A Organização Project for PublicSpaces (PPS) define o “Placemaking” como um processo acessível a qualquer pessoa que permite explorar a criatividade das cidades. Quando aberto e inclusivo, pode fazer com que as pessoas se sintam atraídas pelos lugares nos quais vivem e sintam-se mais propensas a envolver-se em suas comunidades.
Há pouco tempo a PPS publicou uma série de três artigos sobre esse processo. Este é o primeiro deles e apresenta distintas opiniões sobre a forma de fazer cidade, o papel das comunidades para que a criação de lugares funcione, a função da arte nos espaços urbanos e como estes podem se converter em lugares atrativos para as pessoas.
O termo “biofilia” é utilizado pela Universidade de Harvard para definir o grau em que os seres humanos estão conectados com a natureza e com outras formas de vida.
A construção do território se manifesta no espaço físico a partir dos valores dominantes que se promovem a partir do poder, configurando a vida cotidiana e o comportamento social. A este respeito, a urbe como construção ideológica do território baseia-se em um contexto mercantilista focado principalmente em objetos de transação material sobre o espaço, o que pode denominar-se como o fluxo de bens e serviços (mercadorias).
A água tem sido muito utilizada como um elemento por designers de forma incrivelmente criativa. Novas praças e parques fornecem água em todos os tipos de formas: cachoeiras, corredeiras, paredes de água, piscinas tranquilas, túneis de água, riachos sinuosos e diversas fontes. Porém, em apenas um aspecto importante há uma falha: em seu acesso.
Quando os planos para o High Line foram revelados, causou-se uma forte impressão na comunidade de design. A linha ferroviária elevada convertida, há muito abandonada pela cidade de Nova York, foi ameaçada por demolição até que um grupo de ativistas lutou por seu renascimento e ajudou a transformá-la em um dos espaços públicos mais famosos de Manhattan. Agora o Queens, um bairro com infraestrutura abandonada está reconstruindo à sua maneira sua própria versão do High Line, a ser conhecida como o Queensway Cultural Gateway.
Os espaços verdes públicos constituem um dos principais articuladores da vida social. São lugares de encontro, de integração e de trocas; promovem a diversidade cultural de uma sociedade; e criam valor simbólico, identidade e a sensação de se pertencer a um lugar. Essas características fazem com que os governos locais desenvolvam estratégias para o surgimento de novos espaços verdes, estratégias para aperfeiçoar sua manutenção, melhorar a qualidade de seus equipamentos e potencializar seus acessos. Nesta perspectiva, muitas questões quanto à promoção e gestão destes espaços são levantadas e instalam uma delicada articulação entre demanda e possibilidades efetivas.
Recentemente, o empresário norteamericano Mark Suster – ligado à construção de grandes projetos de engenharia como o metrô de Londres e o manejo de águas na mesma cidade – publicou 12 recomendações para criar comunidades cidadãs bem sucedidas e fortalecer seus espaços públicos como grandes destinos. A partir disso, a organização americana Project for Public Spaces (PPS) adaptou suas recomendações para que estas possam ser aplicadas em organizações de qualquer parte do mundo. A ideia consiste em transformar os espaços públicos em destinos que possam ser reconhecidos como parte de uma comunidade, partindo deste a projeção de elementos identitários únicos e que contem com um forte sentido local.