A mobilidade urbana nos Estados Unidos passou por uma transformação radical com a introdução dos serviços de transporte por aplicativos no final dos anos 2000. A adoção generalizada de serviços como Uber e Lyft alterou a forma como os cidadãos se movimentam pelas cidades, oferecendo conveniência, flexibilidade e acessibilidade como nunca antes. O inovador modelo de negócios que se destaca ao auxiliar os usuários individuais falhou em prever as maiores implicações na escala da cidade - congestionamento, sistemas de transporte público e aquisição de carros. Enquanto cidades europeias como Bruxelas se comprometeram a incentivar o transporte público para reduzir problemas de congestionamento, cidades americanas buscam soluções próprias.
Mobilidade Urbana: O mais recente de arquitetura e notícia
Mobilidade urbana nos Estados Unidos: como o serviço de transporte por aplicativo impacta as cidades norte-americanas
Atenas planeja aumentar sua infraestrutura de metrô em um terço para reduzir o tráfego de automóveis
O projeto de implementação de uma quarta linha de metrô na capital grega começou em 2021, com o objetivo de reduzir a necessidade de automóveis na cidade lotada. Como a nova linha de 15 estações é estimada para transportar 340.000 passageiros por dia, até 53.000 carros poderiam ser retirados das ruas diariamente. Embora a abertura da linha possa estar a cinco anos de distância, a obra começou para reformar sete praças urbanas que se tornarão estações. Apesar do apoio público à iniciativa, o projeto também tem gerado controvérsias, com os residentes temendo a gentrificação.
Projetando espaços que sejam bons para as mulheres — e para todos
"Estamos focados em criar um espaço público justo", disse Chelina Odbert, Hon. ASLA, CEO e principal fundadora da Kounkuey Design Initiative (KDI), no National Building Museum em Washington, D.C. E por justo, "queremos dizer livre, inclusivo, acessível, imparcial e equitativo". "Um espaço público justo está aberto a todos". Há acesso ilimitado às ruas e espaços públicos para que as pessoas possam ir para a escola, para o trabalho e serem membros plenos de suas comunidades.
Infelizmente, o espaço público é muitas vezes "intimidante, excludente, inacessível, injusto e desigual" para muitas mulheres, pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência e pessoas negras. Arquitetos paisagistas, urbanistas e outros planejadores urbanos precisam entender quem se sente seguro e confortável em espaços públicos, caso contrário, há o risco de perpetuar desigualdades, argumentou Odbert.
A preparação de Paris para os Jogos Olímpicos de 2024
À medida que a contagem regressiva para os XXXIII Jogos Olímpicos em Paris chega ao fim, a cidade se prepara para uma transformação completa de sua paisagem urbana e infraestrutura. Previstos para serem o maior evento já organizado na França, os jogos começarão em 26 de julho e irão até 11 de agosto de 2024. Faltando menos de 200 dias, o Conselho Municipal de Paris aprovou cerca de 43 novas iniciativas que atuam como catalisadores para a transformação da cidade, visando uma Paris mais verde, saudável e móvel. Desde a limpeza do rio Sena até a construção de uma ciclovia, passando pela ativação de uma linha de transporte e proibição do tráfego não essencial na cidade, o coração da capital francesa está em uma missão contra o tempo para requalificar seu centro histórico.
Elevar a conectividade das cidades: as passarelas urbanas
Em uma cidade, celebrar o ato de caminhar tornou-se uma forma de planejamento não convencional. Na era dos carros, ao longo de quase todo o século XX, desafiar a supremacia do transporte automotivo ao promover a experiência pedestre não era muito comum. Por essa razão, as passarelas para pedestres em todo o mundo se destacam como símbolos de conectividade e engenhosidade arquitetônica. Inicialmente concebidas como soluções práticas para o gerenciamento de tráfego, essas passarelas às vezes assumem o caráter de marcos icônicos e elementos cruciais no planejamento urbano.
A importância desses projetos representa uma mudança em direção ao design centrado no ser humano e paisagens urbanas. A Ponte Kusugibashi no Japão, reconstruída por Kengo Kuma & Associates, simboliza a resiliência, enquanto a Ponte de Seda na margem do rio em Hangzhou, destaca a conectividade urbana ao revitalizar a área ribeirinha. A Ponte para Tráfego Lento na Área Central de Dongguan aborda questões de conectividade e áreas verdes, e a Ponte Vlasburg da SBE NV dedica-se a aprimorar as rotas aquáticas para a comunidade. Coletivamente, essas passarelas impulsionam a revitalização urbana para o futuro, enfatizando sustentabilidade e integração com as necessidades da comunidade.
Anne Hidalgo, prefeita de Paris, vence o Prêmio ULI 2023 de Visionários em Desenvolvimento Urbano
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, foi agraciada com o Prêmio ULI 2023 de Visionários em Desenvolvimento Urbano, uma das mais respeitadas distinções globais em uso do solo e desenvolvimento comunitário. A honraria reconhece a visão da prefeita Hidalgo de uma Paris mais inclusiva e sustentável, assim como o impacto global de suas políticas. Hidalgo, a primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita em Paris, é reconhecida por impulsionar políticas ambiciosas que reduziram as emissões de carbono da cidade em 40% em uma década, além de aumentar a proporção de habitações acessíveis. Em 2020, Hidalgo também foi destacada na lista das 100 Pessoas Mais Influentes pela revista Time
URB divulga proposta para a Dubai Cycle City 2040
A URB divulgou um estudo para a Dubai Cycle City 2040, visando uma infraestrutura para ciclismo diversificada no Emirados Árabes Unidos. A iniciativa tem como objetivo revolucionar o transporte em Dubai, proporcionando aos residentes acesso rápido a serviços essenciais e locais por meio de ciclismo ou caminhada. Em uma cidade onde os carros sempre foram a principal forma de transporte, atualmente estão sendo desenvolvidos planos para revolucionar a mobilidade urbana.
São Caetano do Sul passa a oferecer transporte público gratuito a todas as idades
No dia 1 deste mês, São Caetano do Sul (SP) implementou a gratuidade nos ônibus municipais por meio do "Programa Tarifa Zero". Mais do que uma ação isolada, a iniciativa visa incentivar o uso do transporte público, proporcionando economia direta aos moradores e contribuindo para a qualidade do ar.
Como a Holanda se tornou o país das bicicletas
Os Países Baixos, chamados coloquialmente de Holanda, são sinônimo de suas bicicletas, elemento icônico do panorama urbano da cidade. A integração dos ciclistas com veículos automotores muitas vezes surpreende os visitantes.
A ligação dos holandeses com as bicicletas é visível nas estatísticas: em 2021, 84% da população da Holanda utilizava bicicletas diariamente. Em Amsterdam, esse número chega a cerca de 63% da população, demonstrando uma forte preferência pelo veículo. Em contrapartida, apenas 7% dos brasileiros optam pela bicicleta como meio de transporte principal.
MVRDV projeta masterplan para distrito Tour & Taxis em Bruxelas, Bélgica
Sete escritórios de arquitetura, incluindo o MVRDV, projetaram edifícios independentes no aguardado masterplan para o empreendimento Lake Side em Bruxelas. Para garantir a diversidade, o masterplan busca promover uma vida mais densa e vibrante no distrito de Tour & Taxis, oferecendo diferentes serviços aos moradores, além de espaços de trabalho e um parque de nove hectares. O masterplan foi coordenado pelo MVRDV, que também projetou um dos 17 edifícios que fazem parte do empreendimento.
Gympass se une a Tembici e inclui acesso a bicicletas para promover mobilidade ativa
O Gympass anunciou uma parceria com a Tembici para promover a bicicleta como meio de transporte saudável. Os usuários do Gympass no Brasil agora podem fazer até oito viagens por mês com as bicicletas compartilhadas da Tembici em várias cidades brasileiras, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, entre outras.
Ciclovias, entre desenho urbano e saúde pública
As ciclovias, com suas faixas distintas e sinalização dedicada, têm ganhado destaque na paisagem urbana de muitas cidades ao redor do mundo. Seus impactos abrangem desde a redução do tráfego rodoviário até a promoção de um estilo de vida mais saudável e sustentável. O episódio 212 do Arquicast aborda esse tema crucial, com a participação da arquiteta e mestre em engenharia de transportes Janaína Amorim, sócia da Metrics Mobilidade. Na conversa, foram discutidos os melhores exemplos globais, as tendências em design e arquitetura, e o impacto das ciclovias na saúde pública.
Carro ou ônibus: quem é mais eficiente no transporte de passageiros?
A crítica mais famosa do espaço desmedido ocupado pelos automóveis foi representada por um cartaz da cidade de Müenster, que compara o espaço ocupado por 60 carros, um ônibus e 72 bicicletas (todos transportando 72 pessoas). A imagem deixa evidente que o espaço ocupado pelos automóveis para transportar o mesmo número de passageiros é espantosamente maior.
Tecnologia permite equipar qualquer ônibus com painéis solares
A empresa alemã Sono Motors tornou-se mundialmente conhecida ao desenvolver o Sion, automóvel elétrico movido a energia solar. Entretanto, por falta de financiamento para apoiar a produção pré-série, o projeto foi encerrado em fevereiro deste ano e o foco agora é atuar na adaptação e integração de sua tecnologia solar patenteada em veículos de terceiros.
O fracasso empresarial pode ser uma boa notícia para o meio ambiente, uma vez que, ao invés de concentrar-se em veículos individuais, o modelo de negócios foi transformado para atender a uma ampla gama de veículos, incluindo ônibus, caminhões e veículos refrigerados.
Los Angeles planeja implementar malha viária sem carros inspirada no modelo de Barcelona
As autoridades de Los Angeles votaram para implementar o primeiro Park Block, um projeto-piloto que propõe uma malha viária livre de carros. A ideia é abrir o espaço público para pedestres e ciclistas, segundo a NBC Los Angeles. O plano se inspira nas superquadras de Barcelona, que propõe grupos quarteirões sem tráfego de automóveis no distrito de Eixample, liberando parte das ruas apenas para pedestres e trânsito local. Implementado em 2016, o projeto resultou na redução dos níveis de poluição do ar, ruído urbano e acidentes de trânsito.