Os arquitetos famosos são fáceis de admirar ou repudiar quando vistos de longe, mas de perto, hábitos estranhamente humanos muitas vezes vêm à tona. Embora todos nós tenhamos nossas peculiaridades, estes hábitos, vindos de profissionais mundialmente reconhecidos, desvelam seu lado humano que, muitas vezes, não dão nenhum indício de como eles se tornaram figuras tão notáveis no campo da arquitetura. Os seguintes hábitos de vários arquitetos renomados revelam partes do seu processo criativo, momentos de relaxamento ou, simplesmente, partes de sua identidade. Alguns são inspiradores outros surpreendentes, mas todos dão uma pequena visão sobre as qualidades mentais necessárias para se atingir o topo da profissão de arquiteto - desde um trabalho excepcional até uma pitada de excentricidade (e algumas qualidades ainda mais interessantes) .
1. Brincar com o mesmo brinquedo o dia todo (Os Eames)
Charles e Ray Eames foram prolíficos em seu trabalho, produzindo mais de 900 projetos multidisciplinares. A Musical Tower foi um deles, um xilofone de 5 metros de altura. Para os novos membros da equipe, o primeiro dia inteiro era dedicado à brincar com este brinquedo. Esta iniciação criativa era importante para os Eames, que acreditavam que passar um dia ouvindo e observando as experiências musicais de alguém fornecia informações valiosas da sua personalidade.
2. Beber muito álcool (Alvar Aalto)
"Arte da arquitetura não pode ser criada em um ambiente de escritório", disse uma vez Alvar Aalto. Levando isso ao extremo, Aalto era conhecido por "beber como um peixe", e bebedeira no escritório era comum - objetivando, claro, criar um ambiente boêmio artístico em vez de uma embriaguez improdutiva. [1]
3. Nunca ter uma noite inteira de sono (Leonardo da Vinci, Buckminster Fuller, Frank Lloyd Wright e Louis Kahn)
Arquitetos têm sido associados a padrões de sono anormais, alguns mais incomuns do que outros. Leonardo da Vinci, Buckminster Fuller e Frank Lloyd Wright eram todos dormentes polifásicos, tiravam sonecas curtas a cada três ou quatro horas, em vez de uma longa noite de sono, enquanto Louis Kahn passava as horas do dia ensinando, dormia até às 10:30 horas, e, em seguida, iniciava um "dia" de trabalho em seu escritório. [2]
4. Escalar uma mística montanha norueguesa todos os anos (Snøhetta)
Escalar uma montanha norueguesa pode ser considerado um exercício de construção de equipe estranho para um escritório de arquitetura, a menos que sua empresa seja o Snøhetta. Para Snøhetta, cuja inspiração do nome é uma montanha mística que abriga deuses nórdicos, uma viagem anual para subir esta mesma montanha faz muito mais sentido. O objetivo da viagem mudou a forma que empresa tem crescido: "Nós usamos o tempo para falar sobre o que estamos fazendo e para onde queremos ir", diz co-fundador Craig Dykers "Costumávamos ir apenas para escalar, mas agora a atividade tem mais significado. "
5. Amar profundamente a si mesma (Zaha Hadid)
Há muitas histórias de Zaha Hadid sugerindo que a pessoa mais importante em sua vida era ela mesma. Exemplos incluem várias horas atrasada para uma sessão de fotos Vogue em sua própria casa ou equipar seu apartamento apenas com objetos que ela mesmo havia concebido. Embora muitos de seu círculo íntimo afirmaram seu coração amável, esta atitude de amor-próprio também foi o coração de sua filosofia teimosa; em suas próprias palavras, "Eu nunca levei um não como resposta. Eu nunca me deitei e disse: 'pise em mim, está tudo bem'."
6. Realmente amar os outros (Eileen Gray)
As inspirações por trás dos projetos de Eileen Gray foram muitas vezes as pessoas que amava. Exemplo disso foi a, talvez malfadada, E.1027, construída originalmente para seu então amante Jean Badovici. O próprio nome era um "código para um assunto sentimental." E de Eileen, enquanto os números correspondem às letras no alfabeto para J, B e G, significando Jean, Badovici e Gray- o nome dela "recebendo o dele."
7. Ter relações sexuais várias vezes ao dia, mesmo com oitenta anos (Frank Lloyd Wright)
Frank Lloyd Wright foi caracterizado por ser uma "fonte inesgotável de energia criativa" que lhe permitia manter um hábito de começar os desenhos para clientes apenas algumas horas antes da apresentação. Sua esposa também o caracterizava como uma fonte inesgotável semelhante, mas de energia sexual. Ela alegou que, mesmo aos oitenta e cinco anos, eles mantinham relações duas ou três vezes ao dia. Ela até procurou ajuda médica e foi oferecido nitrato de potássio para diminuir o desejo sexual, que ao fim nunca fora usado. [2]
8. Observar as pessoas utilizando suas obras (Denise Scott Brown)
Quando questionada sobre que parte de seu trabalho lhe trazia mais alegria, Denise Scott Brown admitiu que, essencialmente, era observar as pessoas que usam suas obras. Visitando a Perelman Quadrangle, na Universidade da Pensilvânia, ela observou cerca de trinta alunos sentados nos degraus crescentes, "como abelhas em uma colmeia," assim como ela tinha imaginado. Tomando-a por uma "velha senhora de saia", eles pareciam confusos e não conseguiam entender por que ela estava sorrindo para eles. [3]
9. Deitar em silêncio no escuro, refletindo (I.M. Pei)
I. M. Pei observou que, ao longo de sua longa carreira, ele passou a depender menos de desenho em papel e mais do desenho em sua mente. Para Pei, suas melhores ideias apareciam na cama à noite com as luzes apagadas, às vezes com uma ida ao banheiro para rabiscar os pensamentos. Se o desenho não parecesse tão bom no papel quanto em sua mente, ele voltava para a cama e pensava um pouco mais. Este processo noturno significava que, mesmo para ele, era difícil distinguir as fontes de suas ideias que apareciam como um sonho.
10. Ter refeições monocromáticas (Luis Barragán)
Você é o que você come, assim dizem. Dessa forma, para um arquiteto que sempre defendeu a cor não é surpreendente que Luis Barragán fosse conhecido por encomendar refeições totalmente rosa, como fatias de melão regadas de xerez.
11. Levar seu porsche para um passeio (Ricardo Scofidio)
Nós todos temos maneiras de desabafar e para Ricardo Scofidio, de Diller Scofidio + Renfro, isso inclui um Porsche 1963. Possuindo também um Saab 96, Alfa Romeo 2000 GTV e Jaguar XK150, Scofidio é um entusiasta claro de carros, mas também acredita criativamente nas capacidades de limpeza mental da velocidade pura.
Citações Adicionais:
- Schildt, Göran. Alvar Aalto: his life. Jyväskylä : Alvar Aalto Museum, 2007.
- Currey, Mason. Daily Rituals - How Artists Work. New York: Random House, Inc., 2013.
- Tuite, Colleen. “Being Denise Scott Brown.” Lobby 4 (2016): 23-30.