Existem inúmeros exemplos de como pode ser a cidade do futuro, desde cidades em ruínas até megalópolis que se expandem ao longo de todo o continente e cuja extensão se perde no horizonte. Especialmente este tipo de cidade distópica, é difícil imaginar e representar devido a sua extensão descomunal, percorrendo pontos identificáveis, desde a topografia que a dê noção de escala, um ponto de comparação claro ao espectador. A cidade vista em "The Fifth Element” rompe totalmente com o paradigma clássico da megalópolis horizontal e nos apresenta uma cidade cujo desenvolvimento resulta vertical.
A explicação a tal crescimento encontramos nas 'entrelinhas' dentro da trama do filme, e por parte do grande trabalho criativo que o diretor necessitou para dar coerência ao universo da película, trabalhando durante longos anos com os mestres das histórias em quadrinhos francês Jean Claude Mezieres e Jean Giraud “Moebius”.
Nova York se converteu na capital do mundo, que superpovoada conquistou todos os cantos do planeta, excedendo sua capacidade horizontal para expandir-se, restando a verticalidade como a única forma de crescimento.