O lançamento de um edifício no centro de São Paulo causou certo espanto pelo tamanho dos seus apartamentos: apenas 10 metros quadrados. Isso levantou o debate sobre a tendência do mercado de produzir imóveis cada vez menores e a capacidade desses imóveis de atender às necessidades de seus moradores.
Não há dúvida de que, por um lado, esse produto imobiliário se relaciona com as formas de morar das novas composições familiares. É cada vez mais comum que as residências sejam ocupadas por apenas uma pessoa ou, no máximo, duas. De acordo com dados da Fundação SEADE para 2010, no Estado de São Paulo são quase 40% os domicílios que têm essa característica, sendo 13% até uma pessoa.
Estão abertas as inscrições para o Edital nº 002/2017, do Concurso Público Nacional de Projetos de Urbanismo e Arquitetura no Setor Habitacional Pôr do Sol, em Ceilândia. Os interessados em participar do concurso promovido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB-DF) podem se inscrever até 29 de setembro pelo site.
O objetivo do concurso é selecionar o projeto de urbanismo e arquitetura melhor e mais adequado, que propicie as infraestruturas necessárias e a qualificação do espaço urbano no Pôr do Sol. A proposta abrangerá aspectos de planejamento urbano, mobilidade, infraestrutura, paisagismo, arquitetura de unidades habitacionais e de Equipamentos Públicos Comunitários (EPCs).
A equipe composta pelos escritórios Lacol Arquitectura Cooperativa e La Boqueria obteve o primeiro lugar no concurso de habitações cooperativas de Barcelona no solar Poblenou. Trata-se de uma das primeiras atuações da prefeitura de Barcelona para apoiar as cooperativas habitacionais de cessão de uso.
Os solares situam-se em diferentes bairros da cidade para construir habitações cooperativas com o regime de cessão de uso. O maior valor deste concurso é que se restringe a cooperativas que fomentem um modelo de habitação diferenciado da propriedade ou do arrendamento tradicional.
https://www.archdaily.com.br/br/876717/projeto-vencedor-no-concurso-para-habitacoes-cooperativas-em-barcelonaArchDaily Team
Desde 2009 o programa federal Minha Casa, Minha Vida contratou a construção de 4,6 milhões de unidades habitacionais no Brasil. Dessas, 72,3 mil estão inseridas no Minha Casa, Minha Vida - Entidades, modalidade do programa que tem como objetivo tornar acessível a habitação para famílias organizadas dentro de associações ou movimentos de moradia. Nesse número estão as 396 unidades dos condomínios Florestan Fernandes e José Maria Amaral na Cidade Tiradentes em São Paulo, sob regime de auto-gestão pelo Movimento Sem Terra - Leste 1.
Este documentário, desenvolvido para a disciplina de Estúdio Vertical na Escola da Cidade, é fruto do contato direto com a obra em andamento do mutirão, e surge da necessidade de atualizar a discussão acerca da produção de habitação a partir do regime de mutirão autogestionário. Reunindo depoimentos, entrevistas e imagens de diferentes momentos da luta do movimento social e da construção do conjunto, o filme busca lançar luz à possibilidade de uma revisão do tema, reconhecendo-o como um processo emancipador e formador que resiste como importante contraponto à produção capitalista hegemônica de habitação popular.
O curso de pós-graduação lato sensu Habitação e Cidade, da Escola da Cidade - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, promove em julho a 1ª Edição do Seminário Internacional Modos de Habitar “Arquiteturas Anfíbias”, com inscrições abertas até 30 de junho.
A proposta do encontro será refletir sobre as chamadas palafitas, ou ‘arquiteturas anfíbias’, por sua condição de limiar entre as águas e a dita ‘terra firme’. Trata-se de uma estratégia de ocupação característica de várias regiões do Brasil, algumas das quais – junto às cidades do Recife e de Belém – já foram
A comunidade de Londor, na Índia, é constituída por 112 pessoas que vivem em situação de extrema pobreza e cuja atividade econômica é a procura por cabelo humano para venda em salões de cabeleiro. Em novembro de 2015, uma inundação provocada pelas chuvas torrenciais e o transbordamento de uma represa local afetou as já precárias habitações da comunidade, deixando as construções existentes em estado de degradação ou mesmo completamente destruídas.
Através do projeto com elementos locais, como o bambu e a telha de fibra de folha de palmeira tecida artesanalmente, os arquitetos do Programa VACA, juntamente com a My Name is Kumar Foundation, buscaram soluções de fácil implementação, ampliação e manutenção: habitações e espaços comunitários que deviam ser construídas pela própria comunidades, auxiliada por dez voluntários internacionais. As habitações construídas apresentam 35m² e contam com uma planta livre.
Projetar habitação é uma problemática aparentemente simples, mas é a mais difícil da arquitetura. A habitação é o tema mais antigo da formação do homem. É possível escrever a história da civilização, desde os primórdios do homem primitivo até hoje, analisando apenas a evolução dos modos de viver.
A situação atual dos centros tradicionais das cidades brasileiras expressa resultados de ações dos diversos agentes que atuam naqueles espaços, sendo eles de natureza técnica, política, econômica, cultural e social. Nos anos 70 do século XX, a expansão urbana foi responsável por transformações territoriais que alteraram suas características originais, promovendo o esvaziamento populacional e paralelamente a diluição física e funcional do centro, que já não supria as necessidades de uma população em franco crescimento.
Uma atração turística popular e uma experiência arquitetônica bizarra, as Casas Cubo (Kubuswoningen) localizam-se no Oude Haven, a parte mais histórica do porto de Roterdã. Após sua destruição durante a Segunda Guerra Mundial, o arquiteto Piet Blom foi convidado a reconstruir a área com uma arquitetura de destaque, apresentando-lhe a oportunidade de aplicar a sua exploração de habitações cúbicas anterior em Helmond para um contexto mais urbano. Conhecido por seu desejo de desafiar convenções, Blom não queria que o Kubuswoningen se assemelhasse a uma habitação típica; ele esforçou-se para dissolver a atitude de que "um edifício tem de ser reconhecido como uma casa para que possa ser qualificado como habitação." Durante uma época em que a reconstrução de Roterdã era fundamental, Kubuswoningen serviu como um precedente influente para o desenvolvimento arquitetônico progressivo e inovador.
A Escola da Cidade, como parte do programa do curso de pós-graduação Geografia, Cidade e Arquitetura, recebeu os arquitetos Jack Couriel e Raúl Vallés para discutir as cooperativas habitacionais no Uruguai.
Jack Couriel iniciou a aula apresentando dez aspectos conceituais das políticas públicas que geraram a Lei das Cooperativa. Em seguida, Raúl Vallés compartilhou sua experiência na cooperativa de mutirão e comentou o Cooperativismo como ferramenta de reabilitação física e social nas áreas centrais de Montevideo.
Neste artigo, Marcos Parga, diretor do MAPAA, de Madrid, apresenta um ensaio exploratório sobre as possibilidades de viver em centros urbanos desenvolvidos, tendo como estudo de caso um local entre duas empenas existentes em Madri. O objetivo do exercício do MAPAA é buscar maneiras de aproveitar os benefícios da vida rural, como o contato com a natureza, na cidade.
A proposta busca atender a demanda por novas unidades habitacionais na Região Administrativa de Samambaia | DF, assim como colaborar na construção de uma nova urbanidade, requalificando os 5 terrenos programados para implantação. O edifício se insere no sítio e dialoga com ele de forma aberta, liberando visuais e relações espaciais com o entorno e baseando o partido do projeto em 5 conceitos principais:
O Concurso para edifícios de usos misto em Sol Nascente – trecho 2, organizado pela CODHAB/DF, teve o resultado divulgado recentemente. Veja a seguir a proposta que recebeu menção honrosa, desenvolvida pelo escritório Vigliecca & Associados
Em novembro de 1960, foram erguidos os primeiros blocos habitacionais pela Câmara de Desenvolvimento e Habitação de Singapura, em resposta à grave falta de moradia para os 1,6 milhões de cidadãos do país. Avançando rapidamente para 2017, mais de 80% da população do país vive em conjuntos habitacionais, e destes, mais de 90% é proprietária da residência onde reside. Muitas vezes pintados em cores vibrantes, os conjuntos dão ênfase aos espaços sociais comunitários, frequentemente mantendo o térreo dos blocos como espaços públicos abertos. Estes podem incluir áreas para vendedores ambulantes, bancos, mesas, churrasqueiras e pavilhões onde os moradores podem socializar protegidos do sol.
Este ensaio se apresenta na ocasião da Oficina de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social que será realizada pela assessoria técnica Peabiru TCA em Florianópolis nos dias 17, 18 e 19 de março, financiada coletivamente e que surgiu de uma iniciativa do IAB-SC com um grupo de profissionais comprometidos com a função social da arquitetura.
A assistência técnica em habitação de interesse social no Brasil tem uma longa história. Cooperativas gaúchas, movimentos populares pela moradia em São Paulo e mutirões de Goiás, entre outras experiências, há várias décadas arquitetos vêm assessorando a população de baixa renda na produção das suas moradias e, em termos gerais, na produção de cidade. Com o restabelecimento da democracia em 1988, a assistência técnica começou a ter apoio institucional, permitindo trabalhar projetos de grande escala e avançar na consolidação de um modelo de produção não submetido aos interesses dos capitais imobiliário e financeiro. Em 2001, o Estatuto da Cidade reconheceu a assistência técnica como um dos instrumentos para atingir o seu principal objetivo, a saber, ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana. Em 2008 finalmente foi aprovada a Lei 11.888 de Assistência Técnica Pública e Gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social. O problema que visa resolver é simples: se uma família ganha menos de três salários mínimos, como vai poder contratar um arquiteto para projetar e construir uma moradia segura que cumpra as exigências legais urbanas e habitacionais?