A constante escalada de complexidade atribuída à arquitetura e demais campos da arte no último século devido a um longo processo de redefinição das disciplinas desde o período moderno, aliada a uma efervescência de experimentos e hibridações, contribuiu para a produção de inovadoras soluções desenhadas para o ambiente humano - e com elas surgiu uma nova dificuldade de categorização.
Paisagem: O mais recente de arquitetura e notícia
Lugares complexos: sobreposições da arquitetura, arte e paisagem em quatro obras
Paisagens Privadas
A constituição formal dos sistemas de espaços livres das cidades brasileiras, qualificados ou não, tem contribuição significativa dos empreendimentos privados, uma vez que o planejamento e desenho urbano por parte do poder público têm sido exceções.
Finalistas da III Bienal Latino-Americana de Arquitetura da Paisagem (BLAP)
A III Bienal Latino-Americana de Arquitetura da Paisagem apresentou na segunda-feira (10 de setembro) os finalistas do concurso que será realizado na Cidade do México nos dias 26 e 27 deste mês. A bienal organizada pela Sociedade de Arquitetos Paisagistas do México (SAPM) desde 2014 busca ressaltar o papel que a arquitetura paisagística desempenha na construção do habitat na América Latina, com particular ênfase nos problemas ambientais e sociais que esta região.
"Buscamos incentivar a participação na construção da paisagem para mostrar o panorama amplo e diversificado das intervenções que emergem do local, mas que possibilitam a identificação de uma região que compartilha desafios e soluções", propõem os organizadores nas bases da bienal .
As 19 obras, projetos não construídos e pesquisa cobrem os critérios da bienal, que apontam para obras que respeitam a paisagem e seus valores; demonstrar comprometimento com critérios de sustentabilidade; e integrar e resolver problemas sociais, entre outras variáveis.
Conheça os finalistas abaixo:
Em foco: Roberto Burle Marx
Hoje, dia 04 de agosto de 2018, Roberto Burle Marx completaria 109 anos. Nascido em 1909, no estado de São Paulo, cresceu no estado do Rio de Janeiro, onde desenvolveu a maior parte de suas obras paisagísticas. Com pai alemão, Willem Marx, foi com sua mãe recifense, Cecília Burle, que despertou seu desejo pela botânica. Aos dezenove anos morou por um ano na Alemanha, onde teve seus primeiros contatos com os artistas de vanguarda que influenciaram seu trabalho.
Tornou-se o mais influente paisagista brasileiro, responsável por um extenso legado de projetos em território nacional e internacional, aventurando-se em variados campos artísticos para além do paisagismo, como a pintura, desenho, escultura, tapeçaria e artesanato, expressando compulsivamente sua visão de mundo e suas ideias.
"Landscape as Urbanism in the Americas" publica arquivo digital sobre paisagem e urbanismo
Nas últimas duas décadas a paisagem tem sido reivindicada como modelo e meio para a cidade contemporânea. O discurso e as práticas da paisagem como urbanismo podem ser encontrados na Europa, América do Norte e Ásia. Durante esse tempo, uma série de práticas arquitetônicas e urbanísticas alternativas surgiu na América Latina, apostando nas implicações ecológicos e territoriais do projeto urbano.
O surgimento dessas práticas coincide com as transformações sociais e políticas em muitos países da região. Nessa linha, o projeto Landscape as Urbanism in the Americas do Office for Urbanization (Harvard GSD) concentra-se em fomentar uma série de discussões sobre as potencialidades da paisagem como meio de intervenção urbana no contexto social, cultural, econômico e ecológico específico das cidades latino-americanas.
Sete Círculos - Mapeamento dos limites da Cidade Contemporânea
Os “Sete Círculos” começa por ser um livro sobre Lisboa, que pretende questionar os limites da cidade contemporânea. O que é o centro, onde está o limite entre o espaço rural e o espaço urbano? Mas a pretensão é a de ser mais que um livro. Será também um conjunto de exposições de fotografia e de vários debates no território nacional, e isso é o pretexto para criar o debate e contribuir para ele.
Paisagem não se encontra, se cria
Neste artigo publicado originalmente na coluna Paisajes Tejidos de LOFscapes, sua autora nos introduz ao, agora popular, conceito de paisagens criadas. Aqui, a paisagem como resultado da necessidade de articular processos de organização urbana e sistemas naturais é, portanto, uma aproximação a paisagem como a inter-relação entre a geografia e os processos históricos e socioculturais.
A autora nos relata como, através de projetos estratégicos, produziu-se uma mudança no antigo paradigma da paisagem como uma cena bucólica e estética por sistemas complexos, performativos, multifuncionais e de larga duração. Então, se a paisagem não pode ser capturada em só momento, por que continuamos acreditando que é um meio de sublimação geográfica que pousa no território?
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Arquitetura e paisagem ribeirinha na Amazônia
As construções arquitetônicas e o modo de vida são elementos fundamentais para se entender a constituíção das populações. A pesquisadora Laelia Regina Batista Nogueira desenvolve na Amazônia um estudo para conhecer esse modo de vida do povo que habita as margens dos rios da região, mais conhecidos como ‘ribeirinhos’.
Com o apoio, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a análise foi feita ao longo do Mestrado em Arquitetura e Urbanismo e teve como objetivo fazer uma abordagem a partir do conjunto de fenômenos (seca e cheia dos rios atrelado ao período de chuvas da região) para compreender a relação entre a arquitetura vernacular ribeirinha e a paisagem amazônica.
Robert de Paauw: As oportunidades na paisagem urbana e no meio ambiente
A Escola da Cidade compartilhou conosco mais um vídeo de uma palestra do curso de pós-graduação Geografia, Cidade e Arquitetura. Desta vez o convidado é o arquiteto Robert de Paauw, que fala sobre os projetos desenvolvidos em seu escritório Jansana, de la Villa, de Paauw, arquitectes (JDVDP) nos últimos anos.
Robert de Paauw apresentou seu escritório que atua em Barcelona, São Paulo e Teresina, com foco no desenho urbano, no meio ambiente e no resgate da paisagem, buscando sempre requalificar áreas precárias a partir de pesquisas e leituras aprofundadas sobre local.
Arquivo: Arquitetura e Paisagem
Nesta semana, buscamos dez projetos no nosso Arquivo que se integram completamente com seus entornos, de modo que a paisagem deixa de ser apenas um plano de fundo para se fundir ao objeto construído e formar uma composição única.
Veja os dez projetos selecionados, a seguir.
Olhos de Le Corbusier: a paisagem representada nos croquis
Le Corbusier viu e desenhou muitíssimo. Sua desfunção ocular provavelmente colaborava à essa ação. Muitos artigos, investigações, teses de mestrado e doutorado foram realizados sobre o ínfimo tema "o que via Le Corbusier". (E seguem sendo feitos.) Neste artigo, não há mais discussão, não há novas interpretações. Estão apenas os croquis, frases soltas, e uma busca: ver o que via Le Corbusier, ou melhor, o que decidia ver Le Corbusier (e o que decidia não ver, e o que decidia transformar), e como retratava essa escolha através dos seus croquis.
Edifício 303 / Architectus
OneCommunity disponibiliza uma biblioteca de vegetação para o SketchUp
A vegetação de seus renders está um pouco desgastada? As mesmas árvores aparecem em todas as imagens? Apresentamos, a seguir, a solução para este tipo de problema. Com a ajuda de um profissional botânico, a OneCommunity, uma página que disponibiliza softwares livre, divulgou uma lista de plantas realistas otimizadas para o SketchUp. O arquivo inclui uma variedade imensa de vegetação, de palmeiras a plantas aquáticas, bambu e espécies tropicais. E o melhor: tudo disponibilizado gratuitamente.
"Está na hora de dar nova vida a seus renders murchos. Descubra como fazê-los florescer, a seguir!"
Mayer/Reed, Snøhetta e DIALOG são selecionados para projetar a nova orla das cataratas Willamette
Pela primeira vez em 100 anos, as Cataratas Willamette, no Oregon (EUA), serão abertas ao público com uma orla propostas pelos escritórios Mayer/Reed, Snøhetta e DIALOG. Segunda maior queda d'água dos Estados Unidos, as Cataratas Willamette têm uma história diversa e o projeto proposto celebra e engrandece o poder das quedas, levando o pedestre aos meandros de sua rica história cultural e geológica.
Destino final de muitos pioneiros da costa oeste dos EUA no século XIX, as quedas também serviam como ponto de encontro e fonte de alimento para os nativos americanos. Durante os séculos XIX e XX, a cascata foi usada como fonte de energia para a produção de lã, madeira, farinha, papel e tijolo. Contudo, após a falência da companhia Blue Heron Paper Mill, o local se tornou inóspito para o público, assombrado por edifícios industriais desocupados.
Parque Al Shaheed / Ricardo Camacho
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Arquitetos: Ricardo Camacho ; Ricardo Camacho
- Ano: 2014
Arquitetos argentinos vencem concurso da UNESCO para o novo Centro Cultural de Bamiyan
Uma equipe de arquitetos argentinos liderado por Nahuel Recabarren foi eleita vencedora do concurso internacional da UNESCO para projetar o Centro Cultural de Bamiyan no Afeganistão. Selecionado entre 1.070 propostas de 117 países, o projeto vencedor, intitulado "A eterna presença da ausência", juntamente com quatro finalistas, foi eleito por um júri composto por sete especialistas, entre os quais Ajmal Maiwandi e Cameron Sinclair.
Ao anunciar o vencedor, Paolo Fontani, Diretor do escritório da UNESCO no Afeganistão, disse que "esse concurso foi a oportunidade de criar um novo padrão para o desenvolvimento arquitetônico e cultural no Afeganistão."
Saiba mais sobre o projeto vencedor, a seguir
Arquitetura e Paisagem: Jardim do lar de idosos La Paz por Caballero + Colón de Carvajal
Um jardim para o Lar de Idosos La Paz foi o projeto encomendado ao escritório Caballero+ Colón de Carvajal, em Madri, que realizou a intervenção com o mínimo de elementos e um orçamento muito baixo. Com quase 1000 m², este pequeno jardim apresenta uma organização inteligível que acentua o contraste entre o natural e o artificial; uma série de manchas de diferentes cores e formas sinuosos estabelece, de modo claro, os três tipos de solo: vegetação, drenagem e caminhos.
Mais detalhes a seguir.