Várias cidades têm experimentado taxas oscilantes nos serviços de transporte público em um esforço para promover a mobilidade sustentável, aliviar o congestionamento e diminuir a desigualdade social. Em fevereiro passado, Salt Lake City interrompeu a cobrança de tarifas por um mês para reduzir as emissões de carbono na região. No final de março, a cidade italiana de Gênova estendeu o acesso gratuito a algumas de suas redes de transporte público, após uma experiência bem-sucedida iniciada no final de 2021 em um plano ambicioso para se tornar a primeira cidade italiana com transporte gratuito. Enquanto isso, o pequeno ducado de Luxemburgo se tornou o primeiro país do mundo com transporte público gratuito em 2020.
Mobilidade Urbana: O mais recente de arquitetura e notícia
Cidades testam sistemas de transporte público gratuito para promover a mobilidade sustentável
Projeto de bicicletas elétricas compartilhadas é lançado em São Paulo
No Dia Mundial da Bicicleta, celebrado no dia 3 de junho, a Prefeitura de São Paulo, em parceria com as empresas Tembici, Itaú Unibanco e iFood, lançou o primeiro projeto de bicicletas elétricas compartilhadas com sistema de estações fixas na capital paulista.
As 500 bikes elétricas começam a chegar ao sistema de forma gradual na semana passada, em modelo similar ao já em operação no Rio de Janeiro. Até o final do ano, o número deve subir para 1000 unidades. São Paulo possui 700 quilômetros de ciclovia e, conforme o Plano e Metas da Prefeitura, terá em dezembro de 2024 mil quilômetros.
Barcos autônomos transportarão passageiros no Rio de Janeiro
Uma embarcação autônoma ecológica vai começar a fazer o transporte de passageiros pelos canais de água do Rio de Janeiro em dezembro de 2022. O novo projeto de mobilidade urbana é fruto de uma parceria entre o Hotel Urbano – Hurb, plataforma de viagens, e a TideWise, empresa latinoamericana do segmento de barcos autônomos.
A nova parceria vai explorar algumas rotas hidroviárias da cidade para conectar atrações turísticas e polos importantes, como o Pão de Açúcar e o centro do Rio e a Península na Barra da Tijuca e a estação de metrô Jardim Oceânico.
Rio Academy: Mobilidade, arte pública e acupuntura urbana fecham o ciclo de debates
O Fórum Internacional de Arquitetura e Urbanismo continuou a pleno vapor no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O Rio Academy concluiu suas atividades com a fase prática, onde os participantes estudantes e profissionais desenvolveram projetos como uma forma de presentear a cidade no ano que completa 450 anos. Iniciada na quarta-feira, dia 22, a segunda etapa do evento segue a dinâmica dos talks pela parte da manhã e o resto do dia para o desenvolvimento dos projetos.
São Paulo poderá ter mais de 1.500km de ciclovias até 2030
A Prefeitura de São Paulo divulgou no início deste mês o Plano de Mobilidade de São Paulo – Modo Bicicleta (PlanMob), com diretrizes para a implementação da infraestrutura cicloviária da cidade até 2030. O PlanMob prevê a expansão da rede de ciclovias, o aumento do número de bicicletas compartilhadas, a criação de bicicletários e paraciclos e a implementação de programas educacionais que promovam o uso da bicicleta como meio de transporte urbano.
Passarelas, pontes, travessias subterrâneas e viadutos também receberão atenção da prefeitura. Se cumpridas as metas estabelecidas pelo PlanMob, até 2030 São Paulo terá 1522 km de infraestrutura cicloviária, além de 24 pontes, 32 viadutos, 50 passarelas, quatro passagens subterrâneas, três túneis sob os trilhos adaptados para travessia de bicicletas e de dez ciclopassarelas.
Três prazos foram definidos pelo PlanMob - 2016, 2014 e 2030 -, garantindo o avanço gradual das estratégias implementadas.
III Workshop Promovendo a Mobilidade por Bicicletas no Brasil
Em março de 2013 a organização Transporte Ativo realizou o workshop “A Promoção da mobilidade por bicicleta no Brasil”, que teve em 2014 sua segunda edição. Estiveram presentes em ambas as edições organizações de diferentes partes do país para troca de informações e conhecimento em busca de uma qualificação na promoção da mobilidade por bicicleta no Brasil.
Exposição “Pedalá e Cá”, no Museu da Casa Brasileira
Com curadoria de Jorn Konijn, a mostra “Pedalá e Cá” discute a mobilidade urbana com base na experiência holandesa do uso da bicicleta, com um painel com textos e imagens sobre essa tradição do país.
Abertas inscrições para bolsa de estudo internacional em mobilidade urbana sustentável
O transporte é um dos principais emissores de gases de efeito estufa no planeta. Além de contribuir com o aquecimento global, ele é responsável por um dos maiores entraves nos grandes centros urbanos. Por esta razão, resolver o problema da mobilidade urbana é urgente.
Londres propõe ciclovia flutuante sobre o rio Tâmisa
Muitas propostas inovadoras de como integrar a bicicleta de forma eficiente no sistema de transporte foram feitas em várias cidades do mundo, porém poucas foram concretizadas até o momento, encontrando, justamente pelo fato de serem muito inovadoras, resistência por parte das autoridades.
Mas em Londres há a esperança de que um projeto mude essa situação, já que uma dessas propostas começou a tomar forma e ser vista como uma ideia factível. Trata-se de uma ciclovia flutuante de 11,2 quilômetros de extensão sobre o rio Tâmisa, entre Canary e Battersea.
O projeto é um trabalho conjunto entre atores influentes do urbanismo inglês: o arquiteto David Nixon, a artista e empresária Anna Hill e a empresa Arup.
Paris livre do diesel até 2020
A contaminação atmosférica que afeta Paris levou as autoridades a criarem diversas iniciativas de mobilidade sustentável para reduzir os impactos da poluição na população.
Entre elas estão, por exemplo, a criação de um sistema de automóveis elétricos e a medida inédita implementada em março passado, a qual permite que durante um final de semana os cidadãos usem o transporte público gratuitamente.
Juntamente com estes projetos está o novo Plano de Prevenção de Contaminação que a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, explicou recentemente em uma entrevista.
Até agora, a frase de Hidalgo que mais chamou atenção foi: “quero o fim do diesel em Paris até 2020 e, sim, é possível, para além dos regiões periféricas. Trata-se de acelerar a transformação com a participação do Estado. Comecei erradicando em três meses os veículos a diesel do parque automotivo da cidade.”
BRTs como alternativa de mobilidade urbana em cidades globais
Este artigo, escrito por Julio Lamas, foi originalmente publicado na página Planeta Sustentável em novembro deste ano com o título “BRTs quadruplicaram nas cidades globais e RJ e BH têm os dois melhores sistemas do mundo, aponta estudo”.
Cerca de dez vezes mais baratos que os metrôs e entre três e seis vezes mais baratos que os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) por quilômetro construído, os sistemas deBus Rapid Transit (BRT) se tornaram a solução econômica e sustentável favorita para o transporte público de alta capacidade em cidades com mais de 500 mil habitantes de países emergentes. Nos últimos dez anos, a implementação de sistemas BRT no mundo quase quadruplicou, crescendo 383% entre 2004 e 2014. Foram 1.850 quilômetros de um total de 2.580, de acordo com um estudo divulgado esta semana peloInstitute for Transportation and Development Policy (ITDP), endossado pela ONU-Habitat e a ClimateWorks Foundation.
Holanda inaugura a primeira ciclovia solar do mundo que gera energia para a cidade
“O caminho do futuro e o caminho para o futuro”: É assim que é apresentada a ciclovia solar que foi inaugurada recentemente na cidade de Krommenie, a noroeste de Amsterdã - a primeira ciclovia solar do mundo.
O que a faz com que esta ciclovia seja tão especial e única vai muito além de sua inovação tecnológica: ela beneficia as populações e sistemas públicos municipais de seu entorno.
Plano Mini Holanda: Como Londres pretende integrar a bicicleta na cidade
A Autoridade da Região da Grande Londres conta, desde o início deste ano, com o programa Mini Holanda, uma iniciativa que busca replicar a infraestrutura e cultura do ciclismo da Holanda nos municípios da periferia da capital inglesa. A ação conta com a implementação de novas ciclovias e tem como objetivo trazer mais pedestres e ciclistas para as ruas, melhorando, assim, a vida na cidade.
Segundo explicam, a decisão de iniciar este programa na periferia se deve ao fato de que mais da metade dos trajetos de bicicleta em Londres tem origem nessas regiões, o que é visto como uma grande oportunidade de adaptá-las ao ciclismo urbano.
Este programa é liderado pelo prefeito Boris Johnson e faz parte de um projeto de longo prazo, denominado “Visão para o Ciclismo”, que considera integrar a bicicleta como sistema de transporte oficial.
Veja, a seguir, o plano de Londres para integrar a bicicleta na cidade.
Vídeo: Kutsuplus, o serviço "on demand" de transporte público de Hensinki
O sistema de transporte público de Helsinki inaugurou em 2013 um novo serviço chamado Kutsuplus, em que os cidadãos podem chamar um mini ônibus através do seu celular e dividi-lo com outros passageiros que vão a destinos próximos.
Embora algumas pessoas possam pensar que o uso deste tipo de serviço coloca os meios de mobilidade sustentáveis em segundo plano, os benefícios seguem, contudo, essa mesma linha. O uso do Kutsuplus ajuda a diminuir o número de automóveis em circulação nas ruas e contribui para que o sistema de transporte da cidade seja intermodal, um dos eixos centrais do plano de mobilidade de Helsinki para 2025.
4 cidades que investiram em infraestrutura cicloviária
Há alguns anos, o prefeito de Londres, Boris Johnson, definiu a cidade como "um centro de revolução do ciclismo", pois entre 2000 e 2011 o número de ciclistas na capital inglesa duplicou. Isso, longe de ser tratado como um problema, foi visto como uma oportunidade que levou à criação de um ambicioso Plano Diretor de Ciclovias.
Embora o Plano de Londres seja recente, outras cidades também tiveram a oportunidade de colocar em prática seus projetos, que não apenas incentivaram o uso da bicicleta, mas transformaram-na no principal meio de transporte urbano.
Veja os projetos abaixo:
O que torna uma cidade caminhável?
Caminhar por um bairro que tenha parques, comércios e serviços próximos uns dos outros é sem dúvida uma atividade mais agradável que andar por regiões onde esses programas e usos se encontram menos adensados.
Dentre os fatores que influenciam nisso, segundo um estudo da Universidade de British Columbia, estão o desenho do espaço urbano, o acesso aos transportes públicos, a densidade populacional e as leis de zoneamento, que mudam de um município para outro.
Na pesquisa foram comparadas duas regiões do estado de Washington com o objetivo de observar onde a experiência urbana se mostrava mais agradável. Foi incluída na pesquisa, também, a medição feita pelo Walk Score, um site que pontua os índices de caminhabilidade das regiões, tomando como base, entre outros fatores, os deslocamentos a pé, de bicicleta e em transporte público.
Veja os resultados a seguir.
40 mil vagas de estacionamento deixarão de existir para dar lugar a ciclovias em São Paulo
Em vista da extinção de cerca de 40 mil vagas de estacionamento na cidade de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad afirmou, nesta última quarta-feira, que as vagas de automóveis não farão falta para a cidade e tampouco atrapalharão o transito da maior cidade do país.
A medida prevê que as milhares de vagas de estacionamento dêem lugar a construção de ciclovias e ciclofaixas, uma iniciativa que, segundo o prefeito, tirará São Paulo do século XIX e lhe garantirá um lugar no século XXI.