O Departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP) lançou um concurso que vai premiar os vencedores com mais de 30 livros de arquitetura e urbanismo, além de um livro de gravuras autografado por dez importantes arquitetos e urbanistas.
Acervos de livros e outras publicações digitais estão cada vez mais populares e completos; o que antes era exclusividade de bibliotecas, sebos e livrarias está se tornando acessível ao alcance de poucos cliques.
Temas como literatura nacional e internacional, ciências e artes em geral preenchem as “prateleiras digitais” de grandes acervos, como o da Biblioteca Nacional, que recentemente disponibilizou gratuitamente mais de 740 mil itens digitalizados, que compreendem desde a “Carta de Abertura dos Portos às Nações Amigas”, escrita em 1808 pelo príncipe-regente Dom João de Bragança, até a primeira edição de “Os Lusíadas”, de Camões, publicada em 1572.
Ao longo das últimas duas décadas, James Corner reinventou a disciplina do paisagismo. Seus escritos bastante influentes da década de 1990, incluídos no best-seller Recovering Landscape, juntamente com uma série de projetos construídos após a virada do milênio, como o célebre High Line de Nova Iorque, provam que a melhor maneira de resolver os problemas que enfrentam nossas cidades é abraçar seu passado industrial. Coletando os escritos de Corner do início da década de 1990 até 2010, The Landscape Imagination aborda questões críticas sobre arquitetura paisagística e reflete sobre como seus escritos influenciaram a obra construída de seu próspero escritório em Nova Iorque, o Field Operations.
Há 20 anos atrás, Greg Girard e Ian Lambot publicaram "City of Darkness", um livro que documenta a vida na emblemática Kowloon Walled City em Hong Kong durante seu auge nos anos 1980. Quando a favela vertical foi demolida em 1993, esta série de fotografias, entrevistas e ensaios se tornou uma especie de homenagem póstuma, contando com textos fundamentais para compreender o lugar mais populoso que já existiu sobre a terra.
Duas décadas depois, Girard e Lambot revisitam o livro - e para financiá-lo lançaram uma campanha no Kickstarter.
Saiba mais sobre o que há de novo nesta edição e como você pode ajudar a financiar o livro.
Há mais de uma década atrás, numa viagem de bicicleta pela a Europa, o fotógrafo Christopher Herwig descobriu um curioso interesse que viria a se tornar sua obsessão: pontos de ônibus. Estes equipamentos apresentam, em geral, uma arquitetura associada à repetição e monotonia, no entanto, os pontos de ônibus construídos pela República Soviética apresentam uma notável diversidade e criatividade. Herwig assumiu a missão de fotografar o maior número possível destas impressionantes estruturas, viajando pela Latvia, Lituânia, Estônia, Rússia, Quirguistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Cazaquistão, Ucrânia, Moldova, Geórgia, Armênia e Abecásia.
Após finalizar a etapa de registros, Herwig lançou uma campanha no kickstarter para transformar está série de fotografias em um livro de edição limitada, que ele descreve como a "mais fascinante coleção de pontos de ônibus projetados pelos Soviéticos já compilada." Dê uma olhada em algumas imagens a seguir.
Neste artigo originalmente publicado pela Metropolis Magazine como "Urban Hopes, Urban Dreams" (Esperanças Urbanas, Sonhos Urbanos), Samuel Medina analisa um novo livro sobre a obra de Steven Holl na China. Concentrando-se em cinco grandes projectos, o livro coloca o trabalho de Holl no contexto mais amplo de suas influências urbanísticas - incluindo idéias de sua própria arquitetura no papel que só agora estão reaparecendo.
Steven Holl é o raro arquiteto cujos conceitos são tão conhecidos quanto seus edifícios. O rendimento prolifico de Hall aparece tanto em edifícios quanto em monografias através da sua habilidade em marcar suas idéias. Urban Hopes: Made in China (Lars Müller, 2014) uma leitura condensada das mais recentes obras de Holl na China, é o último de uma sequência de pequenos livros que tem continuamente embalado o crescente corpo de trabalhos do arquiteto.
Ancoragem e Entrelaçamento apareceu em 1996 e expôs temas arquitetônicos e noções espaciais apenas parcialmente evidenciados através do seu trabalho até aquele momento. Em ambos, os prédios eram poucos e distantes entre si, espalhados entre as páginas impressas com a "arquitetura de papel", saída principal para as energias criativas de Holl nas décadas anteriores, desde sua mudança para Nova Iorque em 1976. Esses e outros títulos foram acompanhados por Parallax, em 2000, uma mistura de referências filosóficas, científicas e poéticas que ungem a arquitetura com a áurea do Gesamtkunstwerk. A ideia de Holl sobre "porosidade" fez sua estreia aqui, prematuramente, onde foi aplicada quase literalmente no Simmos Hall, MIT, em sua fachada esponjosa. Não foi até alguns anos mais tarde, quando o arquiteto colocou seus pés na China, que o conceito seria batizado como um princípio central do desenho urbano do século 21. O Urbanismo de 2009 tanto avança quanto recapitula as grandes ideias do livro anterior.
Paredes, bancos e almofadas elaboradas a partir de livros descartados estruturam uma série de espaços que se enquadram e se dissolvem em seu entorno. Invocando a relação mítica entre o conhecimento e a natureza e o conceito de "paraíso", estes artefatos culturais supostamente atemporais são expostos ao processo de decomposição. Os livros estão organizados entre as placas estruturais coloridas, enquanto a deterioração é estimulada e acentuada pelos fungos que crescem nos livros. O jardim converte-se em um ambiente sensual de leitura, uma biblioteca, uma plataforma de informação, um convite a um reino diferente do conhecimento.
Nos filmes de Alfred Hitchcock, coisas acontecem, mas os acontecimentos que deram origem à elas são facilmente esquecidos. Nos esquecemos facilmente como A conduz ao B ou, por exemplo, porque Roger Thornhill acaba no monte Rushmore em North by Northwest. Mas, como observou o cineasta francês Jean-Luc-Godard, o cinema de Hitchcock não prende a atenção por sua história, mas por suas imagens: a mão aberta alcançando a porta, a queda simulada da escada, o afastamento em espiral da câmera na cena da mulher morta. Esses fragmentos rígidos carregam seus filmes de um encanto misterioso e imprimem-se na mente do espectador de maneira muito mais eficaz que qualquer uma de suas complicadas tramas.
Continue lendo para saber mais sobre a arquitetura nos filmes de Hitchcock.
Amanhã, 23 de abril de 2013, será lançado na Livraria da Vila dos Jardins o livro “Hipóteses do Real”, primeiro livro sobre o trabalho deHéctor Vigliecca e sua equipe, o evento contará com um debate entre o arquiteto com Lizete Rubano (FAU-MACK), Mônica Junqueira (FAUUSP) e Renato Anelli (IAU-SÃO CARLOS).
A expressiva experiência de Héctor Vigliecca e equipe em concursos públicos, tanto nacionais quanto internacionais – foram 84 ao longo de 40 anos de carreira, sendo 46 premiados –, está reunida em “Hipóteses do Real”.
10 livros que buscam gerar mudança através da Arquitetura e do Design Social
A arquitetura focada no design social, na cooperação e no apoio às comunidades é um campo que se encontra em pleno auge em nossa profissão. Vê-se cada vez mais projetos que tomaram o desafio de gerar mudança social através de boa arquitetura, sempre com um trabalho em conjunto com o usuário - desde a concepção do projeto - e a partir de mão de obra e materiais locais.
A seguir apresentamos uma série de livros recentes que fazem uma contribuição interessante para este campo, mostrando sua experiência de trabalho ao redor do mundo e através de diferentes esferas de aplicação.
Na ocasião do 2º Fórum Jovens Arquitetos Latino-americanos estará à venda o livro FÓRUM JOVENS ARQUITETOS LATINO-AMERICANOS, publicação sobre a primeira edição do fórum que aconteceu em 2011.
Imagem do livro "Entre: Architecture from the Performing Arts", do Vazio S/A, Carlos M Teixeira
Em Português, a palavra "entre" (preposição e verbo) evoca conotações que superam de longe o seu equivalente em inglês, between. Na verdade, o 'meio-termo' explorado neste livro é uma noção mais abstrata e de longo alcance: física, espacial, temporal e somática. Ao manter o termo português nesta nova edição em inglês, Entre expressa a intrincada relação do estúdio Vazio S/A para com a cultura brasileira e procura manter intacta esta noção original – para a qual parece não haver nenhuma tradução satisfatória em inglês.
O autor americano Robert Greene compartilhou conosco um trecho sobre a obra de Santiago Calatrava de seu recém-lançado livro Mastery .
Vivemos em um mundo com uma triste separação que começou há cerca de 500 anos, quando artes e ciências foram divididas. Cientistas e tecnicistas vivem em seus mundos, focando principalmente no "como" das coisas. Outros vivem em um mundo de aparências, usando essas coisas, mas não entendendo realmente como elas funcionam. Pouco antes dessa divisão ocorrer, era o ideal da Renascença combinar essas duas formas de conhecimento. É por isso que a obra de Leonardo da Vinci continua a fascinar-nos, e a Renascença continua a ser um ideal.
Então, por que Santiago Calatrava, agora um dos arquitetos mais conhecidos do mundo, decide voltar para a escola em 1975 por um diploma de engenharia civil após afirmar-se como um arquiteto jovem e promissor?