunidade internacional, firmando-se como um terreno sedutor onde os antigos membros da Bauhaus poderiam aplicar seus novos conceitos. Desde 2003 a cidade de Tel Aviv é reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade, a qual conta atualmente com mais de 4.000 edifícios construídos no estilo Bauhaus. No ano passado, como parte das comemorações dos 100 anos da fundação da instituição, a prefeitura da Cidade Branca – em parceria com o governo alemão – inaugurou o White City Center com o principal objetivo de promover a preservação e a salvaguarda da arquitetura bauhausiana na cidade. O White City Center conta hoje com uma série de exposições onde os visitantes podem descobrir e aprender mais sobre a história da Bauhaus e as principais características deste icônico estilo. Se você estiver pensando em ir à Israel, o Bauhaus Center também merece uma visita. Todas às sextas-feiras o instituto organiza uma série de visitas guiadas pela cidade por um valor simbólico. Aqui apresentamos nossa seleção dos seis principais edifícios da Bauhaus que você não pode deixar de visitar quando for à Tel Aviv.
https://www.archdaily.com.br/br/932712/guia-de-arquitetura-de-tel-aviv-6-edificios-da-bauhaus-na-cidade-brancaThe White City Center
Em 1897 foi instituída a Cidade de Minas Gerais, que em 1901 passou a ser chamada de Belo Horizonte. O projeto urbanístico de Aarão Reis para a capital mineira deu origem à primeira cidade moderna planejada no Brasil. A malha ortogonal que define quarteirões, grandes corredores e diferentes zonas urbanas foi inspirada em outros modelos de cidades, como Paris e Washington, com a presença de ideais modernizantes e republicanos que inspiraram a hierarquização do território.
Eleita Capital Europeia da Cultura em 1994 e Capital Ibero-Americana da Cultura 2017, Lisboa tem sido destino de turistas de muitas partes do mundo nos últimos anos. Com uma programação cultural pujante, a cidade é sede de importantes acontecimentos relacionados à arte, à música, ao cinema, e, como não poderia faltar, à arquitetura. A Trienal de Arquitectura de Lisboa e o Open House - evento que organiza visitas guiadas gratuitas a edifícios marcantes de cidades ao redor do mundo - são alguns desses acontecimentos de relevância no campo arquitetônico, responsáveis por divulgar, debater e refletir questões ligadas à área.
Além de programações ligadas à arquitetura, Lisboa tem visto nos últimos anos o surgimento de novos equipamentos, como museus, centros culturais e teatros, além da requalificação de espaços públicos. A construção ou requalificação dessas estruturas, relacionadas direta ou indiretamente à movimentação cultural na cidade, podem ser controversas, levantando questões como a gentrificação e o aumento do turismo de massa - tema de um artigo publicado anteriormente no ArchDaily Brasil.
Salvador é uma cidade marcada por uma falha geológica que a divide em duas: cidade alta e cidade baixa. Essa diferença de nível de aproximadamente 80 metros originou, desde o início da sua colonização, diferenças de usos e ocupações do solo nesse território - que foram se modificando ao longo dos anos com o desenvolvimento e expansão da cidade. A paisagem soteropolitana não é marcada apenas pela falha geológica, mas também é expressão de diferentes camadas de tempo: a primeira capital do Brasil, que completou 470 anos este ano, teve na sua arquitetura, ao longo da história, exemplares de diversos estilos e vertentes, como o neocolonial, barroco, neoclássico, eclético, moderno e contemporâneo.
Rio de Janeiro dispensa apresentações. Uma cidade de contrastes, tão diversa nas suas pessoas, natureza e arquitetura. Seus edifícios históricos de influência europeia, os ícones modernos do século XX e as recentes obras assinadas por arquitetos internacionais garantem um lugar no mapa da arquitetura mundial e pontuam a paisagem urbana da segunda maior cidade do Brasil.
Veneza é certamente um dos destinos mais procurados da Europa por viajantes do mundo inteiro. A cidade tem atrativos em muitas áreas, da gastronomia à arte, passando evidentemente pela arquitetura, uma arte que acompanha a cidade e se faz evidente sobretudo nas Bienais de Arquitetura, que ocorrem desde 1980. Além da Bienal, a ilha tem muito a oferecer àqueles interessados em conhecer lugares que, por excelência, falam da relação entre passado e presente, da conservação da memória histórica, das novas técnicas a serviço de edifícios em constante relação com a água, etc.
O arquiteto finlandês Alvar Aalto foi pioneiro em design e arquitetura modernos a partir de formas orgânicas e materiais naturais. Quando decidiu que seria arquiteto, mudou-se para Helsinque, único lugar do país onde se podia estudar arquitetura na época. Ao longo de sua carreira, ergueu obras em diversos países, deixando um amplo legado para a arquitetura moderna. A seguir, mapeamos 20 de suas obras que deveriam ser visitadas por todo estudante e profissional de arquitetura.
Le Corbusier, pioneiro do movimento moderno na arquitetura, percorreu o mundo envolvendo-se com projetos em diversos países ao longo de sua carreira. A seguir, mapeamos 17 de suas obras construídas declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, além de outros sete edifícios de sua autoria. Em algumas destas obras, Le Corbusier atuou como consultor, como é o caso do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, desenvolvido por Lucio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira, Oscar Niemeyer e Ernani Vasconcellos.
Se nos fosse incumbido sintetizar a arquitetura brasileira em poucas obras emblemáticas, nos veríamos diante de uma tarefa exaustiva e, muito provavelmente, impraticável. A escala continental do país e as incalculáveis especificidades locais resultam em tantas diferentes respostas arquitetônicas que eleger poucos exemplares como representativos de uma suposta identidade arquitetônica nacional única acaba sendo leviano - ou, no mínimo, ingênuo.
Com o objetivo de fazer ver uma produção frequentemente esquecida, e sabendo que o destaque da mídia é quase sempre a arquitetura das regiões Sudeste e Sul, apresentamos aqui uma espécie de guia, ou compilado de obras arquitetônicas, da região Norte do Brasil.
Assim como a maioria das capitais latino americanas, o centro histórico de Lima — conhecido como o Cercado de Lima— enfrenta simultaneamente processos de deterioração, conservação e transformação. Ao transitar por suas ruas e avenidas, podemos ver as massivas arquiteturas neocoloniais e republicanas sendo permeadas por algumas das principais obras do movimento modernista do Perú, uma "época de ouro" da arquitetura pública de meados do século XX.
Em 1947, a irrupção do grupo Agrupación Espacio, a reforma da Praça de Armas de Lima e o alargamento de algumas das principais vias da cidade como a Avenida Tacna e a Avenida Wilson, marcaram a expansão do movimento modernista no Peru. As obras de Enrique Seoane Ros e Walter Weberhofer em pleno centro histórico de Lima lançaram uma nova linguagem formal e estrutural para a arquitetura do país. Estrutura aparente, planta livre, janelas em fita, lajes planas e placas comerciais ilustravam uma visão otimista para com o futuro do país. A pesar da desconfiança inicial, este novo movimento acabou sendo amplamente respaldado, durante mais de duas décadas, por um Estado entusiasmado com o desenvolvimento urbano de suas cidades e a construção de grandes complexos habitacionais como o PREVI e o Residencial San Felipe.
Ainda que o seu legado seja indiscutível, o modernismo no Perú ainda não é protegido por lei, como bem colocam as arquitetas Alejandra Acevedo e Michelle Llona em seu último livro intitulado Catalogo Arquitectura Movimiento Moderno Peru, um volume imperdível e a principal fonte de pesquisa deste artigo. Nesta nova publicação do guia da arquitetura moderna na América Latina, apresentamos 15 obras modernas do centro histórico de Lima, juntamente com um mapa para que você possa fazer um tour guiado de arquitetura pelo centro da capital peruana.
A arquitetura é talvez o bem imóvel que melhor expressa a história de uma cidade, revelando em si grandes figuras da cultura dignas de uma divulgação que engrandece afinal a história de um povo. O Guia de Arquitetura do Porto 1942-2017 vem na sequência do Guia de Arquitetura de Lisboa 1948-2013, constituindo os dois os primeiros da coleção Cities editada pela A+A Books.
Pouco mais de dois séculos se passaram desde os acontecimentos que estabeleceram as bases para a libertação da Colômbia. Hoje em dia, perduram marcas da história materializadas no tempo e na paisagem - palcos de disputas e lutas; lugares que resguardam a identidade história do país.
Em comemoração à independência de nosso vizinho latino, selecionamos 12 lugares emblemáticos relacionados à libertação do país há 207 anos, e que por seu valor estético, histórico e geográfico, realçam os valores da arquitetura e do urbanismo colonial e republicano na Colômbia.
ARCHIPORN é um guia de arquitetura mundial desenvolvido desde 2008 pelos arquitetos Marcio Novaes Coelho Jr e Silvio Sguizzardi, do escritório Sguizzardi.Coelho Arquitetura, com o intuito de identificar, reunir e compartilhar informações sobre obras arquitetônicas em todo o mundo, realizadas por grandes profissionais renomados ou mesmo por novos talentos, ainda pouco conhecidos.
O guia online é composto por um mapa mundi pontuado pelas obras, que são divididas por períodos. desde antes da revolução industrial, até a década atual. Além disso, o mapa destaca instituições voltadas à arquitetura, como Canadian Centre for Architecture em Montreal e o Netherlands Architecture Institute, em Roterdã, e livrarias dedicadas ao assunto, como a Livraria Vilanova Artigas, localizada no térreo do IAB-SP, e a William Stout Architectural Books, em San Francisco, EUA.
Em 2013, Medellín, na Colômbia, foi considerada a cidade mais inovadora do mundo no concurso City of the Year, organizado pelo The Wall Street Journal, competindo com cidades do nível de Nova Iorque e Tel Aviv.
Embora possa parecer improvável, este prêmio não é tão estranho: nos últimos anos, a cidade se converteu em um dos epicentros tecnológicos e intelectuais de maior influência da Colômbia, sem mencionar o importante desenvolvimento urbano que a cidade vem vivendo desde 2010. As infraestruturas integradas à mobilidade, juntamente com intervenções de alto impacto social, converteram Medellín no centro de debate sobre o crescimento e desenvolvimento das cidades latino-americanas.
Nessa seleção de obras de arquitetura, contamos um pouco da história de uma cidade que apostou na consolidação urbana através de espaços públicos de qualidade e projetos que fomentaram a gestão cidadã apoiando o desenvolvimento de zonas marginais em um processo de reconstrução social em que a arquitetura desempenhou um papel importante como ferramenta de formulação espacial.
Há algumas semanas, apresentamos 20 edifícios emblemáticos de Madri que todo arquiteto deveria conhecer, e agora, passamos a Barcelona. E se antes já tivemos dificuldades em eleger os edifícios, no caso da cidade catalã, essa seleção se tornou quase impossível. Portanto, abordaremos a arquitetura de Barcelona em uma série de três artigos.
Barcelona é uma cidade com mais de 4 mil anos de história. Há vestígios de todas estas épocas na cidade, e podemos encontrar desde restos de templos romanos até basílicas góticas. O resultado é que cada esquina se converte em uma lição de história e arquitetura.
Os pontos de vista elevados localizados em alguns edifícios da Cidade Autônoma de Buenos Aires evidenciam a possibilidade de obter outro tipo de compreensão da particular paisagem portenha, caracterizada por sua topografia plana.
Veja, a seguir, alguns dos principais mirantes de Buenos Aires.