Em 1926, Le Corbusier formula os cinco pontos que se tornariam os fundamentos para a arquitetura moderna. Concretizados em 1929 no emblemático projeto da Villa Savoye, os atributos apresentados por Corbusier — pilotis, planta livre, fachada livre, janelas em fita e terraço jardim — foram muito explorados na produção arquitetônica modernista e até hoje estão presentes nos mais variados projetos de arquitetura contemporâneos.
Os cinco pontos se tornaram uma espécie de diretriz para a “nova arquitetura”, como anunciava Corbusier. Com o passar das décadas, as novas tecnologias, materiais e necessidades da sociedade continuaram e continuam a atualizar aquelas soluções arquitetônicas prenunciadas há quase um século como rumos para uma nova arquitetura.
No âmbito da arquitetura, grande parte do século XX é marcada por uma produção que se lê, de modo geral, como moderna. As bases que configuram essa produção têm sido, há pelo menos seis décadas, objeto de discussão, reunindo opiniões divergentes sobre a verdadeira intenção por trás da gestalt moderna.
Famosa por seu plano urbano e edifícios cívicos, Chandigarh representa um fragmento icônico da arquitetura modernista. Este centro econômico e administrativo foi concebido para mostrar ao mundo o progresso da recém-independente Índia dos anos 50.
City Dreamers é um documentário do cineasta Joseph Hillel que destaca a cidade de amanhã em constante mudança e a vida e obra de quatro mulheres arquitetas que reconsideraram o ambiente urbano. Phyllis Lambert, Denise Scott Brown, Cornelia Hahn Oberlander e Blanche Lemco van Ginkel são pioneiras inspiradoras que observaram e moldaram a cidade de hoje e de amanhã.
O Movimento Moderno teve um papel inquestionável na renovação dos ideais arquitetônicos, aportando uma nova atitude frente ao entendimento dos modos de habitar, da técnica e da estética, marcando profundas mudanças na percepção geral do mundo. Em relação à Argentina, apesar de ser complexa a localização periódica da produção arquitetônica moderna, é possível mencionar alguns dos arquitetos que começaram, a partir dos anos 20, a vincular-se com estas ideias. As contribuições intelectuais e de criação arquitetônica de Alejandro Virasoro, Alberto Prebisch, Ernesto Vautier, Fermín Beretervide, Wladimiro Acosta, Alejo Martinez, Antonio e Carlos Vilar, Juan Kurchan, Jorge Ferrari Hardoy, Antonio Bonet, Abel López Chas, Eduardo Catalano, Eduardo Sacriste e Amancio Williams, entre outros, incluiram, em muitos casos, abordagens originais associadas a novos modos de pensar, manifestando uma arquitetura resultante da análise das condições locais e regionais de seus cidadãos.
O domínio da arquitetura sempre esteve dividido entre o cosmos artístico e o racional. Durante nossos anos de estudo em arquitetura, raramente nos é oferecida uma metodologia específica com a qual podemos desenvolver um projeto, gerando diversos resultados e métodos diferentes. No entanto, para descobrirmos o método que melhor funciona para nós, precisamos entender o modo de pensar e projetar dos grandes pioneiros que influenciaram a arquitetura antes de nós.
Le Corbusier, Mies van der Rohe, Frank Lloyd Wright e Louis Kahn são quatro dos arquitetos mais influentes da história. A seguir, descubra o processo criativo desses quatro mestres da arquitetura moderna e por que seus projetos e métodos ainda seguem relevantes.
O que é beleza? Alguns anos atrás, um grupo de pesquisadores internacionais procurou desvendar os mistérios da beleza humana. Eles usaram tecnologia computacional de última geração, totalmente imparcial, e um enorme conjunto de dados para estabelecer, de uma vez por todas, porque rostos particulares são percebidos como bonitos e se a beleza existe independentemente de origem étnica, social e cultural; em outras palavras, se ela pode ser calculada matematicamente. Os cientistas introduziram em um poderoso computador inúmeras fotos de rostos de todo o mundo, cada um descrito por entrevistados como particularmente bonito. A informação resultante, eles acreditavam, poderia ser usada para gerar um rosto que seria reconhecido por qualquer ser humano como possuidor de uma beleza absoluta. Mas o que o computador finalmente cuspiu foi um retrato de um rosto comum, nem bonito nem feio, desprovido de vida e caráter, deixando os espectadores pasmos. Os dados acumulados criaram não uma beleza supra-humana, mas uma média estatisticamente correta.
Para Paul Lewis, Marc Tsurumaki e David J. Lewis, o corte "é muitas vezes entendido como um tipo simplificado de desenho, produzido no final do processo de concepção para descrever condições estruturais e materiais para a etapa da construção."
Esta é uma definição muito familiar para a maioria das pessoas que estudam ou trabalham com a arquitetura. Muitas vezes pensamos primeiramente na planta baixa, pois nos permite abraçar as expectativas programáticas de um projeto e fornecer um resumo das várias funções necessárias. Na idade moderna, programas de software de modelagem digital oferecem cada vez mais possibilidades quando se trata de criar objetos tridimensionais complexos, tornando o corte uma reflexão ainda mais tardia.
Com o seuManual of Section(Manual do Corte) lançado em 2016, os três sócios fundadores do LTL architects apresentam o corte como uma ferramenta essencial no projeto arquitetônico, e vamos admitir isso, essa leitura pode fazer você mudar de ideia sobre o tema. Para os co-autores, "pensar e projetar o corte requer a construção de um discurso sobre ele, reconhecendo-o como um local de intervenção." Talvez, na verdade, precisamos entender as capacidades dos desenhos em corte tanto para usá-los de forma mais eficiente, quanto para desfrutar ao fazê-los.
Teve a pior banca possível? Falhou nas provas finais? Não se preocupe! Antes de cair em sua cama e chorar até dormir, veja essa lista de nove célebres arquitetos que compartilhem uma característica em comum. Você pode pensar que um diploma de arquitetura brilhante é um requisito para ser um arquiteto de sucesso; por que mais você estaria há tantos anos na escola de arquitetura? Bem, embora o título de "arquiteto" possa ser protegido em muitos países, isso não significa que você não pode projetar arquitetura incrível - como demonstrado por esses nove arquitetos, que jogaram as convenções fora e tomaram a estrada menos percorrida para a fama.
Alexis Christodoulou, da Cidade do Cabo, é enólogo, mas também se interessa pela arte da visualização 3D. Seu Instagram reúne uma série impressionante de espaços complexos, ricos em cor, luz e texturas. Criados a partir do zero, cada um dos mundos digitais de Christodoulou parece ser influenciado pelos mestres da arquitetura moderna; o artista cita Aldo Rossi, David Chipperfield e Le Corbusier como suas maiores inspirações.
Muito já foi dito sobre a "estética do Instagram". Junta-se a isso o papel emergente desta e outras plataformas sociais no processo de design, e o resultado é um novo tipo de forma de arte digital.
Veja, a seguir, alguns dos mundos imaginários de Alexis Christodoulou.
Le Corbusier, pioneiro do movimento moderno na arquitetura, percorreu o mundo envolvendo-se com projetos em diversos países ao longo de sua carreira. A seguir, mapeamos 17 de suas obras construídas declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, além de outros sete edifícios de sua autoria. Em algumas destas obras, Le Corbusier atuou como consultor, como é o caso do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, desenvolvido por Lucio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira, Oscar Niemeyer e Ernani Vasconcellos.
O Centro Le Corbusier é considerado o último projeto construído por Le Corbusier. Entretanto, ele foi inaugurado somente em 1967, dois anos após a morte do seu renomado criador. Ao longo dos últimos anos o edifício esteve fechado, atravessando um longo projeto de reforma e restauração. Finalmente, o edifício construído em aço e vidro, volta a abrir as suas portas para o público na cidade de Zurique.
Cremme Editora de Mobiliário e Museu Oscar Niemeyer inauguram mostra sobre Le Corbusier
O Museu Oscar Niemeyer (MON), inaugura no sábado, 13, a exposição “Experimentando Le Corbusier – Interpretações Contemporâneas do Modernismo”. A mostra reúne profissionais que revivem a experiência do pensamento revolucionário de Le Corbusier, levando-o para além da arquitetura.
“É uma satisfação para o MON receber essa exposição, que tem como objetivo repensar e refletir sobre a significativa obra do mestre Le Corbusier e, para isso, reúne talentosos profissionais contemporâneos numa ampla discussão”, diz a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.
O projeto conta com a participação de Irmãos Campana, Paulo Mendes
A Semana de Design de Milão, que este ano acontece entre os dias 09 e 14 de Abril, é o principal e mais conhecido evento de design do mundo, aonde são apresentados todos os anos as principais tendências do design contemporâneo. O Salone del Mobile, como parte dos eventos da Semana de Design, acolhe este ano a Bienal Euroluce, uma exposição internacional de design de iluminação.
A Euroluce deste ano apresenta duas tendências para os próximos anos: "redescobrindo o passado" e "referenciando a natureza". Antigas peças de design foram redescobertas e trazidas de volta à vida, não apenas para servir como símbolos do passado, mas como uma nova fonte de inspiração para o futuro. A referência à natureza é, evidentemente, a principal tendência no mundo do design hoje, dominando não apenas as peças apresentadas na Euroluce mas todas as outras categorias de objetos presentes na Semana de Design de Milão de 2019. São peças inspiradas na natureza e em suas formas naturais e orgânicas, além é claro, de materiais reciclados e ecologicamente corretos.
Seguindo estas linhas, as peças mais chamativas do Euroluce deste ano levam a assinatura de renomados arquitetos e estúdios de design do mundo. Importantes arquitetos fazem sua estréia como designers e apresentam ao mundo suas peças e soluções inteligentes de iluminação.
Em 1948 o arquiteto Charles-Édouard Jeanneret-Gris - mais conhecido como Le Corbusier -, lançou uma de suas publicações mais famosas, intitulada O modulor, seguida por O modulor 2 em 1953. Nesses textos, Le Corbusier fez conhecer sua abordagem às investigações que tanto Vitruvio quanto Da Vinci e Leon Battista Alberti haviam começado, em um esforço por encontrar a relação matemática entre as medidas do homem com a natureza.
As pesquisas dos autores previamente mencionados representam também uma busca por explicar os Partenons, templos indígenas e as catedrais construídas a partir de medidas precisas que faziam referência a um código do que se entendia como essencial. Saber de quais instrumentos se dispunha para encontrar a essência dessas construções era o ponto de partida, e parecia se tratar de instrumentos que transcendiam o tempo. Não parece tão estranho dizer que as medidas que se empregaram foram, em essência, partes do corpo, como cotovelo, dedo, polegada, pé, braço, palma, etc. Inclusive, existem instrumentos e medidas que levam nomes que aludem ao corpo humano, o que indica que a arquitetura não está longe de ser reflexo do mesmo.
O artista italiano Federico Babina compartilhou conosco seu mais recente trabalho de ilustração arquitetônica. Archivoid procura "esculpir massas invisíveis de espaço" através da leitura de negativos - usando a linguagem arquitetônica de arquitetos famosos do passado e do presente, de Frank Lloyd Wright a Bjarke Ingels.
As imagens de Babina criam um ponto de vista inverso, uma inversão de percepção para uma leitura alternativa do espaço e da própria realidade. Fazendo do espaço negativo seu protagonista, Babina traça as “pegadas arquitetônicas” de arquitetos famosos, unindo misteriosas geometrias com uma combinação de cores vibrantes.
Buenos Aires em 2018. Habitantes? Quase 3 milhões. Trens magnéticos de alta velocidade? Zero. Arranha-céus interconectados com vias férreas? Zero. DeLoreans voando pelos ares? Lamentavelmente, zero. Inovações no transporte? O metro-bus e a ciclovia. Em termos urbanísticos, a cidade parece não haver avançado no ritmo que se imaginava.
O que existia era uma fé cega no futuro. Um futuro onde tudo seria possível, onde o céu não era o limite e as pessoas poderiam circular livremente sobre as nuvens através de uma rede de caminhos que conectariam altas torres. O que ocorreu? Para isso, devemos viajar no tempo. Mais precisamente, ao passado.
A Fundação Le Corbusier celebra o seu 50º aniversário com a inauguração de um apartamento projetado pelo famoso arquitecto e agora restaurado segundo seu desenho original. O apartamento localizado na rua Nungesser-et-Coli, em Paris, foi projetado por Le Corbusier em 1931 e concluído em 1934 para ser sua própria residência.
O apartamento passou por dois anos de restauração após ser classificado como patrimônio mundial em 2016 e agora está aberto ao público.
https://www.archdaily.com.br/br/904513/apartamento-projetado-por-le-corbusier-e-restaurado-e-aberto-ao-publico-em-parisNiall Patrick Walsh