Se há apenas alguns anos a impressão 3D era vista com uma certa desconfiança, várias notícias recentes têm mostrado que essa é uma tecnologia possível, viável e que veio para ficar. No dia 30 de abril de 2021 os inquilinos da primeira casa de concreto impressa na Holanda receberam suas chaves. A casa em Eindhoven - a primeira de cinco dentro do ‘Projeto Milestone’ - cumpre totalmente com todos os rigorosos requisitos de construção do país.
Habitação coletiva: O mais recente de arquitetura e notícia
O futuro é agora: casas impressas em 3D começam a ser habitadas na Holanda
Pavilhão da Arábia Saudita na Bienal de Veneza explora encontros sociais dentro de casa
Intitulado Acomodações, o Pavilhão da Arábia Saudita na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza se propõe a analisar encontros sociais e espaciais de hospedagens e casas no território saudita, lugar onde histórias, protocolos e gestos estão entrelaçados. Com curadoria de Hussam Dakkak, Basmah Kaki, e Hessa AlBader, junto com os curadores de Brooklin, Uzma Z, Rizvi e Murtaza Vali, a exposição irá acontecer de 22 de Maio a 21 de Novembro de 2021.
Habitação Social: 60 exemplos em planta
Habitação Social é um dos principais temas quando pensamos o direito à cidade, pois fornecer moradia digna a todos em zonas urbanas de boa conexão é fundamental para a construção de territórios mais democráticos.
Infelizmente, em muitos países o termo "Habitação Social" ainda é visto como um empreendimento imobiliário que busca construir o maior número possível de unidades, com os materiais mais baratos e sem preocupação com a qualidade de vida de seus moradores - se fechando em um objeto imobiliário ao invés de servir à urbe e às pessoas. Embora este fato seja recorrente, existem diversos exemplos que retrataram o oposto desta ideia, nos quais arquitetos ao desenhar manifestam seu ponto de vista político através de projetos excepcionais em suas diferentes soluções e que também aprimoram a experiência urbana.
Evolução da planta residencial: da Revolução Industrial ao período entre Guerras
A introdução de novas técnicas e materiais, juntamente com as inovações na infraestrutura, resultantes da revolução industrial, abriu o caminho para a habitação vertical. Investigando especificamente um período de tempo em que um fluxo populacional foi direcionado para as cidades e as divisões de classes sociais foram questionadas, este artigo analisa a evolução da planta residencial na Europa entre 1760 e 1939.
Estudando a transformação da unidade habitacional durante a revolução industrial até o período entre guerras, este artigo destaca quatro exemplos proeminentes que repensaram os layouts tradicionais e responderam aos desafios de sua época. Ainda hoje influentes, os modelos mencionados, restaurados para uso, fazem parte do tecido urbano do século XXI. Localizados em Londres, Paris, Amsterdã e Moscou, as plantas mostram os padrões de bem-estar interior em constante mudança, diretamente ligados a uma metamorfose mais ampla, equalizando e proporcionando o crescimento das populações urbanas. Descubra a evolução das unidades habitacionais, desde as casas geminadas até as cidades-jardim da Inglaterra; o Bloco de Haussmann, uma vida vertical para uma burguesia moderna; a Extensão de Amsterdã, das Alcovas aos Blocos de Habitação Social; e a Transition Type House na Rússia.
Abordando os desafios climáticos, habitacionais e de equidade social
Para celebrar o retorno às aulas, a Northeastern University de Boston, Massachussets, em parceria com a The Rudy Bruner Award for Urban Excellence (RBA) está organizando uma série de conferências virtuais para os seus alunos e todos os demais interessados (cadastre-se aqui), um evento que conta com a participação de palestrantes das cidades de Boston, Dallas, Los Angeles e Nova Iorque. Chamado de Myra Kraft Open Classroom Inspiring Design: Creating Beautiful, Just, and Inspiring Places in America, o programa de 14 semanas está focado na divulgação de projetos de planejamento urbano capazes de promover a inclusão e a igualdade social, promovendo a resiliência de comunidades locais frente aos principais desafios do presente, como a crise climática, a pandemia de COVID-19 e o déficit habitacional. Os palestrantes estão aproveitando desta oportunidade para reforçar o valor do engajamento das lideranças locais e da capacitação e formação das comunidades na implementação de projetos de planejamento urbano mais inclusivos e equitativos. Os principais tópicos das palestras realizadas até agora respondem à três diferentes seções temáticas: Planejando Igualdade, Engajando Comunidades, e Promovendo Igualdade Social, com outras duas seções programadas para irem ao ar nos próximos dias.
Casa Verde / Sean Godsell Architects
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Arquitetos: Sean Godsell Architects
- Área: 77 m²
- Ano: 2014
O que acontece quando o código de obras determina a arquitetura?
Em um mundo ideal, arquitetos teriam total liberdade para projetar tudo aquilo que fossem capaz de imaginar. Mas na realidade, não é bem assim que as coisas funcionam. Fato é que desenhar em uma folha em branco nem sempre significa ter todas as possibilidades do mundo à nossa disposição, a arquitetura, como uma profissão regulamentada, é regida por uma série de códigos e leis, quando não pelos desejos dos clientes, por limites orçamentários ou outros fatores ainda mais complexos. Em se tratando de códigos de obras, muitas vezes eles “engessam” a arquitetura, forjando novas tipologias, programas e formas—da famosa “torre-plataforma” ao onipresente “dois mais cinco”. O resultado disso, muitas vezes, culmina em edifícios repetitivos e uma estética urbana monótona e sem graça.
SEHAB Heliópolis / Biselli Katchborian Arquitetos
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Arquitetos: Biselli Katchborian Arquitetos
- Área: 31330 m²
- Ano: 2014
23 Unidades Habitacionais Semi-Coletivas / Lacaton & Vassal
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Arquitetos: Lacaton & Vassal
- Ano: 2010
O que o mercado imobiliário nos diz sobre as migrações de volta às cidades?
Quase um ano após o início da pandemia de COVID-19, parece que estamos começando a recuperar minimamente o sentido de normalidade—ou de uma nova normalidade. Com a esperança injetada pela chegada das primeiras vacinas, voltamos a pensar sobre o futuro e os impactos da pandemia em nossos modos de vida. Durante o primeiro lockdown, testemunhamos um esvaziamento da maioria dos grandes centros urbanos, passando a habitar cidades fantasmas à medida que aqueles que podiam, buscavam refúgio em áreas menos densas e próximas à natureza. Passamos a nos questionar se estávamos de fato vivendo um fenômeno de êxodo urbano, contrário ao alarmante incremento da população urbana testemunhado ao longo das últimas décadas. Esta tendência, entretanto, foi apenas temporária e as pessoas estão finalmente voltando para a cidade.
Viver em Dakar, um estudo sobre a habitação e o desenvolvimento futuro do Senegal
Lançada pelo Goethe Institut, Habiter Dakar (Habitar em Dakar) é uma exposição virtual que aborda a habitação na capital senegalesa. O estudo foi liderado por Nzinga Mboup e Caroline Geffriaud, ambas arquitetas baseadas em Dakar. Elas observaram que a atual oferta habitacional da cidade está particularmente distante das necessidades de seus habitantes, seja a nível cultural, social ou ambiental.
As arquitetas analisaram a progressão que havia ocorrido no desenvolvimento da paisagem urbana e nas moradias da capital senegalesa, desde o tradicional estilo de vida até os atuais modelos internacionais de moradias que parecem desconectados da realidade cotidiana da maioria dos habitantes da cidade. O estudo centra-se na Habitação, que é uma parte essencial da formação e evolução de Dakar e sugere importantes reflexões teóricas e concretas para o futuro desenvolvimento da metrópole africana.
Startup colombiana usa resíduos de café para fabricar casas populares
Entre os problemas sociais que a Colômbia enfrenta, está a falta de moradia digna para boa parte da população. Uma pesquisa do centro de estatística populacional do país revelou que 35% dos colombianos estão dentro da faixa de pobreza, sem acesso à condições de vida adequadas.
Com a construtora Woodpecker, a resposta para este problema pode estar justamente em outra questão que precisa de solução no país: os resíduos da produção de café, já que a Colômbia é um dos maiores produtores mundiais.
Economia urbana e acessibilidade à moradia: conversa com Tainá Pacheco e Vanessa Nadalin
Como é calculado o déficit habitacional? O Minha Casa Minha Vida aumentou a acessibilidade à moradia? O que é Outorga Onerosa? Para responder a essas e outras perguntas o Caos Planejado recebeu Tainá Pacheco e Vanessa Nadalin para uma conversa.
Um quilômetro de habitações: o complexo residencial Corviale, em Roma
Com cerca de um quilômetro de extensão, o complexo residencial Corviale, localizado na periferia sudoeste de Roma, foi idealizado na década de 1970 como uma alternativa à expansão dos bairros-dormitórios nos subúrbios romanos, consequência do aumento populacional significativo entre as décadas de 1950 e 1970 — quando a cidade passou de aproximadamente 1,6 milhão para 2,7 milhões de habitantes — e do consequente espraiamento urbano nas zonas periféricas.
Também conhecido como Serpentone, por suas extensas dimensões, o projeto foi realizado por uma equipe de arquitetos coordenada por Mario Fiorentino entre 1972 e 1974. A construção ocorreu entre os anos de 1973 e 1982, mas a intenção inicial de destinar o quarto pavimento do edifício principal do complexo para usos de comércio, serviços e áreas comuns foi abandonada devido à falência da empresa responsável pela execução da obra. Ao longo do tempo, o pavimento foi tomado por ocupações informais e o acontecimento é tido como a origem dos problemas deste emblemático projeto na história da habitação na Itália.
Prêmio EU Mies van der Rohe 2022 divulga lista de obras selecionadas
O Prêmio da União Europeia para a Arquitetura Contemporânea, Prêmio Mies van der Rohe, acaba de anunciar as primeiras 449 obras para concorrer na sua edição de 2022. Selecionados em 279 cidades de 41 países, os projetos foram nomeados por especialistas europeus independentes, associações nacionais de arquitetura e pelo Comitê Consultivo do Prêmio.
Habitação não pode ser um bom investimento e acessível ao mesmo tempo
A promoção da casa própria como uma estratégia de investimento é uma proposta arriscada. Nenhum consultor financeiro recomendaria contrair dívidas para aplicar uma parte tão grande de suas economias em um único ativo financeiro, qualquer que seja, por ser uma grande concentração de risco.
Pior ainda, esse risco não é aleatório: ele recai mais pesadamente sobre os compradores de baixa renda, que recebem condições de financiamento piores e cujos bairros são sistematicamente mais propensos a ter valores residenciais mais baixos ou mesmo em queda, causando resultados devastadores sobre a diferença de riqueza entre grupos raciais.
Edifício de Apartamentos Rundeskogen / dRMM + Helen & Hard
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Arquitetos: Helen & Hard , dRMM
- Área: 14250 m²
- Ano: 2013
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Fabricantes: Hunter Douglas, Arkos, Trespa