A Neue Nationalgalerie de Mies van der Rohe, em Berlim, entrou recentemente em uma nova fase com a abertura da intervenção de David Chipperfield - um prólogo ao iminente restauro da obra de Mies que o renomado arquiteto britânico está prestes a realizar. Concluída em 1968, a galeria foi o último projeto de Mies e sua obra prima final; por quase cinquenta anos ninguém ousou tocá-la - até agora. Para marcar esse acontecimento, uma grande instalação site-specific foi criada por Chipperfield numa tentativa de envolver Mies numa experiência espacial (ou talvez um último e apologético tributo ao mestre do século XX) momentos antes de embarcar numa missão que, em última instância, transformará o legado do arquiteto modernista.
Modernism: O mais recente de arquitetura e notícia
David Chipperfield inagura exposição na Neue Nationalgalerie em Berlim
Um novo estilo arquitetônico para a era do individual
Ao passo que os arquitetos modernistas romperam com a arquitetura vernacular e desenvolveram um estilo internacional homogeneizado, muitos criaram espaços estéreis e lugares distantes do calor das formas históricas do habitar humano. Reações negativas à brutalidade dos espaços modernistas encorajaram movimentos arquitetônicas como o pós-modernismo e o desconstrutivismo, mas estes nunca chegaram a subverter a caixa racionalista moderna como paradigma arquitetônico dominante.
Contudo, a almejada precisão mecânica desses edifícios em alguns casos se tornou, com o passar do tempo, acidentalmente humanizada através do acréscimo de cortinas, pinturas coloridas, ou mesmo alterações e reparos imperfeitos. Acredito que os sucessos e fracassos do modernismo geraram um novo tipo de estilo arquitetônico previamente não classificado: o Pixelismo. Saiba mais sobre esse fenômeno, a seguir.
O que podemos aprender com o "novo brutalismo" dos Smithsons em 2014?
Alison Gill, posteriormente conhecida como Alison Smithson, foi uma das arquitetas brutalistas mais influentes da história. No ano em que completaria 86 anos, investigaremos como o impacto de sua arquitetura, produzida em parceria com Peter Smithson, ainda ressoa no século XXI, sobretudo no Pavilhão Britânico da Bienal de Veneza deste ano. Com o edifício Robin Hood Gardens, em Londres - um de seus mais famosos projetos de habitação social em grande escala - ameaçado de demolição, como pode seu estilo - aclamado por Reyner Banham em 1955 de "novo brutalismo", influenciar futuros projetos de habitação?
Bienal de Veneza 2014: NRJA cria primeiro banco de dados sobre a arquitetura modernista da Letônia
Os arquitetos do escritório NRJA foram selecionados como curadores da participação da Letônia na Bienal de Veneza 2014. Baseada na afirmação de que "(não) há modernismo na Letônia", a exposição Unwritten confrontará a falta de pesquisa e avaliação da arquitetura moderna letã do pós-guerra.
Reiach and Hall representarão a Escócia na Bienal de Veneza
O escritório de Edimburgo Reiach and Hall representará a Escócia na Bienal de Veneza 2014. A exposição mostrará o rico patrimônio modernista escocês através de edifícios como o Seminário St. Peter em Cardross, de Gillespie, Kidd & Coia e os projetos de igrejas do fundador do escritório Reiach and Hall, Alan Reiach, focando nos aspectos positivos destes edifícios que são frequentemente mal vistos pelo público escocês. "Certos edifícios daquela época receberam uma publicidade negativa - as estórias dos flats Red Road e assim por diante também não ajudam nisso - mas esperamos explicar e examinar o real otimismo daquele período", disse Neil Gillespie, Diretor do Reiach and Hall.
A contribuição da Escócia na bienal acontecerá através do pavilhão do Reino Unido, num período de residência de um mês, além de apresentações e exposições em outros locais de Veneza.