Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia iniciou uma invasão em larga escala no território ucraniano. Sendo a maior crise de refugiados e o maior conflito armado no território europeu neste século até o momento, esta guerra está mobilizando pessoas em todo o mundo para pressionar as autoridades a encerrar o conflito armado. Personalidades e instituições do campo da arquitetura participaram desses atos de solidariedade, emitindo declarações, condenando ações e até encerrando atividades na Rússia. Da UIA ao MVRDV, e até organizações russas como o Instituto Strelka, o mundo da arquitetura está denunciando esses atos de violência e apoiando um cessar-fogo imediato.
Manuel Herz: O mais recente de arquitetura e notícia
Instituições de arquitetura se unem em apoio à Ucrânia
Mudando os paradigmas da memória coletiva: a história do Memorial do Holocausto Babyn Yar
Babyn Yar, uma ravina na capital ucraniana Kiev, testemunhou a morte de mais de 33.000 homens, mulheres e crianças judeus, em 29 e 30 de setembro de 1941. Local de um dos maiores massacres perpetrados por tropas alemãs de ocupação contra judeus durante a Segunda Guerra Mundial, Babyn Yar tornou-se um dos símbolos do Holocausto.
Embora o principal evento trágico tenha ocorrido em 1941, durante toda a ocupação o espaço foi utilizado como local de extermínio pelas forças alemãs. Com efeito, entre 70 e 100 mil pessoas perderam suas vidas em Babyn Yar. Sem uma arquitetura destinada à tragédia e apenas uma paisagem remanescente, não há espaço de memorialização para o reconhecimento público.
Fé e luz: a arquitetura judaica
Poucas religiões têm tanta história e simbolismo quanto o judaísmo. Como a religião monoteísta mais antiga do mundo, remonta a cerca de quatro mil anos. No judaísmo, a arquitetura e as casas de culto servem como locais não apenas para serviços litúrgicos, mas também para reuniões e estudos. Hoje, os arquitetos estão repensando o projeto de sinagogas e espaços de encontro comunitário para celebrar o judaísmo, a reflexão e a comunidade.
Ventilação natural e inspiração vernacular: Manuel Herz projeta expansão de hospital rural no Senegal
Manuel Herz foi selecionado para projetar a expansão do Hospital Tambacounda na zona rural do Senegal, concebido e financiado pela Josef and Anni Albers Foundation e pela American Friends of Le Korsa.
A extensão é vista como um projeto urgente para lidar com a superlotação nas instalações hospitalares da região, com as demandas de 20.000 pacientes anuais, o que resulta em hospitais superlotados e quentes, e crianças compartilhando camas em enfermarias. A Fundação descreveu Manuel Herz como a "escolha unânime" com uma abordagem que mostra "uma mistura de talento visual, compreensão prática e profundo humanitarismo."