Diante da iminente crise climática e da busca pela sustentabilidade, os conceitos de renovação e reutilização surgiram como estratégias cruciais na busca pela descarbonização na indústria da arquitetura. Esses princípios pregam que criar novas estruturas pode ser sustentável, mas incentivam os arquitetos a minimizar sua pegada ecológica reativando e reciclando recursos existentes. Este ano, projetos inovadores alinhados a esses temas foram exibidos como parte da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. O objetivo principal deste evento de renome mundial é servir como uma plataforma para arquitetos, designers e pensadores abordarem coletivamente a sustentabilidade, a descarbonização, a conservação de recursos e o futuro da indústria.
Nordic Pavilion: O mais recente de arquitetura e notícia
Ressignificar e reviver: explorando o reuso em pavilhões e bienais
Pavilhão Nórdico na Expo Osaka 2025 será projetado pela AMDL CIRCLE
Após vencer uma competição internacional, a AMDL CIRCLE foi escolhida para criar o pavilhão que representará a visão e o espírito dos países nórdicos na Expo Osaka 2025. A proposta adota uma abordagem sustentável e circular, projetando a estrutura de forma que possa ser desmontada e reutilizada. Desenvolvido tecnicamente pela Rimond e concebido pela AMDL CIRCLE, o pavilhão visa demonstrar o respeito e a conexão dos nórdicos com o meio ambiente, oferecendo espaço para inovações tecnológicas.
Explorando a sabedoria vernacular: uma jornada pela arquitetura enraizada na tradição e na comunidade
Em um momento marcado por desafios ambientais e uma crescente demanda por autenticidade e diversidade cultural, os arquitetos estão recorrendo cada vez mais aos sistemas de conhecimento indígena não apenas como fontes de inspiração, mas como soluções viáveis para se adaptar e responder aos desafios locais e globais. Como guardiãs tradicionais da terra, as comunidades indígenas possuem uma compreensão profunda de seus ecossistemas, materiais disponíveis localmente, normas culturais e restrições sociais. Esse conhecimento é valioso para a arquitetura contemporânea, podendo ajudá-la a se adaptar tanto às pessoas quanto aos seus ambientes.
As práticas vernaculares e indígenas estão surgindo como base para a reimaginação arquitetônica, dando informações sobre disposições espaciais, escolha de materiais e técnicas de construção, ao mesmo tempo em que permite a integração da inovação e da expressão contemporânea. Essa cuidadosa combinação de tradição e modernidade pode ter um impacto significativo em termos de sustentabilidade, pois arquitetos que adotam a abordagem indígena para aproveitar os recursos disponíveis podem não apenas criar estruturas enraizadas em seu contexto, mas também minimizar o impacto ecológico da construção. Além disso, colaborar diretamente com as comunidades indígenas leva a projetos que priorizam a participação comunitária, a sensibilidade cultural e ao desenvolvimento sustentável.
Pavilhão Nórdico traz arquitetura indígena Sámi para a Bienal de Veneza 2023
Para a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia, o Pavilhão Nórdico, representando Finlândia, Noruega e Suécia, apresentará Girjegumpi, um projeto itinerante de biblioteca coletiva iniciado pelo arquiteto e artista Joar Nango. Por mais de quinze anos, Nango vem reunindo um arquivo de livros e materiais que exploram a arquitetura e o design indígena Sámi, o conhecimento tradicional em construção, o ativismo e a decolonialidade. O Girjegumpi foi inaugurado em 2018, tornando-se um espaço acolhedor de encontro e promoção da cultura indígena. Em 2023, a biblioteca viajará para Veneza, onde será apresentada no Pavilhão Nórdico, projetado pelo arquiteto norueguês Sverre Fehn.
Pavilhão Nórdico será transformado em projeto experimental de co-habitação na Bienal de Veneza de 2021
O Pavilhão Nórdico na 17ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza será transformado em um projeto experimental de co-habitação pelos arquitetos Helen & Hard, apoiados por uma equipe curatorial do Museu Nacional da Noruega. Respondendo ao tema How will we live together? a intervenção “apresentará um estrutura para conceber e construir comunidades com base na participação e partilha”.