Ora escultural e expressivo, ora monolítico e monótono, o estilo arquitetônico brutalista é igualmente diverso e polêmico. Desde suas origens como subproduto do movimento modernista na década de 1950 até hoje, os edifícios brutalistas continuam sendo um ponto de discussão popular no debate arquitetônico. Uma possível explicação para isso é que estes edifícios brutalistas geralmente são muito fotogênicos; suas texturas e sombras dramáticas criam imagens apelativas.
O canal do Youtube Never Too Smalltem 2,25 milhões de inscritos – uma plataforma que apresenta a manipulação imaginativa do espaço em plantas pequenas. Vídeos de microapartamentos, em Paris, Londres e outras cidades alcançam milhões de visualizações. Claramente há uma demanda por conteúdo voltado para a vida em espaços pequenos, já que uma crise imobiliária global acelerou a queda na disponibilidade de residências acessíveis e maiores em áreas urbanas. Para aproveitar ao máximo o espaço limitado dentro dessa realidade restrita, arquitetos têm projetado plantas com menos de 40 metros quadrados visando criar uma experiência espacial não claustrofóbica.
BEYOME, um projeto liderado pelo Project Consortium em conjunto com os arquitetos do Enorme Studio, procura transformar as habitações tradicionais, proporcionando maior grau de flexibilidade dos espaços internos para se adaptar aos variados estilos de vida contemporâneos. Mas como fazer o espaço se adaptar aos diferentes usos? Que estratégias poderiam ser desenvolvidas para ampliar a área útil de nossas casas?
Nas últimas duas décadas, as ramificações sociais e econômicas das vias urbanas foram destacadas à medida que uma grande parte dessa infraestrutura de meados do século chega ao fim de sua vida útil, suscitando conversas sobre seu papel no planejamento urbano contemporâneo. A remoção das vias expressas implica na substituição da infra-estrutura de transporte por novos desenvolvimentos urbanos, amenidades verdes e redes viárias alternativas para promover um ambiente urbano mais saudável e um crescimento inteligente. Em alguns casos, a ideia de remoção é recebida com preocupação sobre o potencial aumento do tráfego e a gentrificação das áreas adjacentes à via, mas a pandemia exacerbou ainda mais a necessidade de espaços públicos de qualidade e colocou em questão, mais uma vez, a hegemonia do carro. A seguir, destacam-se vários projetos de remoção de vias expressas, discutindo como essas intervenções restauram o tecido urbano, reordenam comunidades e recuperam espaços urbanos para os habitantes da cidade.