Um dos projetos mais impressionantes e menos conhecidos de Louis Kahn, a sala de concertos flutuante conhecida como Point Counterpoint II, corre o risco de ser demolida, segundo o jornal Pittsburgh Post Gazette.
Construído entre 1964 e 1967 como parte das celebrações do Bicentenário Americano, a embarcação de 195 pés de comprimento já foi usada como a residência aquática da American Wind Symphony Orchestra (AWSO), permitindo que o grupo levasse seu palco a locais tão distantes como Paris e São Petersburgo, na Rússia. Além das com portas e escotilhas circulares, a estrutura conta com um palco de 22 metros de largura que pode ser aberto e fechado usando um sistema de suspensão hidráulica.
Os arquitetos famosos são muitas vezes vistos mais como enigmas do que como pessoas mas, mesmo assim, os maiores nomes escondem escândalos e tragédias da vida cotidiana. Como celebridades, muitos dos mais famosos arquitetos do mundo enfrentaram rumores e, até hoje, há dúvidas sobre a verdade de alguns de seus assuntos particulares. Clientes e colegas que frequentavam seus estúdios puderam ver um pouco de suas vidas pessoais, mas, às vezes, a força da personalidade que muitas vezes vem com gênio criativo impede uma percepção mais detalhada. No entanto, o fato é que a vida desses arquitetos era mais do que a soma dos seus edifícios.
O Museu de Arte Kimbell de Louis Kahn é uma obra prima da iluminação natural, com abóbadas feitas com cascas de concreto que apresentam aberturas sutis para refletir a luz nas galerias. Ao passo que a ala de Kahn para o museu de Fort Worth foi inaugurada em 1972, em 2013 um segundo pavilhão - projetado por Renzo Piano - foi acrescentado ao complexo. Piano foi escolhido para projetar o pavilhão pois havia trabalhado para Kahn no início de sua carreira, e a homenagem a seu mentor é evidente na organização similar do edifício e no uso de painéis translúcidos de vidro.
Nesta segunda edição de sua coluna "Beyond London" para o ArchDaily, Simon Henley, da Henley Halebrown, de Londres, discute uma possível influência que pode ajudar os arquitetos do Reino Unido a combater a hegemonia econômica que atualmente aflige o país - voltando-se para a orientação moral dos brutalistas da década de 1960.
Antes do Natal, eu terminei de escrever meu livro intituladoRedefining Brutalism. Como o título sugere, estou buscando redefinir o assunto, desintoxicar o termo e encontrar relevância no trabalho, e não apenas um motivo para nostalgia.O Brutalismo concreto é, para a maioria das pessoas, um estilo que você ama ou odeia. Mas o Brutalismo é muito mais do que apenas um estilo; é um modo de pensar e fazer. O historiador e crítico Reyner Banham argumentou em seu ensaio de 1955 e no livro de 1966 intitulado The New Brutalism: Ethic or Aesthetic que o Novo Brutalismo começou como um movimento éticopara depois ser entendido como um estilo. Hoje, é um espelho a ser erguido para a arquitetura do neoliberalismo, para uma arquitetura que serve ao capitalismo. Mais do que nunca, a arquitetura é associada à marca dos grandes arquitetos cujo trabalho tem pouco a ver com os desafios que a sociedade enfrenta, que hoje não são muito diferentes daqueles enfrentados pela geração do pós-guerra: construir casas, lugares para aprender e trabalhar, lugares para aqueles que são mais velhos e doentes, e lugares para se reunir. Podemos aprender muito com essa geração passada.
Em homenagem à vida de Louis Kahn, que faria aniversário hoje, o fotógrafo Laurian Ghinitoiu visitou o Instituto Indiano de Administração em Ahmedabad - um dos projetos seminais do arquiteto, que só foi concluído após sua morte, há quatro décadas.
https://www.archdaily.com.br/br/805726/instituto-indiano-de-administracao-em-ahmedabad-de-louis-kahn-fotografado-por-laurian-ghinitoiuAD Editorial Team
"A monumentalidade é enigmática. Não pode ser criada intencionalmente. Não são necessários nem o material mais requintado nem a tecnologia mais avançada... ."
Os arquitetos famosos são fáceis de admirar ou repudiar quando vistos de longe, mas de perto, hábitos estranhamente humanos muitas vezes vêm à tona. Embora todos nós tenhamos nossas peculiaridades, estes hábitos, vindos de profissionais mundialmente reconhecidos, desvelam seu lado humano que, muitas vezes, não dão nenhum indício de como eles se tornaram figuras tão notáveis no campo da arquitetura. Os seguintes hábitos de vários arquitetos renomados revelam partes do seu processo criativo, momentos de relaxamento ou, simplesmente, partes de sua identidade. Alguns são inspiradores outros surpreendentes, mas todos dão uma pequena visão sobre as qualidades mentais necessárias para se atingir o topo da profissão de arquiteto - desde um trabalho excepcional até uma pitada de excentricidade (e algumas qualidades ainda mais interessantes) .
Lorena Darquea, fotógrafa e arquiteta equatoriana, compartilhou conosco uma série exclusiva de fotografias que documenta a espacialidade e vitalidade da obra póstuma do mestre Louis Kahn: o projeto para o Four Freedoms Park em Nova Iorque.
Construído quatro décadas após o falecimento do arquiteto, este espaço público não é apenas um monumento a Franklin D. Roosevelt e sua importância política nos EUA, mas também constrói a imagem de um espaço com "a sensação de um antigo recinto de um templo" e "uma paisagem cuidadosamente matizada", descreve Oliver Wainwright, editor do The Guardian, em um artigo publicado no jornal.
Ver o nascer do sol no Salk Intitute for Biological Sciences de Louis Kahn é, sem dúvida, uma das experiências arquitetônicas mais transformadoras. O famoso edifício, cenário de muitos filmes e ensaios fotográficos, se tornou um símbolo de serenidade na arquitetura graças a sua impressionante simetria, uma qualidade superada apenas por sua belíssima localização com vistas para San Diego, Califórnia. Construído em 1962 e declarado patrimônio nacional em 1991, o projeto de Kahn mostra um desejo de expressar seu estilo formalista com forte apelo espiritual. O edifício deriva dos Estilo Internacional e do brutalismo e assume um papel simbólico central como centro de descobertas biológicas.
Na obra de Kengo Kuma pode-se ver um cuidado singular com a luz, transparência e materialidade. Quando visitou a Woodbury School of Architecture em San Diego, no entanto, Kuma compartilhou algumas de suas não tão aparentes influências, de Frank Lloyd Wright e Louis Kahn à música jazz. Assista ao vídeo Knowing Kuma para conhecer sua definição de arquitetura e materiais.
Seja quem for, faça o que faça, viva onde viva e ganhe o quanto ganhe, todos dividimos algo: nossos dias duram 24 horas. Ainda que nos pareça que alguns são capazes de fazer praticamente todo o imaginável na mesma porção de horas que nós, cada personagem inspirador da Humanidade modelou sua própria rotina diária. Alguns mais saudáveis que outros, mas esse já seria outro tema. Então, como gastam suas 24 horas diárias? Existe algo que devemos aprender deles? O quanto suas rotinas se diferem das nossas?
O livroDaily Ritualsdo escritor estadunidense Mason Currey, e dono do blog Daily Routines, expõe as rotinas das grandes mentes da nossa sociedade: desde as leituras madrugadoras de Peter Eisenmanà erradicação do descanso noturno de Buckminster Fuller, passando pelas manhãs de pintura de Le Corbusier e pelos esporádicos cochilos de Frank Lloyd Wright.
Revise a rotina dos principais arquitetos ao redor do mundo, a seguir.
Para os arquitetos, o Kimbell Museum de Louis Kahn é solo sagrado. Para Renzo Piano, que projetou a primeira grande expansão do museu, isto se provou difícil de superar. Sua adição ao museu não poderia ficar muito próxima ao prédio de Kahn, nem muito longe. Ele teve que resolver um problema de estacionamento, mas respeitar o desgosto de Kahn por carros. Teve que responder à progressão majestosa dos espaços de Kahn — e àquela luz natural alva que faz as pernas dos arquitetos tremerem. E, ainda, não poderia simplesmente emprestar de Kahn sua cartola mágica.
Apesar de Louis Kahn ter recusado a oferta do construtor Steven Korman inúmeras vezes, após muito insistir, este convenceu Kahn a projetar uma residência que deveria ter "ambientes grandes o bastante para se jogar futebol dentro." Localizada em Forth Washington, Pennsylvania, a Korman House se tornaria o último projeto residencial de Kahn.
A casa, considerada por muitos uma obra-prima, se caracteriza não apenas pelo assíduo sentido de ordem - peculiar a Kahn - mas também pela combinação única de materiais que criam um jogo de estrutura e luz. Décadas após o projeto original, o filho de Korman, Larry, contratou a designer Jennifer Post para redesenhar os espaços internos da casa.
Light matters, uma coluna mensal que trata da luz e do espaço, é escrita por Thomas Schielke. Fascinado pela luz na arquitetura, já publicou inúmeros artigos e assina a co-autoria do livro "Light Perspectives".
A sombra tem o poder de dar forma à arquitetura? O crescente número de edifícios transparentes e instalações de LED poderia reforçar a impressão de que a luz eliminou a relevância da sombra. Mas para responder a esta questão, olhemos para trás, para um mestre da luz cuja arquitetura era moldada pela sombra: Louis Kahn.