Sempre desejei comentar essa definição de arquitetura do Jorge Moreira. Ela me provoca há anos, desde que foi colocada em um grande painel no 5º andar do edifício da FAU, na Ilha do Fundão no Rio de Janeiro, onde leciono.
Vejo nela muitas coisas verdadeiras sobre as quais todo estudante deve refletir. É mais que uma definição de arquitetura. É também uma definição do papel do arquiteto na sociedade, pelo menos segundo um determinado ponto de vista, a romântica atitude modernista de uma época. Mas vejo também neste texto algumas dissonâncias, não do tipo criativo, resultante da inserção de notas estranhas aos acordes perfeitos, mas do tipo de dissonâncias resultante de cordas desafinadas. É isto que desejo comentar porque esse texto expressa muitos problemas vividos pelo arquiteto na relação com sua profissão e com o cliente.