patrimonio: O mais recente de arquitetura e notícia
4ª edição do workshop "Que cidade é essa? 2012" com o tema Esqueletos Urbanos
Unesco pediu veto aos arranha-céus no bairro de Southbank, Londres
Cantina Escolar na Póvoa de Varzim / Cadilhe & Fontoura
Teatro Erotídes de Campos - Engenho Central / Brasil Arquitetura
Palácio da Justiça de Burgos / Estudio Primitivo Gonzalez
Palácio Szatmáry / MARP
Unesco veta os arranha-céus no distrito de Southbank / Londres - Reino Unido
2º Colóquio Ibero-americano Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto / Belo Horizonte - MG
Proposta de Intervenção patrimonial em Fortaleza: o antigo Iracema Plaza Hotel / Igor Fracalossi
1. Não gosto da arquitetura nova
Porque a arquitetura nova não faz casas velhas
Não gosto das casas novas
Porque casas novas não têm fantasmas
E, quando digo fantasmas, não quero dizer essas
Assombrações vulgares
Que andam por aí…
É não-sei-quê de mais sutil
Nessas velhas, velhas casas,
Como, em nós, a presença invisível da alma… Tu nem sabes
A pena que me dão as crianças de hoje!
Vivem desencantadas como uns órfãos:
As suas casas não têm porões nem sótãos,
São umas pobres casas sem mistério.
Como pode nelas vir morar o sonho?
O sonho é sempre um hóspede clandestino e é preciso
(Como bem sabíamos)
Ocultá-lo das outras pessoas da casa,
É preciso ocultá-lo dos confessores,
Dos professores,
Até dos Profetas
(Os Profetas estão sempre profetizando outras coisas…)
E as casas novas não têm ao menos aqueles longos,
Intermináveis corredores
Que a Lua vinha às vezes assombrar!
[Mario Quintana, Arquitetura Funcional]
Antiqvarium de Sevilha / Felipe Palomino
Cobertura das Ruínas Arqueológicas da Abadia de St. Maurice / Savioz Fabrizzi Architectes
Poesia e Arquitetura: Arquitetura Funcional / Mario Quintana
Não gosto da arquitetura nova
Porque a arquitetura nova não faz casas velhas
Não gosto das casas novas
Porque casas novas não têm fantasmas
E, quando digo fantasmas, não quero dizer essas
Assombrações vulgares
Que andam por aí…
É não-sei-quê de mais sutil
Nessas velhas, velhas casas,
Como, em nós, a presença invisível da alma… Tu nem sabes
A pena que me dão as crianças de hoje!
Vivem desencantadas como uns órfãos:
As suas casas não têm porões nem sótãos,
São umas pobres casas sem mistério.
Como pode nelas vir morar o sonho?
O sonho é sempre um hóspede clandestino e é preciso
(Como bem sabíamos)
Ocultá-lo das outras pessoas da casa,
É preciso ocultá-lo dos confessores,
Dos professores,
Até dos Profetas
(Os Profetas estão sempre profetizando outras coisas…)
E as casas novas não têm ao menos aqueles longos,
Intermináveis corredores
Que a Lua vinha às vezes assombrar!