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Arquitetos: Nelly Prodan Design
- Área: 62 m²
- Ano: 2020
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Fabricantes: CEA, Casabath, Casabath Soho, Equipe, Iris, +4
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Após o fim da Segunda Guerra Mundial e com a clamorosa vitória dos Aliados sobre a Alemanha Nazista, a União Soviética se consolidou como uma das principais potências emergentes junto aos Estados Unidos, ampliando seu limites e expandindo sua influência e domínio sobre um vasto território da Europa Central à Ásia. Ao longo da segunda metade do século XX, em um período marcado por uma vaidosa disputa ideológica contra os EUA, a União Soviética utilizou a arquitetura como uma ferramenta para estabelecer uma aparente uniformidade e concordância sobre um território ocupado extremamente diverso e policromático. Neste contexto, procurava-se combater as especificidades locais em favor da supremacia de uma nova sociedade unificada e homogênea. No entanto, na prática, a arquitetura se mostrou suscetível a adaptações e influências locais—principalmente nos distantes territórios ocupados pela URSS na Ásia Central. Dito isso, este artigo ilustrado com fotografias de Roberto Conte e Stefano Perego procura analisar as especificidades e desdobramentos da arquitetura soviética em um território historicamente excluído das principais narrativas modernas, revelando todas as nuances de seu patrimônio construído e a variedade de tons de suas paisagens urbanas.
O concurso para jovens profissionais CANactions foi lançado em 2009 pelo Instituto de Arquitetura Dessau (DIA / Alemanha) e pela Escola CANactions. A competição tornou-se um "caminho profissional para a Europa" para estudantes e jovens profissionais ucranianos. Desde então, mais de 1000 projetos foram recebidos, entre os quais 118 finalistas foram selecionados por membros do júri internacional. O concurso para jovens profissionais acontece em duas etapas, não tem restrições no número de participantes e é destinado a jovens arquitetos ucranianos com menos de 35 anos. A vencedora deste ano foi Mariia Semibratova com uma proposta urbana de cooperação e colaboração criativa na área de Podil, Kiev.
Aproveitando-se da falta de regulamentação e fiscalização no país, muitos ucranianos desenvolveram formas criativas —e não menos ilegais— para lidar com o problema da falta de espaço em seus apartamentos, estruturas majoritariamente construídas em tempos de união soviética. Este é o plano de fundo do curta metragem Enter Through The Balcony, um documentário dirigido pelo diretor ucraniano Roman Blazhan que explora um dos principais fenômenos da arquitetura ucraniana nos dias de hoje, apresentando um panorama completo do atual contexto econômico, social e cultural da Ucrânia pós-soviética.
Além de revelar uma postura singular em relação ao espaço privado versus espaço público, a forma com que os ucranianos se apropriam destes espaços improvisados denuncia também os antagonismos de um projeto universalizante e a liberdade individual e de expressão, uma contrariedade que ainda hoje permeia a vida de muitas pessoas que habitam em estruturas similares em países do antigo bloco soviético.
Por definição, “espaço público” é uma terminologia que aborda a noção de propriedade da terra, sugerindo que esse não pertence a ninguém em particular, mas ao próprio estado e portanto, a todos e cada um de nós. Isso significa que a manutenção destes espaços é uma obrigação que recai sobre as administrações públicas, seja em âmbito municipal, estadual ou federal. Abertos, gratuitos e acessíveis, espaços públicos encontram a sua relevância não apenas em suas definições legais, mas principalmente quando assumem um papel ativo em direção à mudança.
Espaços públicos são lugares de protestos e manifestações – poderosas ferramentas de expressão social e transformação política. Desde a marcha em Washington por melhores oportunidades e liberdade de expressão em 1963, passando pela Primavera Árabe em 2010 até a mais recente onda mundial de manifestações em defesa da vida e contra toda forma de discriminação racial, historicamente, espaços públicos operam como uma importante ferramenta de transformação social. Em momentos como esse, enquanto ainda precisamos “ir às ruas” para lutar por nossos direitos, para nos fazer ouvir e sermos vistos, os espaços públicos finalmente voltam à estar no centro das atenções – lançando uma nova luz sobre o seu importante papel na construção da identidade coletiva e como ferramenta de expressão social.
A proposta apresentada pelo escritório de arquitetura austríaco, Querkraft Architekten, em parceria com o arquiteto paisagista Kieran Fraser, foi escolhida por unanimidade como a grande vencedora do concurso internacional de arquitetura para o Memorial do Holocausto Babyn Yar em Kiev, na Ucrânia, tornando-se o primeiro Memorial do Holocausto a ser construído no leste da Europa.
O escritório ucraniano de arquitetura, 33BY Architecture, projetou um memorial para relembrar as milhares de vítimas do holocausto na cidade de Kiev. Babi Yar é um pequeno vale que atravessa a região da capital ucraniana e também o local de um dos maiores massacres operados durante a segunda guerra mundial, também conhecido como Babi Yar (1941-1943). O projeto do memorial foi concebido como um espaço de contemplação e recordação das vítimas da tragédia e sua estrutura poderia ser facilmente desmontada e reinstalada em diferentes locais do país e do mundo.