Quando se pensa em arquitetura no cinema alguns nomes conhecidos vêm logo à mente: Michelangelo Antonioni, Wim Wenders, Jacques Tati, Wes Anderson, entre diversos outros que lançam, através de seus filmes, um olhar sobre a arquitetura que é, sem dúvida, digna de atenção por parte dos arquitetos.
Entretanto, raros são os cineastas que dedicam suas obras exclusivamente à arquitetura, ao objeto construído, inserido em seu contexto - seja urbano, suburbano ou rural. Mesmo que se argumente que, em Playtime, Tati atribua à arquitetura uma importância que não se limita ao pano de fundo; e mesmo que em Metropolis de Fritz Lang a imagem da cidade distópica seja, talvez, a que mais perdure na memória de quem assistiu à película, a narrativa destes filmes não se limita à arquitetura (ou à cidade), mas envolve personagens, diálogos, trilha sonora e todas as tensões estabelecidas por esses elementos.