As grandes cidades e a rotina conturbada da vida urbana cada dia mais revelam a necessidade de momentos de relaxamento visando saúde física e mental. Essa preocupação se tornou ainda mais evidente depois dos longos períodos de quarentena da pandemia de Covid-19, quando a desconexão com a rotina ficou ainda mais difícil. Assim, nos últimos anos, cada vez mais as pessoas têm procurado atividades e lugares que proporcionem esse descanso.
Meditação: O mais recente de arquitetura e notícia
Espaços para relaxar: spas, saunas, banhos e piscinas
Como usar a meditação para escapar do estresse cotidiano da arquitetura
O bem-estar mental é um tema de verdadeira preocupação na arquitetura. Uma pesquisa recente do The Architects' Journal revelou que mais de 52% dos estudantes de arquitetura expressaram preocupação com relação à sua saúde mental. [1] Quando se leva em consideração a quantidade de tempo dedicado aos trabalhos, a natureza competitiva do curso, e a própria duração do curso, talvez isso não seja surpreendente. O costume de "virar noites" da maioria das escolas de arquitetura potencializa o problema, como estudos mostram que a falta de sono reduz a resiliência da mente para questões como ansiedade e depressão. [2]
No entanto, este aspecto do sistema de educação em arquitetura não está mostrando nenhum sinal de mudança. O que os estudantes de arquitetura (e profissionais) podem fazer para minimizar o impacto que a arquitetura tem no seu bem-estar psicológico? Eu diria que a resposta, pelo menos parcialmente, pode ser encontrada na prática da meditação.
Quais são as chaves de desenho arquitetônico de um espaço de yoga e meditação?
Há muitos anos, uma série de práticas e técnicas orientais chegaram com força no ocidente. Um programa novo que enquanto arquitetos temos que resolver com mais frequência, e que proporciona desafios interessantes do ponto de vista funciona, ambiental e estético.
Estas disciplinas estão centradas completamente no ser humano, já que buscam trabalhar e satisfazer suas necessidades físicas, psicológicas e espirituais, e por isso nos parece importante analisar como estão sendo resolvidas espacialmente pelos arquitetos. Muitas das operações adotadas nestes espaços geram ambientes propícios para reflexão, a introspecção e cura, e portanto poderiam ser aplicadas em outros programas relevantes, como habitações, espaços educativos, hospitalares e até escritórios.
A ideia deste artigo é extrair lições de projetos já publicados aqui para criar uma espécie de guia de projeto que ajude a nossa comunidade de leitores com referências eficazes.