A luz natural é um dos elementos mais críticos na arquitetura. Embora imaterial e difícil de controlar, desempenha um papel crucial na definição de como o espaço é percebido em termos de escala, texturas, materialidade e atmosfera geral. A luz natural também afeta as emoções que as pessoas sentem em um espaço, seja por sua ausência ou abundância. Mas, assim como a luz impacta a arquitetura, a arquitetura também impacta a luz. Através do enquadramento de vistas, criando massas tridimensionais que lançam sombras marcantes, ou esculpindo vazios que criam projeções de luz únicas, alguns arquitetos dominaram técnicas de projeto que integram perfeitamente luz e volumetria — e talvez um dos melhores nisso tenha sido o arquiteto veneziano Carlo Scarpa.
Iluminação e Arquitetura: O mais recente de arquitetura e notícia
Carlo Scarpa: o mestre da escultura e da luz
Solar Decathlon Europe: iluminação sustentável combina engenharia e design
O lema do Solar Decathlon Europe 21/22 era converter e expandir em vez de demolir e reconstruir. A reciclagem de janelas, o uso de materiais biodegradáveis nas luminárias e a conexão da luz com sensores são apenas alguns exemplos inovadores da competição internacional de estudantes universitários em Wuppertal, na Alemanha. Pela primeira vez, o concurso apresentou um prémio de iluminação arquitetónica sustentável. Esta era uma questão de qualidade e de quantidade, e se aplica à luz do dia e à luz artificial.
Os jardins se tornaram um privilégio?
Seja uma pequena varanda, um acesso a uma área verde ou um jardim privado, o espaço exterior tornou-se um privilégio para muitos, especialmente com o início da pandemia de Covid-19 e os vários períodos de lock down subsequentes. O espaço verde na cidade está constantemente sob ameaça do mercado ou de governos que buscam aumentar a densidade habitacional para alimentar uma demanda crescente por desenvolvimento suburbano. Como resultado, os jardins e o acesso a espaços verdes/exteriores têm diminuído nos últimos anos em algumas grandes cidades do mundo, uma vez que a prioridade é abrigar o maior número de pessoas possível em empreendimentos residenciais, muitas vezes desconsiderando características benéficas como o acesso a áreas externas.
Em termos de condições de vida, a falta de acesso a esses espaços apresenta desigualdades evidentes, reveladas em períodos de confinamento e restrições durante a pandemia. As pessoas foram confinadas em suas casas e espaços ao ar livre locais, onde poderiam se exercitar. Quem teve acesso a estes espaços públicos e teve os seus próprios jardins/espaço exterior teve muita sorte no sentido de poder usufruir de um elemento do exterior. Enquanto os menos afortunados em apartamentos e áreas pobres enfrentavam condições claustrofóbicas e desmoralizantes, contidas dentro da concha de suas casas.
Steven Holl vence o Prêmio Daylight 2016
Steven Holl foi premiado com o Prêmio Daylight de Arquitetura 2016, que homenageia arquitetos "que se distinguiram pela realização da arquitetura ou criação de ambientes urbanos que mostram um uso exclusivo da luz natural, em benefício da qualidade de vida global, seu impacto na saúde humana, bem-estar e desempenho, e seu valor para a sociedade."