Uma técnica que tem sido usada há séculos, principalmente em regiões de clima quente e seco, a parede caiada - também conhecida como parede de cal ou parede branca - pode ser realizada em ambientes internos e externos. Além da economia que ela pode proporcionar, seu aspecto mais rústico carrega em si diversos benefícios que vão além do valor estético que, ao apresentar um tom mais claro e uma textura marcante, concebe um relevante contraste entre o edifício e o entorno. Saiba suas vantagens e como fazer o revestimento, a seguir.
Materiais tradicionais: O mais recente de arquitetura e notícia
Parede caiada: como fazer e quais os benefícios dessa pintura econômica?
Materiais locais na arquitetura contemporânea: usando o solo para garantir identidade aos edifícios na Nigéria
Em Lagos, uma cidade de tecido urbano complexo, com edifícios históricos e diversas interpretações da arquitetura contemporânea, está sediado o PatrickWaheed Design Consulting (PWDC). O escritório, coordenado por Adeyemo Shokunbi, procura contribuir para uma nova linguagem arquitetônica nigeriana por meio do renascimento de materiais locais. Seus estudos focam no solo local, composto por laterita, que serve de base para acabamentos e corantes naturais, além de apresentar boas propriedades térmicas. Em dois de seus projetos recentes em Lagos — a Mad House e a Mesquita Abijo — o escritório faz uso dos acabamentos em laterita e defende uma linguagem arquitetônica nigeriana baseada no uso inventivo de materiais locais.
Snøhetta traduz cultura norueguesa em projeto para centro cultural nos EUA
O escritório Snøhetta divulgou o projeto do novo campus Vesterheim em Decorah, EUA. A proposta, que também abrange o Museu Nacional Norueguês-Americano e a Escola de Arte Folclórica, explora a diversidade da imigração americana através das lentes da experiência norueguesa-americana. O novo edifício de 800 metros quadrados, conhecido como Commons, será o ponto de entrada e o principal espaço de encontro do campus. O edifício tem conclusão prevista para meados deste ano.
Técnicas artesanais contra as mudanças climáticas: materiais ecológicos da arquitetura indiana
Os indianos tradicionalmente viviam perto da terra, suas culturas eram moldadas por relações simbióticas com os ecossistemas. Com isso, as artes e ofícios indianos dependem fortemente da natureza para sua forma, filosofia e existência. As paisagens nativas despertaram a sensibilidade artística das comunidades, desenvolvendo práticas artesanais que atendiam a necessidades utilitárias e ritualísticas. A interseccionalidade da ecologia e da cultura é evidente através de formas ancestrais de artesanato.
Cidades do futuro: Julia Watson sobre tecnologias baseadas na natureza e materiais radicais
Olhando para o futuro do nosso ambiente construído, escolher somente uma abordagem simplesmente não funcionará. Questões como o aumento do nível do mar, das temperaturas e escassez de água nas comunidades urbanas precisam de soluções localizadas que levem em consideração questões de sustentabilidade, cultura e saúde pública. Tendo investigado infraestrutura vernacular em comunidades nativas para seu livro Lo-TEK. Design by Radical Indigenism, a designer Julia Watson é especialista em tecnologias locais baseadas na natureza que são inerentemente adaptáveis e resilientes. Conversamos com ela sobre o futuro de nossas cidades, materiais de construção e seu mais recente projeto para Our Time on Earth – uma exposição de cinco anos e turismo que acabou de abrir no Barbican Centre de Londres para investigar como ideias colaborativas e radicais da maneira como vivemos podem nos levar a um local muito melhor até o ano de 2040.