Os traços inconfundíveis do primeiro Pritzker português,Álvaro Siza, desenhados por 40 caricaturistas de renome internacional, estarão expostos aos viajantes que se passarem pelo aeroporto do Porto a partir de hoje, 25 de fevereiro, até o mês de junho.
A iniciativa do Museu Nacional de Imprensa é mais uma oportunidade para homenagear Álvaro Siza Vieira e Nelson Mandela como personalidades centrais do Prêmio Especial Caricatura integrado ao 16º PortoCartoon World Festival.
Após a árdua luta da comunidade para impedir a construção de um shopping center na QL 24, no Lago Sul, Brasília ganhará no local um parque em homenagem a Nelson Mandela e um Museu da Cultura Afrodescendente. O anúncio foi feito no coquetel oferecido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) aos delegados da União Internacional dos Arquitetos (UIA) que participam do 25º Congresso Mundial da UIA, em Durban.
O presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Ângelo Oswaldo, foi a Durban para anunciar o lançamento da competição. O parque ocupará uma área de aproximadamente 65 mil metros quadrados, num local valorizado da capital federal, na saída da Ponte JK e às margens do Lago Paranoá. O Museu da Cultura Afrodescendente será construído neste parque.
Da janela de um avião fica muito claro que o apartheid foi severamente escrito na paisagem Sul Áfricana. Até as menores cidades aparecem como duas cidades diferentes. Uma conta com uma ampla rede de ruas arborizadas e casas confortáveis rodeadas de gramados. A outra, é sua gêmea renegada, a alguma distancia mas conectadas através de uma rodovia muito transitada, consiste em um conjunto de quadrículas muito mais restritas de caminhos de terra rodeados de cabanas. Árvores são uma raridade, gramados não existem. Este padrão duplo aparece não importando o tamanho da população: aqui a cidade branca; ali, o bairro negro. -- Lisa Findley, “Red & Gold: A Tale of Two Apartheid Museums.”
Poucos sistemas de governo confiaram tanto nas delimitações de espaço do que o governo do Apartheid na África do Sul )1948-1994). Manejando agressivamente as teorias do Modernismo e da superioridade racial, os planejadores urbanos Sul africanos não apenas reforçaram o Apartheid, como incrustaram-no em todas as cidades - tornando a vida cotidiana em uma experiencia degradante para todos os cidadãos marginalizados na África do Sul.
Quando Nelson Mandela e seu partido, o Congresso Nacional Africano, foram democraticamnete eleitos para tomar o poder em 1994, reconheceram como uma das medidas mais importantes para a dimunuição do legado do Apartheid a espacial: integrar as cidades brancas e os bairros negros e reatar aqueles "gemeos renegados".
Ao lembrarmo-nos de Mandela - sem dúvida o homem mais importante da história Sul Africana - e ponderamos seu legado, devemos também consideram deu legal territorial. Pois nas dimensões físicas, territoriais das cidades da África do Sul que podemos realmente ver a resistencia ao Apartheid, e considerar: até onde as palavras de reconciliação e integração justa de Mandela foram levadas a cabo?