Fruto da tese de doutorado da espanhola Adelaida Martín, mostramos acima um vídeo que reconstrói virtualmente a Fortaleza de Alhambra peça por peça, nível por nível.
Esta fortificação do século IX é a parte mais antiga de Alhambra e foi a residência real de Andaluzia, declarada Patrimônio da Humanidade em 1984 pela UNESCO.
"Sempre digo que é necessário estudar os detalhes da obra, e sempre me surpreendo com algo novo, algo que passou batido, algo oculto, mágico, que está nos esperando em cada canto", conta Carlos Álvarez, responsável pela reconstituição virtual da obra com ajuda dos softwares Autodesk Maya y Vray.
A arquiteta Anna Puigjaner imagina um futuro no qual a moradia se adapte as necessidades dos seus habitantes. E isso, às vezes, faz com que não seja necessário projetar uma cozinha, por exemplo. Seu projeto Kitchenless recebeu o Prêmio Wheelwright da Universidade de Harvard, com a doação de 100 mil dólares para pesquisar os modelos de casas coletivas existentes em todo o mundo.
Em um bonito local de Gracia (Barcelona), que funciona mais como co-working do que como estúdio de arquitetura convencional, trabalham os sócios de MAIO, o escritório de Puigjaner, junto com profissionais de outras disciplinas. A equipe de MAIO apostou neste local em 2011, em plena crise, assim que, para sustentá-lo, decidiram abrir o espaço para outros trabalhadores. Em 2016 eles até poderiam se manter sozinhos, mas não existe nenhuma razão que lhes motive a fazê-lo. Este fato poderia resumir sua filosofia e seguramente é uma das razões pelas quais Puigjaner ganhou o Wheelwright, um prêmio particular dentro dos ganhadores de arquitetura, já que não se centra em uma obra ou uma pesquisa, mas sim, na coerência entre ambas, trajetória e ideias.
Do seu estúdio, ela responde a esta entrevista sobre as mudanças no futuro da moradia: você viveria em uma casa sem cozinha?
Em suas funções de teórico, crítico, catedrático e conselheiro de Habitação em Barcelona após as últimas eleições municipais na Espanha, conversamos com Josep Maria Montaner, doutor arquiteto e catedrático da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona, autor de Después del movimiento moderno (1993) e Arquitectura y política (2011, com Zaida Muxí).
Após sua publicação mais recente, A condicção contemporânea da arquitetura(2015), Montaner fala sobre as tendências atuais da disciplina: sua dualização como resposta da crescente desigualdade econômica, a comercialização e exportação da linguagem formal, o estado das publicações impressas e a relação entre arquitetura e política em anos de transformação social.
"A arquitetura e o urbanismo estão recuperando o papel político e social que haviam tido em outros momentos de mudança. Se não o fazem, a arquitetura ficará à margem do futuro", diz Montaner.
Neste artigo, publicado originalmente em MetaSpace como "Assassin's Creed 2 - Arquitetos que fazem jogos de videogame", o arquiteto espanhol Manuel Saga entrevista sua compatriota María Elisa Navarro, professora de arquitetura com ênfase em História e Teoria, que trabalhou na companhia Ubisoft Montreal como assessora histórica da equipe de desenho do jogo eletrônico Assassin's Creed II, desde os primeiros esboços até seu lançamento em novembro de 2009.
Durante seu doutorado na Universidade de McGill (Montreal), em um projeto de pesquisa entre a instituição e a Ubisoft Montreal, María Elisa Navarro assessorou todo o processo de desenvolvimento do jogo eletrônico, trabalhando com "uma pequena equipe de 20 pessoas até chegar a mais de 400 em um sótão enorme em Montreal", quando o projeto era totalmente secreto e trabalhando desde o figurino do final do século XV até a correção de erros arquitetônicos nas cidades recriadas, passando por detalhes ornamentais e pelo aspecto das edificações.
"Às vezes, por jogabilidade, necessitavam ter paredes muito texturizadas para que Ezio pudesse escalar, mas na hora de planejar estes elementos eram cometidas imprecisões. Por exemplo, lembro de um balcão com uma varanda de ferro que não pudia existir naquela época. Eu era responsável por detectar estes problemas", afirma Navarro nesta conversa com MetaSpace.
Nenhum arquiteto desempenhou um papel tão importante na definição do skyline de Manhattan no século XX como o Ralph Thomas Walker, vencedor da AIA Centennial Gold Medal e apelidado pelo New York Times de "Arquiteto de Século". [1] Mas um escândalo envolvendo alegações de contratos roubados por um funcionário de seu escritório precipitou sua retirada do mundo da arquitetura e sua queda a um relativo anonimato. Apenas recentemente sua prolífica carreira foi reexaminada e seu trabalho se tornou tema de uma exposição na Walker Tower em 2012.