No século XXI, a relação entre artes plásticas e cinema é um tópico crucial dos debates culturais. Artistas que fazem filmes, cineastas que fazem exposições, filmes que são instalações, imagens que são esculturas. Criadores oriundos, por formação ou carreira, da área do cinema ou das artes plásticas trabalham, ao mesmo tempo, objetos e imagens, fixas ou em movimento, testando os limites mais avançados da imaginação e da liberdade — ou seja, da arte. Os filmes de Apichatpong Weerasethakul — como Blissfully Yours, O Tio Boonmee, que se Lembra das Suas Vidas Anteriores (Palma de Ouro 2010, Cannes) ou Cemitério do esplendor — e de Joaquim Sapinho — Corte de Cabelo, Mulher Polícia ou Deste Lado da Ressurreição — produziram momentos únicos que ajudaram a redesenhar a paisagem visual de hoje.