Para Paul Lewis, Marc Tsurumaki e David J. Lewis, o corte "é muitas vezes entendido como um tipo simplificado de desenho, produzido no final do processo de concepção para descrever condições estruturais e materiais para a etapa da construção."
Esta é uma definição muito familiar para a maioria das pessoas que estudam ou trabalham com a arquitetura. Muitas vezes pensamos primeiramente na planta baixa, pois nos permite abraçar as expectativas programáticas de um projeto e fornecer um resumo das várias funções necessárias. Na idade moderna, programas de software de modelagem digital oferecem cada vez mais possibilidades quando se trata de criar objetos tridimensionais complexos, tornando o corte uma reflexão ainda mais tardia.
Com o seu Manual of Section (Manual do Corte) lançado em 2016, os três sócios fundadores do LTL architects apresentam o corte como uma ferramenta essencial no projeto arquitetônico, e vamos admitir isso, essa leitura pode fazer você mudar de ideia sobre o tema. Para os co-autores, "pensar e projetar o corte requer a construção de um discurso sobre ele, reconhecendo-o como um local de intervenção." Talvez, na verdade, precisamos entender as capacidades dos desenhos em corte tanto para usá-los de forma mais eficiente, quanto para desfrutar ao fazê-los.