Ao longo do ano, a equipe de curadoria do ArchDaily se dedica em abastecer e expandir nossa biblioteca de projetos. Distribuídas por todo o mundo, cada curadora analisa cuidadosamente os melhores projetos provenientes de suas respectivas regiões, em um esforço para alcançar uma representação diversificada das mais inspiradoras e inovadoras obras construídas. A equipe está sempre buscando por práticas emergentes, novas tecnologias e o resgate de técnicas de construção tradicionais. Ao promover tanto iniciativas de cunho social, bem como grandes obras de arquitetos renomados, procuramos oferecer uma visão holística atual do ambiente construído, que é transmitida por meio da retrospectiva anual de projetos.
Junya Ishigami + Associates: O mais recente de arquitetura e notícia
Os melhores projetos de arquitetura de 2024
O poder das emoções: como o espaço nos comove?
“O sabor da maçã está no contato da fruta com o paladar, não na fruta em si”, disse uma vez Jorge Luis Borges. O gosto não é algo em si, sua experiência é o resultado de um encontro. Da mesma forma, as emoções não estão contidas na arquitetura, mas são sentidas apenas a partir do encontro do corpo com o espaço, quando este se torna um lugar. Como o ambiente afeta o modo como nos sentimos? Essa é a pergunta que move a dupla de artistas e cineastas Ila Bêka e Louise Lemoine em seu mais recente empreendimento, o livro The Emotional Power of Space, que será lançado no dia 17 de maio em evento que antecede a abertura da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023.
Três projetos brasileiros entre os vencedores do Prêmio ArchDaily Building of the Year 2023
Com mais de 150 mil votos recebidos ao longo das últimas três semanas, temos o prazer de apresentar os vencedores do Prêmio ArchDaily Building of the Year 2023. Este prêmio de arquitetura é atribuído pelos leitores do ArchDaily, que filtraram entre milhares de projetos os 75 finalistas e, posteriormente, as 15 melhores obras de arquitetura que foram publicadas em 2022.
A escala deste prêmio é um reflexo do quão importante é a arquitetura hoje, à medida que a complexidade cada vez maior de nosso mundo aumenta a pressão e as demandas sobre nosso ambiente construído. Para lidar com questões como a crise climática, escassez de energia, densidade populacional, desigualdade social, escassez de moradias, urbanização acelerada, identidade local e segregação, a arquitetura precisa se abrir. Estamos felizes em ver como as questões levantadas por este prêmio ganharam atenção global. Veículos de fora do campo da arquitetura, como a Globo ou o El País, comentando que “isso é o que consideramos uma boa arquitetura”. O reconhecimento da profissão vai além de suas fronteiras habituais e é capaz de motivar, alegrar e emocionar um número cada vez maior de pessoas que entendem a importância de nosso ambiente construído e seu impacto na qualidade de vida das pessoas.
Os vencedores são um exemplo concreto do que a sociedade reconhece como boa arquitetura, mas também do que se exige dela. Assumimos a responsabilidade de continuar desenvolvendo o espírito do prêmio, fortalecendo a contribuição de nossa comunidade com base em suas preferências, juntamente com a voz de um público mais amplo de fora da arquitetura.
O Prêmio ArchDaily Building of the Year é oferecido pela Dornbracht, empresa conhecida internacionalmente por seus produtos para cozinhas e banheiros.
Casa & Restaurante / junya ishigami + associates
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Arquitetos: junya ishigami + associates
- Área: 270 m²
- Ano: 2022
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Fabricantes: Akita Kensetsu Co., Ltd.
Junya Ishigami vence o primeiro Prêmio Obel com projeto de jardim artificial
A primeira edição do Prêmio Obel foi concedido ao projeto Art Biotop Water Garden de Junya Ishigami + Associates. Anunciado em uma cerimônia no Utzon Center em Aalborg, na Dinamarca, o prêmio reconhece as conquistas arquitetônicas e é apresentado anualmente pela Fundação Henrik Frode Obel. O prêmio é de 100.000 euros e uma obra do artista Tomás Saraceno.
Faça um passeio virtual pelo Serpentine Pavilion 2019
Para aqueles que não podem experienciar fisicamente o Serpentine Pavilion de Junya Ishigami, em Londres, o fotógrafo Nikhilesh Haval, do estúdio nikreations, publicou um passeio virtual pela estrutura. Semelhante às produções anteriores do pavilhão 2018 de Frida Escobedo, do pavilhão 2016 do BIG e do pavilhão 2015 do SelgasCano, o tour permite que os espectadores experimentem o espaço livre que define o pavilhão.
Serpentine Gallery proíbe os escritórios de envolver estagiários não remunerados em seus projetos
Após vir à público que os arquitetos responsáveis pelo projeto do Serpentine Pavilion de 2019 não estavam pagando os estagiários envolvidos no projeto do pavilhão, a Serpentine Gallery solicitou diretamente que os responsáveis pelo escritório Juny Ishigami + Associates, revisassem seus péssimos hábitos e remunerassem todos os envolvidos no projeto do pavilhão. O escritório de arquitetura japonês é apenas mais uma das muitas empresas do ramo que explora jovens profissionais, oferecendo trabalho em troca de "experiência". As duras críticas da Serpentine vieram à tona depois de um suposto e-mail ter sido veiculado pelo The Architects’Journal, onde um dos estagiários fala sobre a falta de remuneração, a pesada carga horária e as intermináveis horas extras.
"É preciso muito mais que apenas imaginação para se fazer arquitetura": entrevista com Junya Ishigami
Em minha recente visita ao Japão tive a oportunidade de encontrar-me com uma das principais figuras do momento no cenário arquitetônico japonês. Junya Ishigami recebeu-me em seu estúdio pra lá de experimental (além de muito internacional) em Tóquio, uma das experiências mais memoráveis pelas quais passei ao longo dos últimos anos. Seu entusiasmo incontido é arrebatador, principalmente quando ele fala à respeito de sua própria arquitetura ou aquilo que pensa em relação à nossa querida profissão. Junya acredita que a arquitetura contemporânea “ainda não é suficientemente livre”. E é exatamente aí que ele começa a se posicionar. Junya tem buscado libertá-la, desvencilhar-se desta inércia determinante que define e limita a arquitetura nos dias de hoje. Ele procura desenvolver uma arquitetura que seja leve e liberta, projetos inspirados em metáforas improváveis como as nuvens ou a tranqüilidade da superfície da água. “Precisamos introduzir mais diversidade na arquitetura contemporânea, é preciso dar novas respostas aos sonhos das pessoas ... Eu quero levar a arquitetura para o futuro, criar novas condições que nunca foram pensadas antes”, diz Ishigami. O arquiteto japonês inaugurou recentemente duas exposições em forma de manifesto na cidade de Paris, questionando a natureza e o propósito da arquitetura nos dias de hoje. Junya é um visionário que parece um pouco fora de moda naquela que talvez seja a mais incerta das profissões.
Renzo Piano e ELEMENTAL entre os 8 finalistas do concurso internacional "Qatar's Art Mill"
A instituição Qatar Museums anunciou uma lista de oito finalistas que irão para a terceira e última fase da Art Mill International Design Competition em Doha. Em um terreno que se estende pelo Mar Árabe, que só foi ocupado recentemente pelo Qatar Flour Mills, o Art Mill integrará uma galeria e uma espaço para exposições com instalações para educação, eventos, conservação, manuseio de arte e pesquisa. Unindo o Museum of Islamic Art, projetado por I.M. Pei, com o National Museum of Qatar, projetado por Jean Nouvel e ainda em construção, segundo a organização do concurso, o "Art Mill estenderá e intensificará o bairro cultural que está sendo desenvolvido em Doha”.
Arquitetos chilenos e japoneses trabalham em conjunto para a próxima etapa de Ochoalcubo
Recentemente, na inauguração da Semana da Madeira, foram iniciadas as etapas 3 e 4 do projeto Ochoalcubo, com uma conferência entre dois grandes exponentes da arquitetura internacional; o japonês Ryue Nishizawa (SANAA), Pritzker 2010, e o chileno Alejandro Aravena, jurado do Prêmio Pritzker. Alguém poderia se perguntar, além da profissão e do prêmio Pritzker, quais são os aspectos que unem esses dois arquitetos para que estejam envolvidos no mesmo projeto? Para a equipe do Ochoalcubo, a resposta está no "cinturão de fogo". A região terrestre onde têm ocorrido os maiores terremotos do mundo, que assolou o Chile em 2010 e, um ano depois, fez estremecer o Japão. Com esse ponto de convergência e a exitosa participação do arquiteto japonês Toyo Ito na primeira etapa do projeto, oito arquitetos chilenos e oito arquitetos japoneses estão hoje trabalhando no projeto de 16 residências que dialogarão entre si nas montanhas da região central do Chile.
Conheça a história desse laboratório de arquitetura chamado Ochoalcubo e as propostas que mudarão a cara do setor de Los Vilos com desenhos de Kazuyo Sejima, Ryue Nishizawa, Sou Fujimoto, Kengo Kuma, Alejandro Aravena e Cristián Undurraga, entre outros grandes nomes da arquitetura.
Arquitetos japoneses e chilenos colaboram para projetar as casas do Ochoalcubo
Ochoalcubo é um projeto pioneiro no Chile que busca unir influentes arquitetos e escritórios chilenos e japoneses. A iniciativa colaborativa foi iniciada por Eduardo Godoy, um empresário que começou a trabalhar no Chile nos anos 80 e que sempre apoiou a inovação no design e arquitetura do país. Para um país que conta com mais de quarenta escolas de arquitetura, o número crescente de profissionais parece ter um impacto relativamente pequeno nas cidades chilenas. Cansado das "mesmice" que se constrói nos subúrbios, Godoy implementou o projeto Ochoalcubo visando proporcionar oportunidades para jovens profissionais, além de fomentar um novo tipo de apreciação da própria profissão.
Veja, a seguir, imagens de todas as dezesseis propostas das etapas 3 e 4 do Ochoalcubo, incluindo os projetos do SANAA, Sou Fujimoto, Kengo Kuma, Alejandro Aravena e Atelier Bow Wow.
Ochoalcubo: Japao + Chile
No Chile, um projeto muito especial está sendo desenvolvido.
Eduardo Godoy, um empresário de design que começou seu negócio no Chile na década de 80, sempre foi um defensor do design e arquitetura no país. No Chile, mais de 40 escolas de arquitetura têm inundado o mercado, mas o número cada vez maior de profissionais tem tido um impacto relativamente pequeno sobre as cidades chilenas. Vendo a quase infinita paisagem de conjuntos habitacionais nos subúrbios, Godoy perguntou-se: Por que não romper este modelo em pequenos pedaços, cada um projetado por um arquiteto em particular, proporcionar uma oportunidade para cada jovem profissional? Com isto em mente, e a intenção de promover a valorização dos arquitetos, Eduardo e sua equipe em Interdesign começou um projeto chamado "Ochoalcubo" . Sua ideia original era fazer oito projetos, com 8 edifícios projetados por oito arquitetos diferentes, onde a singularidade de cada peça é fundamental, a fim de demonstrar como a individualidade do arquiteto pode resultar em uma boa arquitetura.