Em outubro de 2014, quando o Presidente de Burkina Faso, Blaise Compaoré, estava se preparando para fazer uma emenda à constituição do país que iria eliminar o tempo limite de mandado presidencial e o permitira estender seu mandato de 27 anos, dez mil cidadãos de Burkinabé na capital de Ouagadougou romperam os isolamento policial para atear fogo em vários edifícios governamentais que incluíam a prefeitura, a sede nacional do partido em mandato atual, e o edifício da Assembléia Nacional. Nos dias atuais, o presidente Compaoré recuou, inaugurando uma nova era de governo democrático resultando na primeira eleição presidencial pluralista e competitiva do país em 2015.
Mas a revolução deixou o antigo complexo governamental em ruínas e em extrema necessidade de uma direção clara para o futuro, tanto culturalmente como arquitetonicamente. Enquanto antiga colônia francesa, Burkina Faso é o lar de 19 milhões de pessoas, 50 etnias diferentes e mais de 60 línguas. O país precisava de um novo Parlamento que servisse de base comum para esses grupos diversos, enquanto proporcionaria tecnologia e educação necessária para criar oportunidades e melhor qualidade de vida para todos cidadãos.
Para encontrar esta solução, o novo chefe do Parlamento comissionou no ano passado o arquiteto e nativo burkinabês Francis Kéré para desenvolver um edifício e masterplan para o edifício da Assembléia. O novo edifício, nas palavras do arquiteto, deveria ser um edifício "que não apenas dirigisse os valores que são os valores democráticos fundamentais de transparência, abertura e igualdade, mas também se tornaria catalizador para o crescimento e desenvolvimento para a capital da cidade de Ouagadougou como um todo."